Maio 2010
Obra de Pablo Picasso foi vendida em Nova Iorque pela Christie's
Desde Fevereiro que a escultura Walking Man I, de Alberto Giacometti, ostentava o recorde da obra de arte mais cara vendida num leilão de arte, já que nesse mês foi vendida pela Sotheby's por 104,3 milhões de dólares (cerca de 74,3 milhões de euros). Mas na noite de terça-feira, em Nova Iorque, o quadro Desnudo, hojas verdes y busto, de Picasso, acabaria por destronar a escultura de Giacometti, tendo sido vendido no leilão da Christie's por 106,4 milhões de dólares (81 milhões de euros).
Esta não é a primeira vez que um quadro de Pablo Picasso consegue este recorde. Basta recuar até ao ano 2004, quando a Sotheby's vendeu em Nova Iorque a obra Muchacho con pipa por 104,1 milhões de dólares (74,1 milhões de euros).
Desnudo, hojas verdes y busto é um retrato de Marie-Thérèse Walter, uma rapariga que Picasso conheceu quando esta tinha apenas 17 anos. Na altura, o pintor espanhol era casado com a bailarina Olga Khoklhova, mas pouco depois de conhecer Marie-Thérèse Walter esta acabaria por se tornar sua amante.
O quadro, datado de 1932, foi pintado cinco anos depois do pintor ter conhecido a jovem amante. O El País refere que esse período foi "um dos mais prolíficos da sua vida". O jornal espanhol informa ainda que vários especialistas em arte consideram Desnudo, hojas verdes y busto uma das obras mais bem conseguidas de Pablo Picasso.
Desde que em 1951 o quadro foi comprado por Sydney F. Brody, um admirador de arte moderna, que nunca mais tinha sido mostrado em público. A colecção de arte deste milionário foi a principal protagonista do leilão que a Christie's realizou na noite de terça-feira.
Foram levadas à praça 69 peças. Mas apesar dos muitos zeros que o quadro de Pablo Picasso conseguiu amealhar, 13 das 69 peças que foram postas em leilão não chegaram a ser vendidas. No entanto, o chefe executivo de casa leiloeira, Edward Dolman, disse ao New York Times: "O mercado está muito mais forte do que esperávamos, especialmente devido às compras da Rússia, China e dos países do Médio Oriente."
O quadro de Picasso que agora ostenta o recorde de obra de arte mais cara vendida num leilão não foi o único a ser leiloada esta terça-feira pela Christie's. Seated Woman With a Cat, um retrato de Jacquelie Roque, mulher do pintor, foi vendido por 16 milhões de dólares (12,4 milhões de euros).
Além de Desnudo, hojas verdes y busto, uma das obras mais importantes que foram vendidas em Nova Iorque na terça-feira foi a escultura Grande tête mince, da autoria de Alberto Giacometti, por 53,2 milhões de dólares (41,3 milhões de euros). Do mesmo artista foi ainda vendida uma outra escultura, intitulada El Gato, por 20,8 milhões de dólares (16,1 milhões de euros).
Apesar deste recorde, Numero 5, 1948, uma obra de Jackson Pollock, ostenta actualmente o recorde do quadro mais caro de sempre vendido de forma privada. Em 2006 o quadro foi vendido a um comprador anónimo por 140 milhões de dólares (108 milhões de euros).
Ainda se desconhece também a identidade do comprador do quadro de Picasso.
JOÃO MOÇO
Euromilhoes
sexta-feira, dezembro 03, 2010
quarta-feira, dezembro 01, 2010
Por que os ricos ficam cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres?
Alguma vez já parou para pensar em "porque os ricos ficam cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres"? Já parou para pensar em porque o pobre sofre tanto para ter uma vida estável?
A verdade é que isso acontece porque os ricos pensam de maneira contrária dos pobres.
As pessoas pobres já se acostumaram a ter um salário fixo e receber pelas horas que trabalham, ao contrário das pessoas ricas, que recebem por seus resultados e não pelas horas de trabalho e optam sempre por uma renda residual e não uma renda fixa.
Vou dar-lhes um exemplo: quando nascemos aprendemos a fazer as mesmas coisas que as pessoas que estão à nossa volta. Logo você aprenderá que temos que estudar durante nove anos e nos preparar para a faculdade. Depois da faculdade feita, poderemos ter um bom salário de acordo com a profissão que escolhemos.
Essa é a visão da grande maioria das pessoas, que hoje sentem-se mais seguros quando têm uma Renda Fixa e acabam trocando suas horas por dinheiro, pelo dinheiro.
Já os ricos aprendem desde cedo a criar e desenvolver seus próprios negócios, e fazem com que o dinheiro trabalhe para eles, ao invés de trabalharem pelo dinheiro, e para isso usam a Renda Residual.
Se eu pudesse definir em poucas palavras os significado de Renda Residual, eu definiria da seguinte forma: Renda residual é o tipo de renda que você constrói sem trocar seu tempo por dinheiro. É um dinheiro que você recebe mensalmente mesmo que não esteja em um local de trabalho. Mesmo que você saia de férias com sua família por um ano você ainda vai ganhar dinheiro e, quando você voltar seus ganhos serão os mesmos, se não maiores do que quando você foi viajar. É o mesmo tipo de renda de pessoas que compram casas, apartamentos e escritórios. Por exemplo: se você gostaria de ter um rendimento de 2 mil reais, então você precisa comprar uma casa de pelo menos 500 mil e alugá-la por 2 mil; aí estaria ganhando uma renda residual de 2 mil mensais sem trabalhar.
Antigamente não era tão fácil ter uma renda residual, afinal, não é todo mundo que tem 500 mil para sair por aí comprando casas e apartamentos. Mas hoje já não existem barreiras que impeçam, nem mesmo ao mais pobre dos seres de ter sua própria renda residual.
A verdade é que isso acontece porque os ricos pensam de maneira contrária dos pobres.
As pessoas pobres já se acostumaram a ter um salário fixo e receber pelas horas que trabalham, ao contrário das pessoas ricas, que recebem por seus resultados e não pelas horas de trabalho e optam sempre por uma renda residual e não uma renda fixa.
Vou dar-lhes um exemplo: quando nascemos aprendemos a fazer as mesmas coisas que as pessoas que estão à nossa volta. Logo você aprenderá que temos que estudar durante nove anos e nos preparar para a faculdade. Depois da faculdade feita, poderemos ter um bom salário de acordo com a profissão que escolhemos.
Essa é a visão da grande maioria das pessoas, que hoje sentem-se mais seguros quando têm uma Renda Fixa e acabam trocando suas horas por dinheiro, pelo dinheiro.
Já os ricos aprendem desde cedo a criar e desenvolver seus próprios negócios, e fazem com que o dinheiro trabalhe para eles, ao invés de trabalharem pelo dinheiro, e para isso usam a Renda Residual.
Se eu pudesse definir em poucas palavras os significado de Renda Residual, eu definiria da seguinte forma: Renda residual é o tipo de renda que você constrói sem trocar seu tempo por dinheiro. É um dinheiro que você recebe mensalmente mesmo que não esteja em um local de trabalho. Mesmo que você saia de férias com sua família por um ano você ainda vai ganhar dinheiro e, quando você voltar seus ganhos serão os mesmos, se não maiores do que quando você foi viajar. É o mesmo tipo de renda de pessoas que compram casas, apartamentos e escritórios. Por exemplo: se você gostaria de ter um rendimento de 2 mil reais, então você precisa comprar uma casa de pelo menos 500 mil e alugá-la por 2 mil; aí estaria ganhando uma renda residual de 2 mil mensais sem trabalhar.
Antigamente não era tão fácil ter uma renda residual, afinal, não é todo mundo que tem 500 mil para sair por aí comprando casas e apartamentos. Mas hoje já não existem barreiras que impeçam, nem mesmo ao mais pobre dos seres de ter sua própria renda residual.
O que deixa os ricos mais ricos e os pobres mais pobres?
Diz Karl Marx: “Uma acumulação de riqueza em um pólo da sociedade indica a acumulação de miséria e trabalho no outro.”[1] Nessa afirmação, Marx evita a falácia, tão comum quanto maliciosa, que confunde causas, conseqüências e sintomas. Ele sugere que aquilo que se encontra em um pólo da sociedade indica ou é sintoma do que pode ser encontrado no outro pólo. Entretanto, no desenvolvimento de suas críticas à economia política e à organização existente na sociedade, Marx se comporta como se existisse uma relação de causa e efeito na afirmação citada, e seus seguidores e divulgadores tomaram como um postulado indiscutível que a riqueza de alguns é a causa da pobreza de outros. A precedência ou originalidade de Marx, Rodbertus e outros é, na melhor das hipóteses, apenas uma questão de vaidade entre eles e seus discípulos,[2] mas é de grande interesse e importância percebermos que a doutrina que sugere que um pólo causa a miséria de outro é a forma lógica da idéia de que o progresso e a pobreza estão correlacionados. Essa doutrina se baseia em outra, ainda mais básica, que raramente é formulada, mas que pode ser detectada na maioria das discussões socialistas atuais: a saber, de que todo o capital que existe hoje existiria de qualquer forma, sob quaisquer leis ou instituições sobre a propriedade, como se existisse por uma razão independente; e que alguns se adiantaram em relação aos outros e tomaram boa parte desse capital, de modo que aqueles que ficaram para trás não tiveram condições de obter nenhuma parcela do capital. Se essa noção sobre a origem do capital não for verdadeira, então a riqueza de um pólo não poderá causar a pobreza de outro. Se ela for verdadeira, podemos criar quaisquer regulamentações que quisermos sobre a distribuição de riquezas, sem temer que as medidas adotadas possam evitar que alguma riqueza seja produzida.
Em Roma, durante o império, a riqueza em um pólo da sociedade era um sintoma de miséria em outro, porque Roma não era um Estado industrial. Sua renda vinha da pilhagem. A riqueza tinha uma fonte independente da produção da sociedade de Roma. A parte dos despojos dispensada a alguns não poderia ser possuída por outros. O mesmo não é verdadeiro em uma sociedade industrial. A riqueza das cidades comerciais da Itália e do sul da Alemanha, na Idade Média, estava amplamente nas mãos dos príncipes-mercadores. Se fosse dito a alguém que alguns desses mercadores eram muito ricos, não haveria fundamento algum alguém supor que as outras pessoas nessas cidades teriam que ser pobres. Os ricos eram aqueles que desenvolveram as oportunidades de comércio que estavam, em um primeiro momento, abertas a todos. O que eles ganharam veio a partir do nada, que ninguém nunca tinha ou teria tido. O fato de existirem homens ricos na Inglaterra, na França e nos Estados Unidos atualmente não prova que haverá homens pobres aqui. As riquezas dos ricos estão em perfeita consonância com um alto padrão de riqueza para todos, até o mais pobre. Na verdade, o acúmulo de riqueza, seja durante a sua produção ou depois de sua composição, desenvolve e sustenta a prosperidade para todos. A melhora de uma parcela satisfatória da população, com abundância de terras e alto grau de domínio das forças da natureza por meio de maquinário, deve produzir uma sociedade na qual, descontados a má-sorte e os vícios, o conforto mínimo e médio são altos, e certas fortunas podem ser enormes.
Qualquer nexo que exista entre a riqueza de um pólo e a pobreza em outro poderá ser encontrado apenas ao revertemos a afirmação a seu oposto – a miséria de um pólo faz a riqueza de outro. Se, por conta de alguma forma de vício industrial, a massa de um pólo acabar caindo na miséria, ela oferecerá para os poucos que se safaram uma oportunidade de se tornar ricos ao se aproveitar deles. Eles ofereceriam uma grande quantidade de mão de obra a preços baixos, uma alta demanda por capital a altas taxas de juros e uma brutal necessidade de obter terras por altos aluguéis.
Afirma-se freqüentemente, e com propriedade, que a competição tende a dispersar a sociedade em uma grande variedade de condições desiguais. A competição desenvolve todos os poderes que existem de acordo com sua medida e grau. Quando maior a competição, mais completamente todas as forças se desenvolverão. Se, então, vigora a liberdade, os resultados não podem ser iguais; eles devem corresponder às forças. Assim, a liberdade de desenvolvimento e a igualdade de resultados são diametralmente opostas. Se um grupo de homens inicia em condições iguais e compete em um empreendimento comum, os resultados obtidos diferirão de acordo com suas capacidades inatas, capacitações e treinamentos anteriores, coragem pessoal, energia, iniciativa, perseverança, bom senso etc. Como essas coisas diferem muito, e como suas combinações podem variar muito, é possível que os resultados possam variar em diversos níveis. Além disso, quanto mais intensa a competição, maiores são os prêmios para o sucesso e mais pesadas as penas para os fracassos. Isso é ilustrado pela competição de uma grande cidade em comparação com a de uma cidade menor. Podemos evitar a competição tanto quanto podemos evitar a força da gravidade. Sua incidência pode ser modificada. Podemos adotar como política social o “Ai de quem for bem sucedido!” Podemos retirar as recompensas dos bem sucedidos e dá-las aos que fracassam. Parece evidente que logo não haveria mais prêmio nenhum, mas essa dedução não é aceita por todos. Em todo caso, nos parece claro que não nos livramos da competição – por exemplo, da luta pela existência e da competição da vida. Apenas decidimos que, já que não poderemos ser iguais, viveremos então sem ter nada.
A competição não garante resultados correspondentes aos méritos, porque as condições inatas e a má ou boa sorte estão sempre misturadas ao mérito, mas a competição assegura ao mérito todas as circunstâncias que ele pode apreciar sob circunstâncias pelas quais nenhum de seus companheiros pode ser culpado.
Hoje aparentemente acredita-se que embora a competição produza amplos níveis de desigualdade, a caridade, ou a distribuição de riqueza através da força, não os produziria. Assim chegamos a maior e mais maligna falácia da filosofia social em voga no momento. Embora existam grandes extremos de ricos e pobres em uma sociedade, isso é uma questão de pouca importância; não há razão para a relevância dada a esse fato nas discussões atuais. Afirma-se constantemente, de uma forma ou de outra, que embora um homem tenha, durante metade de sua vida, melhorado suas próprias condições e possa deixar seus filhos em uma condição bem melhor do que aquela em que começou, ele não recebeu a sua justa fatia dos ganhos da civilização, porque seu vizinho, que iniciou no mesmo patamar que ele, se tornou um milionário. John, que está comendo um bife sobre uma pedra, descobre que seu bife perdeu o sabor por saber que James está comendo faisão sobre uma barra de ouro. William, que de qualquer forma teria que andar, descobre que seus pés doem muito mais porque soube que Peter tem um cavalo. Henry, cujo iate tem 20 pés, tem certeza que há algo de errado na sociedade, porque Jacob tem um iate de 100 pés. Essas são as fraquezas da natureza humana que sempre foram objeto de trabalho dos satiristas, mas que em nossos dias são a base de uma nova filosofia e de uma redistribuição dos direitos e da propriedade. Se as leis e instituições da sociedade impedem as pessoas de encarar a batalha pela vida em seu próprio nome, com toda a sua capacidade, especialmente se criam um impedimento para uma pessoa a fim de dar vantagem a outra, então já sabemos qual área precisa de reformas inteligentes e férteis; porém, se uma análise não mostrar a operação dessas leis e instituições, então a desigualdade de resultados não é indicação de nenhum problema social, mas do contrário.
A indicação de bem ou mal estar social deve ser procurada em outro fato bem diferente. A questão de se a sociedade é formada por apenas duas classes, os ricos e os pobres, os fortes e os fracos, ou se todos os níveis intermediários são representados em uma proporção saudável e completa, é uma questão que tem importância porque fornece indicações do estado e das perspectivas da sociedade. Nenhuma sociedade que consiste em apenas duas classes extremas está saudável.
Se considerarmos a sociedade de um país novo, com pouca regulação governamental, instituições livres, impostos baixos e ínfimas responsabilidades militares, como o melhor exemplo do desenvolvimento normal da sociedade humana civilizada, então devemos concluir que essa sociedade não consistiria em duas classes bem definidas, completamente separadas uma da outra, mas que não existiria nenhuma classe definida, embora seus membros possam, em seus extremos, estar bem distantes em riqueza, educação, talento e virtude. Essa sociedade poderá, com o passar do tempo, com a sua população se tornando mais densa, se desenvolver, sob alta competição, grandes extremos de poder econômico e condições sociais, mas não há razão para supormos que todo o espaço intermediário não seria preenchido por uma grande massa populacional.
Agora já abri caminho para a proposição que pretendo colocar nesse artigo:
A tendência de todos os fardos sociais é extinguir a classe média e forçar a sociedade a se organizar em apenas duas classes, uma em cada extremo social.
Naturalmente, o ajuste dos fardos sociais de modo proporcional à capacidade dos indivíduos de suportá-los é impraticável. Se isso pudesse ser feito, é possível que os fardos crescessem, até mesmo se tornassem excessivos, sem produzir o efeito que descrevi. Entretanto, visto que é impossível ajustá-los e que eles devem ser servidos “igualmente” em relação à unidade de serviço e não em relação à alguma capacidade de suportá-los, segue-se que o efeito deve ser aquele descrito. Então, logo o fardo se torna tão grande que ultrapassa a capacidade de uma só parcela da sociedade e a divisão acontece entre aqueles que podem e aqueles que não podem suportá-lo. Inicialmente, aqueles que estão próximos a essa linha, porém um pouco acima, não estão muito distantes daqueles que também estão próximos da linha, mas abaixo dela; porém, com o passar do tempo e a continuação da pressão, eles são continuamente separados por um intervalo cada vez maior.
Vamos observar alguns fatos históricos que demonstram essa lei. Se observarmos a história antiga romana, como Mommsen a relaciona conosco, observaremos a repetição constante da dificuldade que surge da tendência da sociedade em direção à duas classes extremas. Foi apenas a pressão dos deveres militares e dos impostos que desenvolvia constantemente duas classes: devedores e os credores. As demandas do Estado caíram sobre homens diferentes, em intensidades diferentes, de acordo com as circunstâncias.[3] Um estava tão bem estabelecidos que poderia suportar o fardo sem ser esmagado. Outro tinha sido debilitado pelo tempo gasto, ou pela lesão sofrida, ou pela perda resultante de uma invasão, ou por ter participado de uma expedição mal sucedida, transformando-se em devedor. O primeiro, possuindo uma posição segura e ganhando um pouco mais, comprou um escravo e se estabeleceu com uma grande margem de segurança. A escravidão, claro, contribuiu sensivelmente para a tendência. Vinte anos depois, o segundo homem era devedor falido e escravo do primeiro.
Entretanto, toda insegurança em relação à propriedade tem o mesmo efeito, sobretudo quando a insegurança vem do abuso do poder estatal. Na história mais recente de Roma, o poder romano, tendo conquistado o mundo e arrastado milhares de pessoas nascidas em outros lugares para a Itália, como escravos, começou a saquear os locais conquistados. O espólio tomado por imperadores, governadores, homens livres e pela cidade era dividido por meio de donativos com o proletariado da cidade. Juntos, esses donativos e a escravidão dividiram os romanos em duas classes. A pilhagem das províncias aumentou a riqueza dos ricos. Os donativos empobreceram e transformaram em proletários a população da grande cidade.[4] Tiraram os cidadãos das áreas rurais e do trabalho honesto para a multidão da cidade. Se uma gangue de ladrões se dividisse entre aristocratas e plebeus e repartisse o produto de seus saques de forma desigual parece claro que, a medida que o tempo passasse, eles acabariam separados em duas grandes facções, uma absolutamente rica e outra miseravelmente pobre.[5] Para as vítimas, ainda que em um primeiro momento a severidade e a segurança da lei e da ordem romana valessem o alto preço que custavam, o efeito inevitável do roubo veio à tona, e todo o mundo romano empobreceu.[6] Apenas aqueles cidadãos que conseguiam favores ou ficavam ao lado dos governantes conseguiam obter ou acumular riquezas. Nenhuma explicação satisfatória da economia política da comunidade romana foi escrita ainda. O efeito do sistema romano sobre a população, sobre o desenvolvimento do capital nas províncias, sobre as artes e as ciências, sobre a distribuição de metais preciosos, sobre a população das cidades de Roma e Constantinopla, sobre o desenvolvimento de talentos e gênios, nos oferece lições de profunda importância, tocando em vários pontos das questões importantes com as quais agora nos ocupamos. O Império Romano foi um experimento gigante enquanto Estado que tirava de uns para dar a outros. “No começo do terceiro século, os sinais de uma perda fatal de vitalidade já se manifestavam com uma clareza assustadora e se espalhavam com tamanha rapidez que nenhum observador inteligente deixaria de perceber o início da dissolução desse corpo gigante.”[7]
Toda violência tem o mesmo eleito. Nos séculos V e VI de nossa era, a desordem geral e a violência gradualmente causaram a divisão da sociedade em torno de uma linha que, obviamente, oscilou por um longo período. Um homem que fosse forte o suficiente para se manter em períodos como aqueles, tornava-se um lorde; outro, que não conseguisse se manter, buscava segurança, tornando-se empregado do lorde. À medida que o tempo passava, cada servo que o primeiro obtinha fazia com que sua posição de lorde parecesse mais justificada; e, à medida que o tempo passava, todo homem que fosse fraco mas independente via que sua posição ficava mais e mais difícil de sustentar.[8]
A História de Taine mostra claramente que a classe média foi a que mais sofreu com a Revolução Francesa. A atenção sempre se volta para os nobres, que foram roubados e guilhotinados. Entretanto, quando nos debruçamos sobre a vida naquele período, vemos que, considerando a nação durante os anos de desordem revolucionária, as vítimas foram aqueles que tinham qualquer propriedade, do agricultor ou pequeno comerciante ao indivíduo rico.[9] Os ricos compraram sua liberdade e os nobres foram substituídos por uma nova gangue de parasitas sociais enriquecidos pelo saque e a extorsão. Esses últimos chegam mais perto do tipo de “comitê” que se espera ter em uma sociedade socialista do que qualquer outra coisa na história.[10]
Toda caridade tem o mesmo efeito, especialmente se ela é forçada pela autoridade estatal. A igreja cristã dos séculos IV e V, por sua indiscriminada caridade em larga escala, contribuiu com a degeneração do Estado romano.[11] As leis de ajuda aos pobres são outro caso. Ao tornar-se mais pesados, os impostos para a ajuda aos mais pobres finalmente levam aos abrigos públicos os mais pobres entre aqueles que até determinado momento conseguiram manter sua independência e pagar seus impostos. Com esse novo fardo, a chance do estrato imediamatamente superior se manter diminui, e assim por diante, indefinidamente.
Toda cobrança de impostos tem o mesmo efeito. Ela coloca mais pressão sobre aqueles que estão tentando economizar capital e melhorar suas circunstâncias a partir de suas condições de vida e do que lhes é demandado. Quanto mais pesada ela se torna, mais rapidamente extingue essa classe de pessoas – a grande classe média – e maior é a barreira que ela impõe contra quaisquer esforços de pessoas daquela classe de iniciar uma acumulação. Se os impostos têm, como objetivo, retirar algo de uns e dar a outros, como é o caso de todos os impostos sociais, temos apenas uma ação mais intensa e óbvia na mesma direção, cujos efeitos devem ser bem maiores e compreendidos mais rapidamente. O efeito do imposto para a proteção dos pobres nesse país têm sido freqüentemente assinalado: livra da pobreza algumas poucas pessoas e destina linhas especiais da indústria às mãos de alguns grandes capitalistas. Esse é apenas um exemplo da lei que estou explicando.
Minha generalização pode ser ainda mais ampliada. A tendência de todas as dificuldades da vida é destruir a classe média. O capital, ao crescer, traz consigo novos incrementos com uma tranqüilidade cada vez maior. Ele adquire algo como um impulso. Assim, o homem rico pode enfrentar os choques da calamidade material e das fatalidades com menos sofrimento – por ser rico. Uma estação desfavorável pode atolar o pequeno agricultor em dívidas das quais ele nunca irá se recuperar, mas não pode causar a um grande agricultor mais do que a redução de seu faturamento anual. Alguns anos de dificuldade podem levar à falência um grande número de homens com pequenos capitais, enquanto um homem de grandes reservas pode sobreviver a essa crise e colocar-se em posição de obter grandes ganhos quando a prosperidade chegar novamente.
As crises e as calamidades estritamente sociais vêm da desordem, da violência, da insegurança, da cobiça, da inveja etc. O Estado tem como função reprimir todos esses elementos. Subentende-se, a partir do que eu disse, que é difícil mantermos uma classe média vivendo um alto grau de civilização. Se o Estado não executa seu trabalho com competência, essas classes, que representem a ampla distribuição de conforto e bem estar, morrerão. Se o Estado em si concede licenças para o roubo e a espoliação, ou se dedica à caridade, trabalha para destruir toda a classe média e dividir a sociedade em duas grandes classes, os ricos que ficam cada vez mais ricos – não através da indústria, mas da espoliação – e os pobres que ficam cada vez mais pobres, não pela fraqueza da indústria, mas pela opressão.
Agora, um Estado que é socialista em qualquer nível segue aquela linha política cujos efeitos desastrosos já foram descritos. O Estado, nunca é demais repetir, nada possui e nada pode dar, a não ser que confisque de outras pessoas. Suas vítimas deverão ser aquelas que acumularam e economizaram capital e que são parte da classe média, da qual quaisquer contribuições importantes podem ser retiradas. Ela deve ser empobrecida. Seus animais de estimação, quaisquer que sejam, deverão ser empobrecidos e proletarizados. Seus agentes – ou seja, aqueles que em nome do Estado desempenham a ação de tirar de uns e dar a outros – podem enriquecer e, caso um Estado como esse seja organizado, eles podem imaginar riquezas para além dos sonhos do governador romano.
Para as pessoas sem prática nos estudos das forças sociais, poderá parecer a coisa mais óbvia do mundo que, se confiscarmos a propriedade daqueles que possuem mais que uma determinada quantidade e dividirmos as rendas entre aqueles que possuem menos que uma determinada quantia, fortaleceremos a classe média e eliminaremos os dois extremos. Porém, o efeito seria exatamente o oposto. Nós diminuiríamos a classe média e fortaleceríamos os extremos. Quando mais nós ajudarmos os que estão no fundo, mais teremos que ajudá-los, não apenas por conta do aumento da população e do influxo de membros famintos, mas também por conta da desmoralização das camadas mais baixas da classe média, que foram excluídas. Quanto mais confiscarmos os bens das classes mais altas, maiores trapaças e fraudes apareceriam visando escapar do confisco e maior teria de ser o escopo da taxação sobre a classe média alta, visando a obtenção dos meios necessários.
A classe média moderna foi desenvolvida com uma civilização industrial e dentro dessa civilização. Em troca, ela tomou o controle dessa civilização e desenvolveu instituições sociais e civis para harmonizá-la. A organização que lhe deram é chamada, segundo o jargão de certa escola, de “capitalismo”, de “sistema capitalista”. Ela é a primeira organização da sociedade humana que já existiu baseada em direitos. Pela virtude de suas próprias instituições, ela hoje se coloca em julgamento e se abre à revisão e correção quando uma revisão se mostra necessária, sobre bases sóbrias e racionais, para a garantia dos direitos de qualquer pessoa. Ela é a primeira instituição da sociedade humana que tolerou a discordância e a crítica. Nobres e agricultores nunca produziram nada além da Polônia e da Rússia. O proletariado nunca fez nada além de revolução. O Estado socialista não oferece nenhuma promessa de que tolerará discordâncias. Nunca considerará a questão das reformas. Ele possui os mesmos fundamentos dos Estados antigos. Ele sabe que está certo e completamente certo. Então, claro, não há necessidade de reformas. Entretanto, no que toca às extremas reconstruções da sociedade, não precisamos nos incomodar; o que precisamos perceber é que todas as medidas socialistas, de qualquer grau, possuem a mesma tendência e efeito. São elas que sempre tendem, a deixar os ricos mais ricos e os pobres mais pobres, e a extinguir as classes intermediárias.
Artigo publicado em Popular Science Monthly, Vol. XXX, 1887, pp. 289–296.
[1]“Das Kapital,” I, 671.
[2]Sobre essa questão, ver Anton Menger, “Das Recht auf den vollen Arbeitsertrag”, Stuttgart 1886. Esse autor faz um levantamento de um século de noções fundamentais do socialismo. Ele busca desenvolver os aspectos jurídicos do socialismo independentemente de seus aspectos econômicos.
[3]Sobre os fardos pesados dos cidadãos romanos, ver Merivale, VIII, 284.
[4]Ver Mommsen, livro III, capítulos XI, XII; livro V, capítulo XI; Poühlmann, “Die Ueberuülkerung der antiken Gross-Städte,” Leipzig, 1884.
[5]Ver especialmente Friedländer, “Sittengeschichte”, I, 22: “No gozo da abundância de vantagens, excitações e espetáculos, oferecidos pelas metrópoles, as classes mais altas e as classes mais baixas possuem condições mais favoráveis. A grande maioria dos homens livres eram alimentados, em parte ou completamente, por recursos públicos. Os mais ricos encontravam ali meios e oportunidades para uma existência majestosa, sem igual no mundo. As classes médias eram as mais expostas às desvantagens da vida em Roma.”
[6] Ver Merivale, VIII, 351; Gibbon, no fim do capítulo XXXVI.
[7]Friedlaänder, I, prefácio. Enquanto lia as provas desse artigo, li o “Manuale di Storia del Comercio, delle Industrie e dell’Economia Politics” (Torino-Napoli, 1886) do Professor Boccardo, onde, nas páginas 74 e 75, ele expressa a mesma visão citada acima, a colocando da forma mais clara que jamais vi.
[8] Ver Gibbon, capítulo XXXVIII; Duruy, “Histoire du Moyen Age,” pp. 233, 234; Hallam's “Middle Ages,” capítulo I, parte II; Seebohm, “The English Village Community,” capítulo VIII.
[9] Ver Taine, vol. III, livro V, capítulo I.
[10] Ver Taine, vol. III, livro III, capítulo III.
[11]Pühlmann, p. 62.
por William Graham Sumner
Em Roma, durante o império, a riqueza em um pólo da sociedade era um sintoma de miséria em outro, porque Roma não era um Estado industrial. Sua renda vinha da pilhagem. A riqueza tinha uma fonte independente da produção da sociedade de Roma. A parte dos despojos dispensada a alguns não poderia ser possuída por outros. O mesmo não é verdadeiro em uma sociedade industrial. A riqueza das cidades comerciais da Itália e do sul da Alemanha, na Idade Média, estava amplamente nas mãos dos príncipes-mercadores. Se fosse dito a alguém que alguns desses mercadores eram muito ricos, não haveria fundamento algum alguém supor que as outras pessoas nessas cidades teriam que ser pobres. Os ricos eram aqueles que desenvolveram as oportunidades de comércio que estavam, em um primeiro momento, abertas a todos. O que eles ganharam veio a partir do nada, que ninguém nunca tinha ou teria tido. O fato de existirem homens ricos na Inglaterra, na França e nos Estados Unidos atualmente não prova que haverá homens pobres aqui. As riquezas dos ricos estão em perfeita consonância com um alto padrão de riqueza para todos, até o mais pobre. Na verdade, o acúmulo de riqueza, seja durante a sua produção ou depois de sua composição, desenvolve e sustenta a prosperidade para todos. A melhora de uma parcela satisfatória da população, com abundância de terras e alto grau de domínio das forças da natureza por meio de maquinário, deve produzir uma sociedade na qual, descontados a má-sorte e os vícios, o conforto mínimo e médio são altos, e certas fortunas podem ser enormes.
Qualquer nexo que exista entre a riqueza de um pólo e a pobreza em outro poderá ser encontrado apenas ao revertemos a afirmação a seu oposto – a miséria de um pólo faz a riqueza de outro. Se, por conta de alguma forma de vício industrial, a massa de um pólo acabar caindo na miséria, ela oferecerá para os poucos que se safaram uma oportunidade de se tornar ricos ao se aproveitar deles. Eles ofereceriam uma grande quantidade de mão de obra a preços baixos, uma alta demanda por capital a altas taxas de juros e uma brutal necessidade de obter terras por altos aluguéis.
Afirma-se freqüentemente, e com propriedade, que a competição tende a dispersar a sociedade em uma grande variedade de condições desiguais. A competição desenvolve todos os poderes que existem de acordo com sua medida e grau. Quando maior a competição, mais completamente todas as forças se desenvolverão. Se, então, vigora a liberdade, os resultados não podem ser iguais; eles devem corresponder às forças. Assim, a liberdade de desenvolvimento e a igualdade de resultados são diametralmente opostas. Se um grupo de homens inicia em condições iguais e compete em um empreendimento comum, os resultados obtidos diferirão de acordo com suas capacidades inatas, capacitações e treinamentos anteriores, coragem pessoal, energia, iniciativa, perseverança, bom senso etc. Como essas coisas diferem muito, e como suas combinações podem variar muito, é possível que os resultados possam variar em diversos níveis. Além disso, quanto mais intensa a competição, maiores são os prêmios para o sucesso e mais pesadas as penas para os fracassos. Isso é ilustrado pela competição de uma grande cidade em comparação com a de uma cidade menor. Podemos evitar a competição tanto quanto podemos evitar a força da gravidade. Sua incidência pode ser modificada. Podemos adotar como política social o “Ai de quem for bem sucedido!” Podemos retirar as recompensas dos bem sucedidos e dá-las aos que fracassam. Parece evidente que logo não haveria mais prêmio nenhum, mas essa dedução não é aceita por todos. Em todo caso, nos parece claro que não nos livramos da competição – por exemplo, da luta pela existência e da competição da vida. Apenas decidimos que, já que não poderemos ser iguais, viveremos então sem ter nada.
A competição não garante resultados correspondentes aos méritos, porque as condições inatas e a má ou boa sorte estão sempre misturadas ao mérito, mas a competição assegura ao mérito todas as circunstâncias que ele pode apreciar sob circunstâncias pelas quais nenhum de seus companheiros pode ser culpado.
Hoje aparentemente acredita-se que embora a competição produza amplos níveis de desigualdade, a caridade, ou a distribuição de riqueza através da força, não os produziria. Assim chegamos a maior e mais maligna falácia da filosofia social em voga no momento. Embora existam grandes extremos de ricos e pobres em uma sociedade, isso é uma questão de pouca importância; não há razão para a relevância dada a esse fato nas discussões atuais. Afirma-se constantemente, de uma forma ou de outra, que embora um homem tenha, durante metade de sua vida, melhorado suas próprias condições e possa deixar seus filhos em uma condição bem melhor do que aquela em que começou, ele não recebeu a sua justa fatia dos ganhos da civilização, porque seu vizinho, que iniciou no mesmo patamar que ele, se tornou um milionário. John, que está comendo um bife sobre uma pedra, descobre que seu bife perdeu o sabor por saber que James está comendo faisão sobre uma barra de ouro. William, que de qualquer forma teria que andar, descobre que seus pés doem muito mais porque soube que Peter tem um cavalo. Henry, cujo iate tem 20 pés, tem certeza que há algo de errado na sociedade, porque Jacob tem um iate de 100 pés. Essas são as fraquezas da natureza humana que sempre foram objeto de trabalho dos satiristas, mas que em nossos dias são a base de uma nova filosofia e de uma redistribuição dos direitos e da propriedade. Se as leis e instituições da sociedade impedem as pessoas de encarar a batalha pela vida em seu próprio nome, com toda a sua capacidade, especialmente se criam um impedimento para uma pessoa a fim de dar vantagem a outra, então já sabemos qual área precisa de reformas inteligentes e férteis; porém, se uma análise não mostrar a operação dessas leis e instituições, então a desigualdade de resultados não é indicação de nenhum problema social, mas do contrário.
A indicação de bem ou mal estar social deve ser procurada em outro fato bem diferente. A questão de se a sociedade é formada por apenas duas classes, os ricos e os pobres, os fortes e os fracos, ou se todos os níveis intermediários são representados em uma proporção saudável e completa, é uma questão que tem importância porque fornece indicações do estado e das perspectivas da sociedade. Nenhuma sociedade que consiste em apenas duas classes extremas está saudável.
Se considerarmos a sociedade de um país novo, com pouca regulação governamental, instituições livres, impostos baixos e ínfimas responsabilidades militares, como o melhor exemplo do desenvolvimento normal da sociedade humana civilizada, então devemos concluir que essa sociedade não consistiria em duas classes bem definidas, completamente separadas uma da outra, mas que não existiria nenhuma classe definida, embora seus membros possam, em seus extremos, estar bem distantes em riqueza, educação, talento e virtude. Essa sociedade poderá, com o passar do tempo, com a sua população se tornando mais densa, se desenvolver, sob alta competição, grandes extremos de poder econômico e condições sociais, mas não há razão para supormos que todo o espaço intermediário não seria preenchido por uma grande massa populacional.
Agora já abri caminho para a proposição que pretendo colocar nesse artigo:
A tendência de todos os fardos sociais é extinguir a classe média e forçar a sociedade a se organizar em apenas duas classes, uma em cada extremo social.
Naturalmente, o ajuste dos fardos sociais de modo proporcional à capacidade dos indivíduos de suportá-los é impraticável. Se isso pudesse ser feito, é possível que os fardos crescessem, até mesmo se tornassem excessivos, sem produzir o efeito que descrevi. Entretanto, visto que é impossível ajustá-los e que eles devem ser servidos “igualmente” em relação à unidade de serviço e não em relação à alguma capacidade de suportá-los, segue-se que o efeito deve ser aquele descrito. Então, logo o fardo se torna tão grande que ultrapassa a capacidade de uma só parcela da sociedade e a divisão acontece entre aqueles que podem e aqueles que não podem suportá-lo. Inicialmente, aqueles que estão próximos a essa linha, porém um pouco acima, não estão muito distantes daqueles que também estão próximos da linha, mas abaixo dela; porém, com o passar do tempo e a continuação da pressão, eles são continuamente separados por um intervalo cada vez maior.
Vamos observar alguns fatos históricos que demonstram essa lei. Se observarmos a história antiga romana, como Mommsen a relaciona conosco, observaremos a repetição constante da dificuldade que surge da tendência da sociedade em direção à duas classes extremas. Foi apenas a pressão dos deveres militares e dos impostos que desenvolvia constantemente duas classes: devedores e os credores. As demandas do Estado caíram sobre homens diferentes, em intensidades diferentes, de acordo com as circunstâncias.[3] Um estava tão bem estabelecidos que poderia suportar o fardo sem ser esmagado. Outro tinha sido debilitado pelo tempo gasto, ou pela lesão sofrida, ou pela perda resultante de uma invasão, ou por ter participado de uma expedição mal sucedida, transformando-se em devedor. O primeiro, possuindo uma posição segura e ganhando um pouco mais, comprou um escravo e se estabeleceu com uma grande margem de segurança. A escravidão, claro, contribuiu sensivelmente para a tendência. Vinte anos depois, o segundo homem era devedor falido e escravo do primeiro.
Entretanto, toda insegurança em relação à propriedade tem o mesmo efeito, sobretudo quando a insegurança vem do abuso do poder estatal. Na história mais recente de Roma, o poder romano, tendo conquistado o mundo e arrastado milhares de pessoas nascidas em outros lugares para a Itália, como escravos, começou a saquear os locais conquistados. O espólio tomado por imperadores, governadores, homens livres e pela cidade era dividido por meio de donativos com o proletariado da cidade. Juntos, esses donativos e a escravidão dividiram os romanos em duas classes. A pilhagem das províncias aumentou a riqueza dos ricos. Os donativos empobreceram e transformaram em proletários a população da grande cidade.[4] Tiraram os cidadãos das áreas rurais e do trabalho honesto para a multidão da cidade. Se uma gangue de ladrões se dividisse entre aristocratas e plebeus e repartisse o produto de seus saques de forma desigual parece claro que, a medida que o tempo passasse, eles acabariam separados em duas grandes facções, uma absolutamente rica e outra miseravelmente pobre.[5] Para as vítimas, ainda que em um primeiro momento a severidade e a segurança da lei e da ordem romana valessem o alto preço que custavam, o efeito inevitável do roubo veio à tona, e todo o mundo romano empobreceu.[6] Apenas aqueles cidadãos que conseguiam favores ou ficavam ao lado dos governantes conseguiam obter ou acumular riquezas. Nenhuma explicação satisfatória da economia política da comunidade romana foi escrita ainda. O efeito do sistema romano sobre a população, sobre o desenvolvimento do capital nas províncias, sobre as artes e as ciências, sobre a distribuição de metais preciosos, sobre a população das cidades de Roma e Constantinopla, sobre o desenvolvimento de talentos e gênios, nos oferece lições de profunda importância, tocando em vários pontos das questões importantes com as quais agora nos ocupamos. O Império Romano foi um experimento gigante enquanto Estado que tirava de uns para dar a outros. “No começo do terceiro século, os sinais de uma perda fatal de vitalidade já se manifestavam com uma clareza assustadora e se espalhavam com tamanha rapidez que nenhum observador inteligente deixaria de perceber o início da dissolução desse corpo gigante.”[7]
Toda violência tem o mesmo eleito. Nos séculos V e VI de nossa era, a desordem geral e a violência gradualmente causaram a divisão da sociedade em torno de uma linha que, obviamente, oscilou por um longo período. Um homem que fosse forte o suficiente para se manter em períodos como aqueles, tornava-se um lorde; outro, que não conseguisse se manter, buscava segurança, tornando-se empregado do lorde. À medida que o tempo passava, cada servo que o primeiro obtinha fazia com que sua posição de lorde parecesse mais justificada; e, à medida que o tempo passava, todo homem que fosse fraco mas independente via que sua posição ficava mais e mais difícil de sustentar.[8]
A História de Taine mostra claramente que a classe média foi a que mais sofreu com a Revolução Francesa. A atenção sempre se volta para os nobres, que foram roubados e guilhotinados. Entretanto, quando nos debruçamos sobre a vida naquele período, vemos que, considerando a nação durante os anos de desordem revolucionária, as vítimas foram aqueles que tinham qualquer propriedade, do agricultor ou pequeno comerciante ao indivíduo rico.[9] Os ricos compraram sua liberdade e os nobres foram substituídos por uma nova gangue de parasitas sociais enriquecidos pelo saque e a extorsão. Esses últimos chegam mais perto do tipo de “comitê” que se espera ter em uma sociedade socialista do que qualquer outra coisa na história.[10]
Toda caridade tem o mesmo efeito, especialmente se ela é forçada pela autoridade estatal. A igreja cristã dos séculos IV e V, por sua indiscriminada caridade em larga escala, contribuiu com a degeneração do Estado romano.[11] As leis de ajuda aos pobres são outro caso. Ao tornar-se mais pesados, os impostos para a ajuda aos mais pobres finalmente levam aos abrigos públicos os mais pobres entre aqueles que até determinado momento conseguiram manter sua independência e pagar seus impostos. Com esse novo fardo, a chance do estrato imediamatamente superior se manter diminui, e assim por diante, indefinidamente.
Toda cobrança de impostos tem o mesmo efeito. Ela coloca mais pressão sobre aqueles que estão tentando economizar capital e melhorar suas circunstâncias a partir de suas condições de vida e do que lhes é demandado. Quanto mais pesada ela se torna, mais rapidamente extingue essa classe de pessoas – a grande classe média – e maior é a barreira que ela impõe contra quaisquer esforços de pessoas daquela classe de iniciar uma acumulação. Se os impostos têm, como objetivo, retirar algo de uns e dar a outros, como é o caso de todos os impostos sociais, temos apenas uma ação mais intensa e óbvia na mesma direção, cujos efeitos devem ser bem maiores e compreendidos mais rapidamente. O efeito do imposto para a proteção dos pobres nesse país têm sido freqüentemente assinalado: livra da pobreza algumas poucas pessoas e destina linhas especiais da indústria às mãos de alguns grandes capitalistas. Esse é apenas um exemplo da lei que estou explicando.
Minha generalização pode ser ainda mais ampliada. A tendência de todas as dificuldades da vida é destruir a classe média. O capital, ao crescer, traz consigo novos incrementos com uma tranqüilidade cada vez maior. Ele adquire algo como um impulso. Assim, o homem rico pode enfrentar os choques da calamidade material e das fatalidades com menos sofrimento – por ser rico. Uma estação desfavorável pode atolar o pequeno agricultor em dívidas das quais ele nunca irá se recuperar, mas não pode causar a um grande agricultor mais do que a redução de seu faturamento anual. Alguns anos de dificuldade podem levar à falência um grande número de homens com pequenos capitais, enquanto um homem de grandes reservas pode sobreviver a essa crise e colocar-se em posição de obter grandes ganhos quando a prosperidade chegar novamente.
As crises e as calamidades estritamente sociais vêm da desordem, da violência, da insegurança, da cobiça, da inveja etc. O Estado tem como função reprimir todos esses elementos. Subentende-se, a partir do que eu disse, que é difícil mantermos uma classe média vivendo um alto grau de civilização. Se o Estado não executa seu trabalho com competência, essas classes, que representem a ampla distribuição de conforto e bem estar, morrerão. Se o Estado em si concede licenças para o roubo e a espoliação, ou se dedica à caridade, trabalha para destruir toda a classe média e dividir a sociedade em duas grandes classes, os ricos que ficam cada vez mais ricos – não através da indústria, mas da espoliação – e os pobres que ficam cada vez mais pobres, não pela fraqueza da indústria, mas pela opressão.
Agora, um Estado que é socialista em qualquer nível segue aquela linha política cujos efeitos desastrosos já foram descritos. O Estado, nunca é demais repetir, nada possui e nada pode dar, a não ser que confisque de outras pessoas. Suas vítimas deverão ser aquelas que acumularam e economizaram capital e que são parte da classe média, da qual quaisquer contribuições importantes podem ser retiradas. Ela deve ser empobrecida. Seus animais de estimação, quaisquer que sejam, deverão ser empobrecidos e proletarizados. Seus agentes – ou seja, aqueles que em nome do Estado desempenham a ação de tirar de uns e dar a outros – podem enriquecer e, caso um Estado como esse seja organizado, eles podem imaginar riquezas para além dos sonhos do governador romano.
Para as pessoas sem prática nos estudos das forças sociais, poderá parecer a coisa mais óbvia do mundo que, se confiscarmos a propriedade daqueles que possuem mais que uma determinada quantidade e dividirmos as rendas entre aqueles que possuem menos que uma determinada quantia, fortaleceremos a classe média e eliminaremos os dois extremos. Porém, o efeito seria exatamente o oposto. Nós diminuiríamos a classe média e fortaleceríamos os extremos. Quando mais nós ajudarmos os que estão no fundo, mais teremos que ajudá-los, não apenas por conta do aumento da população e do influxo de membros famintos, mas também por conta da desmoralização das camadas mais baixas da classe média, que foram excluídas. Quanto mais confiscarmos os bens das classes mais altas, maiores trapaças e fraudes apareceriam visando escapar do confisco e maior teria de ser o escopo da taxação sobre a classe média alta, visando a obtenção dos meios necessários.
A classe média moderna foi desenvolvida com uma civilização industrial e dentro dessa civilização. Em troca, ela tomou o controle dessa civilização e desenvolveu instituições sociais e civis para harmonizá-la. A organização que lhe deram é chamada, segundo o jargão de certa escola, de “capitalismo”, de “sistema capitalista”. Ela é a primeira organização da sociedade humana que já existiu baseada em direitos. Pela virtude de suas próprias instituições, ela hoje se coloca em julgamento e se abre à revisão e correção quando uma revisão se mostra necessária, sobre bases sóbrias e racionais, para a garantia dos direitos de qualquer pessoa. Ela é a primeira instituição da sociedade humana que tolerou a discordância e a crítica. Nobres e agricultores nunca produziram nada além da Polônia e da Rússia. O proletariado nunca fez nada além de revolução. O Estado socialista não oferece nenhuma promessa de que tolerará discordâncias. Nunca considerará a questão das reformas. Ele possui os mesmos fundamentos dos Estados antigos. Ele sabe que está certo e completamente certo. Então, claro, não há necessidade de reformas. Entretanto, no que toca às extremas reconstruções da sociedade, não precisamos nos incomodar; o que precisamos perceber é que todas as medidas socialistas, de qualquer grau, possuem a mesma tendência e efeito. São elas que sempre tendem, a deixar os ricos mais ricos e os pobres mais pobres, e a extinguir as classes intermediárias.
Artigo publicado em Popular Science Monthly, Vol. XXX, 1887, pp. 289–296.
[1]“Das Kapital,” I, 671.
[2]Sobre essa questão, ver Anton Menger, “Das Recht auf den vollen Arbeitsertrag”, Stuttgart 1886. Esse autor faz um levantamento de um século de noções fundamentais do socialismo. Ele busca desenvolver os aspectos jurídicos do socialismo independentemente de seus aspectos econômicos.
[3]Sobre os fardos pesados dos cidadãos romanos, ver Merivale, VIII, 284.
[4]Ver Mommsen, livro III, capítulos XI, XII; livro V, capítulo XI; Poühlmann, “Die Ueberuülkerung der antiken Gross-Städte,” Leipzig, 1884.
[5]Ver especialmente Friedländer, “Sittengeschichte”, I, 22: “No gozo da abundância de vantagens, excitações e espetáculos, oferecidos pelas metrópoles, as classes mais altas e as classes mais baixas possuem condições mais favoráveis. A grande maioria dos homens livres eram alimentados, em parte ou completamente, por recursos públicos. Os mais ricos encontravam ali meios e oportunidades para uma existência majestosa, sem igual no mundo. As classes médias eram as mais expostas às desvantagens da vida em Roma.”
[6] Ver Merivale, VIII, 351; Gibbon, no fim do capítulo XXXVI.
[7]Friedlaänder, I, prefácio. Enquanto lia as provas desse artigo, li o “Manuale di Storia del Comercio, delle Industrie e dell’Economia Politics” (Torino-Napoli, 1886) do Professor Boccardo, onde, nas páginas 74 e 75, ele expressa a mesma visão citada acima, a colocando da forma mais clara que jamais vi.
[8] Ver Gibbon, capítulo XXXVIII; Duruy, “Histoire du Moyen Age,” pp. 233, 234; Hallam's “Middle Ages,” capítulo I, parte II; Seebohm, “The English Village Community,” capítulo VIII.
[9] Ver Taine, vol. III, livro V, capítulo I.
[10] Ver Taine, vol. III, livro III, capítulo III.
[11]Pühlmann, p. 62.
por William Graham Sumner
Roubar aos pobres para dar aos ricos!
Para quê continuar a fazer descontos se cada vez tenho menos direitos?
Guida Vieira
Eles já não sabem o que fazem para controlar o chamado défice e agora vale tudo para não só tirar direitos às pessoas como até para pô-las a pagar o que têm e o que não têm. As medidas que foram propostas pela OCDE com o total apoio do Governo Português vão nesse sentido. É mesmo uma vergonha que ainda não estejam satisfeitos com o aumento no preço dos medicamentos e com a retirada de direitos aos desempregados, para não desfiar o rosário de todas as contas do desgoverno que impera neste País, e nesta Região, que fala muito em Autonomia, mas quando é para defender as pessoas o seu silêncio é ensurdecedor e preparam-se logo para aplicar na Madeira todas as medidas decididas pela República. Veja-se o que se passa com a Segurança Social.
Existem pessoas que ficam muito escandalizadas quando dizemos que devem ser os ricos a pagar a crise. Quando aparecem denúncias sobre negócios escuros no Off Shore da Madeira, onde a maioria das empresas que lá existem são fictícias, servem para negócios cujos contornos só investigações policiais é que revelam e para fugir aos impostos, leio tanto comentário de gente escandalizada alegando que é preciso defender os postos de trabalho lá criados. Sabe-se no entanto que a empresa com maior volume de dinheiro lá registada, só tem 4 trabalhadores. É caso dizer: e os burros somos nós?
Há mesmo quem considere tudo legal e legítimo. Mas o que me choca é que, quando é para apertar o cinto e o Governo anuncia que vai poupar 250 milhões na saúde e mais não sei quantos milhões nas prestações sociais, à custa dos pobres e dos desempregados, essas mesmas pessoas não demonstrem qualquer preocupação e assobiam para o lado como se não fosse nada com elas.
É chocante a insensibilidade social que alastra neste Portugal Republicano que comemora agora 100 anos. Com todos os erros cometidos os lutadores Republicanos mereciam mais e melhor nesta comemoração. Mas não, pelo contrário esta democracia dos ricos até permite que uma figurinha qualquer se sinta à vontade para propor que na Madeira fosse criado "o museu do assassino". Se não fosse tão ridícula esta questão merecia uma análise aprofundada.
E preparemo-nos que mais medidas vão surgir. Eles ainda nos vão continuar a esfolar congelando salários e pensões. O que eu não entendo é o que vai acontecer com a economia. Se as pessoas não têm dinheiro para gastar a economia não vai girar, vai ficar parada e aí a crise não vai ser maior? Confesso que me irrita bastante ver agora tanta gente que fez parte de vários governos ao longo destes anos se armarem em salvadores da Pátria, todos com ares de grandes inteligências. Mas quando abrem a boca só sabem falar em cortes sociais. Até parece que são os que trabalham e descontam que são os carrascos deste País.
É por isso que há cada vez mais pessoas a se questionar: para quê continuar a fazer descontos se cada vez tenho menos direitos e se aqueles que precisam da minha solidariedade recebem menos do Estado? Este é um problema sério que começa a colocar em causa a arquitectura do Estado solidário tão temido pela direita mas tão necessário para manter vivo o espírito do 25 de Abril.
Continuo a considerar que existe outro caminho. É preciso ter coragem política para atacar os interesses dos poderosos deste país e desta Região. É preciso acabar com o Off-Shore e com a fuga aos impostos. É preciso que os bancos paguem impostos como as empresas. É preciso criar um imposto sobre os ricos para ajudar a levar este País e esta Região para a frente. É preciso proibir o duplo emprego enquanto houver desemprego. É preciso cortar pensões a quem está empregado, ou recebe a pensão ou o salário. É preciso deixar respirar quem trabalha e quem cria emprego. Esses é que devem ser ajudados porque só o emprego é que pode gerar riqueza. É preciso acabar com tudo o que só complica e dá despesa como alguns Institutos Públicos e outros organismos inúteis. O que é preciso é outra política!
Guida Vieira
Eles já não sabem o que fazem para controlar o chamado défice e agora vale tudo para não só tirar direitos às pessoas como até para pô-las a pagar o que têm e o que não têm. As medidas que foram propostas pela OCDE com o total apoio do Governo Português vão nesse sentido. É mesmo uma vergonha que ainda não estejam satisfeitos com o aumento no preço dos medicamentos e com a retirada de direitos aos desempregados, para não desfiar o rosário de todas as contas do desgoverno que impera neste País, e nesta Região, que fala muito em Autonomia, mas quando é para defender as pessoas o seu silêncio é ensurdecedor e preparam-se logo para aplicar na Madeira todas as medidas decididas pela República. Veja-se o que se passa com a Segurança Social.
Existem pessoas que ficam muito escandalizadas quando dizemos que devem ser os ricos a pagar a crise. Quando aparecem denúncias sobre negócios escuros no Off Shore da Madeira, onde a maioria das empresas que lá existem são fictícias, servem para negócios cujos contornos só investigações policiais é que revelam e para fugir aos impostos, leio tanto comentário de gente escandalizada alegando que é preciso defender os postos de trabalho lá criados. Sabe-se no entanto que a empresa com maior volume de dinheiro lá registada, só tem 4 trabalhadores. É caso dizer: e os burros somos nós?
Há mesmo quem considere tudo legal e legítimo. Mas o que me choca é que, quando é para apertar o cinto e o Governo anuncia que vai poupar 250 milhões na saúde e mais não sei quantos milhões nas prestações sociais, à custa dos pobres e dos desempregados, essas mesmas pessoas não demonstrem qualquer preocupação e assobiam para o lado como se não fosse nada com elas.
É chocante a insensibilidade social que alastra neste Portugal Republicano que comemora agora 100 anos. Com todos os erros cometidos os lutadores Republicanos mereciam mais e melhor nesta comemoração. Mas não, pelo contrário esta democracia dos ricos até permite que uma figurinha qualquer se sinta à vontade para propor que na Madeira fosse criado "o museu do assassino". Se não fosse tão ridícula esta questão merecia uma análise aprofundada.
E preparemo-nos que mais medidas vão surgir. Eles ainda nos vão continuar a esfolar congelando salários e pensões. O que eu não entendo é o que vai acontecer com a economia. Se as pessoas não têm dinheiro para gastar a economia não vai girar, vai ficar parada e aí a crise não vai ser maior? Confesso que me irrita bastante ver agora tanta gente que fez parte de vários governos ao longo destes anos se armarem em salvadores da Pátria, todos com ares de grandes inteligências. Mas quando abrem a boca só sabem falar em cortes sociais. Até parece que são os que trabalham e descontam que são os carrascos deste País.
É por isso que há cada vez mais pessoas a se questionar: para quê continuar a fazer descontos se cada vez tenho menos direitos e se aqueles que precisam da minha solidariedade recebem menos do Estado? Este é um problema sério que começa a colocar em causa a arquitectura do Estado solidário tão temido pela direita mas tão necessário para manter vivo o espírito do 25 de Abril.
Continuo a considerar que existe outro caminho. É preciso ter coragem política para atacar os interesses dos poderosos deste país e desta Região. É preciso acabar com o Off-Shore e com a fuga aos impostos. É preciso que os bancos paguem impostos como as empresas. É preciso criar um imposto sobre os ricos para ajudar a levar este País e esta Região para a frente. É preciso proibir o duplo emprego enquanto houver desemprego. É preciso cortar pensões a quem está empregado, ou recebe a pensão ou o salário. É preciso deixar respirar quem trabalha e quem cria emprego. Esses é que devem ser ajudados porque só o emprego é que pode gerar riqueza. É preciso acabar com tudo o que só complica e dá despesa como alguns Institutos Públicos e outros organismos inúteis. O que é preciso é outra política!
Descoberta de obras desconhecidas de Picasso levanta suspeitas
Herdeiro de Pablo Picasso, Claude Picasso, em frente a obra chamada "Trois personnages", no Paul Klee Center em Bern
PARIS — Pelo menos de 271 obras de Pablo Picasso, produzidas de 1900 a 1932, cuja existência ninguém conhecia, foram encontradas há poucos meses e levaram os herdeiros do pintor a denunciar os responsáveis pela descoberta, informa o jornal francês Liberation.
Os quadros, cadernos e desenhos, com valor estimado em 60 milhões de euros (78,6 milhões de dólares), foram apresentados por um casal de septuagenários da Côte D'Azur, que desejava obter certificados de autenticidade, em particular do filho do pintor, Claude Picasso, administrador do espólio.
Entre as obras descobertas se destacam nove colagens cubistas avaliadas em 40 milhões de euros (US$ 52,4 milhões), uma aquarela do período azul, guaches, litografias e retratos de sua primeira esposa, Olga.
Pierre Le Guennec, 71 anos, que enviou diversas cartas a Claude Picasso desde janeiro, antes de encontrar pessoalmente com o filho do artista em Paris no mês de setembro, trabalhou como eletricista para Pablo Picasso durante os últimos três anos de vida do pintor, que faleceu em 1973.
Le Guennec instalou sistemas de alarme em várias residências do artista, em particular na vila Californie, em Cannes, onde estavam armazenadas muitas pastas com desenhos.
Os herdeiros e especialistas convocados decidiram apresentar uma denúncia contra quem for considerado responsável por receptação de roubo no dia 23 de setembro. As obras foram apreendidas em 5 de outubro pelo serviço de luta contra o tráfico de bens culturais (OCBC) na residência do casal, no sul da França.
A apreensão das obras pelo OCBC foi confirmada pela polícia.
O eletricista aposentado foi colocado em prisão provisória, segundo o jornal, que não soube informar o que aconteceu depois.
O aposentado alegou inocência e disse que as obras foram um presente do artista ou da esposa de Picasso.
Contactado pelo Liberation em Nova York, Claude Picasso descartou a possibilidade do pai ter presenteado alguém em tal quantidade.
"É algo nunca visto, não tem pé nem cabeça. Era uma parte de sua vida", disse.
Ele afirmou que cabe à justiça esclarecer o assunto e que ninguém pode se aproveitar uma ação ruim, se for o caso.
"Não convém que este patrimônio termine disperso", declarou.
(AFP)
sexta-feira, outubro 29, 2010
Kno: caderno, tablet e computador portátil
Depois dos tablets revolucionarem o mercado dos quadrinhos, chegou a vez de torná-los ainda mais úteis. Conheça o Kno!
Um novo tablet deve surgir em breve para conquistar um espaço na vida dos estudantes, ao menos isso é o que promete o site oficial do Kno. Contando com duas telas bem grandes e sensíveis ao toque, o produto tem espaço de sobra para exibir quaisquer conteúdos em tamanho grande.
O site oficial informa alguns detalhes sobre o Kno (abreviação da palavra "know", que significa saber), sendo que a possibilidade de interação com caneta stylus merece destaque, visto que existe a possibilidade de criar anotações. A interação com os dedos também está presente, sendo essencial para uma navegação facilitada. Não há especificações do produto, porém o site oficial informa que a resolução das telas é boa e permite visualizar vídeos em alta definição.
Fonte: site oficial do Kno
Depois dos tablets revolucionarem o mercado dos quadrinhos, chegou a vez de torná-los ainda mais úteis. Conheça o Kno!
Para completar, o Kno é multitarefa, possui diversos aplicativos úteis para estudantes, é totalmente compatível com a tecnologia Adobe Flash (e com as especificações HTML5) e traz funções especiais para quem necessite grifar textos e interagir com o conteúdo visualizado na tela.
Fonte: site oficial do Kno
Uma informação muito interessante é quanto ao tempo de duração da bateria do Kno, que segundo o site oficial pode aguentar um dia inteiro sem necessitar cargas extras. Mais completo impossível, até porque o Kno possui loja própria repleta de aplicativos para quem quer explorar o tablet de outra maneira. Não foi divulgado o sistema operacional do Kno, aguardamos por mais novidades. Enquanto isso, confira o vídeo de divulgação do produto:
Por Fabio Roberto Machado Jordão
domingo, setembro 26, 2010
Bolas de Berlim
Ingredientes:
• 6 colheres de sopa de leite morno
• 500 grs de farinha de trigo
• 30 grs de fermento de padeiro
• 3 ovos
• 1 chávena de chá de açúcar
• raspa da casca de 1 laranja
• 1 pitada de sal
• 5 colheres de sopa cheias de margarina
Confecção:
Amasse o fermento de padeiro com o leite morno e um pouco de farinha.
Faça um bola, dê dois golpes em cruz e deixe aumentar de volume.
Ponha a farinha num recipiente e abra uma cavidade ao centro, ponha a margarina, o açúcar, a raspa da casca da laranja e, amasse muito bem.
Junte depois o fermento os ovos um a um e o sal e continue a amassar até que a massa se descole do recipiente, se for necessário polvilhe com farinha.
Forme uma bola deixe levedar em lugar aquecido tapado até que duplique de volume.
Corte pequenas porções de massa, dê a forma de bolinhas e coloque-as intervaladas sobre a mesa polvilhada de farinha.
Deixe levedar novamente até duplicarem de volume.
Depois frite-as em bastante óleo quente, virando-as de vez em quando para fritarem por igual (o lume tem que estar no mínimo).
Depois de louras retire-as, deixe escorrer sobre papel absorvente e, enquanto quentes passe-as por açúcar misturado com canela.
Por fim com uma faca bem afiada, ou uma tesoura faça uma abertura, e recheie com ajuda de uma colher com creme pasteleiro.
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OUTRA RECEITA
Bolas de Berlim
Para 25 bolas:
Massa mãe:
5 g de levedura fresca
180 ml de água mineral a 20ºC
165 g de farinha forte (para pão, tipo 65)
110 g de farinha fraca (a de trigo corrente)
Para a Massa:
150 g de farinha forte
100 g de farinha fraca
11 g de flor de sal
65 g de açúcar fino
5 gemas
60 g de levedura fresca
60 ml de leite gordo
65 g de manteiga em quadradinhos
2 panos de cozinha e farinha para polvilhar
Açúcar em pó, ou fino para polvilhar no final
Para fritar:
1 l de óleo de sementes de uva ou margarina
Preparar a massa mãe:
Desfazer a levedura numa taça, juntar a água e mexer até que se dissolva.
Pôr uma peneira sobre a taça e juntar as farinha.
Misturar até obter uma massa homogénea e líquida.
Cobrir com um pano ou film e deixar fermentar cerca de 1 h e meia / 2 horas.
(a massa está pronta quando se formem pequenas bolhas à superfície).
Preparar a massa:
Pôr a massa mãe na batedeira (com o gancho de amassar).
Incorporar as farinhas peneiradas, a flor de sal, o açúcar, as gemas e a levedura dissolvida no leite.
Amassar em velocidade média por 20 minutos. (A massa deve desprender-se das paredes do recipiente).
Incorporar a manteiga aos poucos, enquanto continua a bater até que a massa esteja homogénea.
Passar a massa para uma taça coberta com film ou um pano e deixar que duplique de volume.
Pressionar a massa fermentada para que recupere o seu volume inicial.
Dividir a massa em 25 bolas redondas e dispor sobre um pano enfarinhado com 5 cm entre si. Cobrir com outro pano e deixar que dupliquem de volume.
Aquecer o óleo a 160ºC* e fritar as bolas 10 a 12 minutos, virando a meio da cozedura.
Escorrer bem sobre um papel de cozinha ou pano à medida que se vão fritando.
* a temperatura do óleo é mesmo muito importante…ou as bolas ficarão queimadas em pouco tempo!...
Rechear com creme, doce, ganache de chocolate, doce de leite…eu fiz um creme pasteleiro.
Abrir as bolas e rechear ou encher um saco pasteleiro de creme com um bico médio e fazer um pequeno orifício no centro da bola, para introduzir o recheio.
Polvilhar com açúcar fino misturado com canela ou açúcar em pó.
Creme pasteleiro:
300 ml de nata
600 ml de leite
200 g de açúcar
80 g de maizena
3 gemas
Raspa de limão, laranja, pau de canela, baunilha
Numa taça misturar as gemas, o açúcar, a maizena e uma parte do leite (o suficiente para que tudo se dissolva).
Aquecer o leite e a nata com os aromatizantes.
Deitar o leite e a nata quentes sobre a mistura de gemas, mexendo sempre.
Coar.
Levar de novo ao lume, mexendo sempre, até que engrosse e sem que ferva.
Arrefecer mexendo constantemente, tapar com film sem que haja ar entre este e o creme.
Refrigerar até usar.
Gelado Frito Oriental
4 Bolas Gelado de baunilha
1 dl Licor Grand Marnier
1 q.b. óleo
4 fatias Pão de Forma
100 g farinha
15 g açúcar
2 ovos
5 c. sopa Licor Grand Marnier
1. Comece por aparar o pão de forma, retirando as côdeas. Coloque o pão à volta das bolas de gelado. É importante que as bolas de gelado estejam o mais frias possível. Se necessário, prenda o pão com palitos de madeira. Reserve no congelador enquanto prepara a massa.
2. Para preparar a massa comece por misturar a farinha com as 5 colheres de licor Grand Marnier e com as gemas. Misture tudo muito bem e reserve. Bata as claras em castelo e envolva-as cuidadosamente na massa. De seguida, retire as bolas de gelado com o pão do congelador e passe-as pela massa.
3. Frite em óleo abundante e bem quente (180º) para não desfazer o gelado e o pão. Depois de fritas, regue as bolas de gelado com o licor e flambeie (deitar fogo, com cuidado). Deve servir de imediato e deliciar-se com esta receita de cozinha chinesa!
Observações
Quando flambejar as bolas de gelado, tenha cuidado para não estarem crianças por perto. Podem mais tarde querer imitá-la(o).
Dicas e truques
Pode substituir o gelado de baunilha por outros sabores à sua escolha
1 dl Licor Grand Marnier
1 q.b. óleo
4 fatias Pão de Forma
100 g farinha
15 g açúcar
2 ovos
5 c. sopa Licor Grand Marnier
1. Comece por aparar o pão de forma, retirando as côdeas. Coloque o pão à volta das bolas de gelado. É importante que as bolas de gelado estejam o mais frias possível. Se necessário, prenda o pão com palitos de madeira. Reserve no congelador enquanto prepara a massa.
2. Para preparar a massa comece por misturar a farinha com as 5 colheres de licor Grand Marnier e com as gemas. Misture tudo muito bem e reserve. Bata as claras em castelo e envolva-as cuidadosamente na massa. De seguida, retire as bolas de gelado com o pão do congelador e passe-as pela massa.
3. Frite em óleo abundante e bem quente (180º) para não desfazer o gelado e o pão. Depois de fritas, regue as bolas de gelado com o licor e flambeie (deitar fogo, com cuidado). Deve servir de imediato e deliciar-se com esta receita de cozinha chinesa!
Observações
Quando flambejar as bolas de gelado, tenha cuidado para não estarem crianças por perto. Podem mais tarde querer imitá-la(o).
Dicas e truques
Pode substituir o gelado de baunilha por outros sabores à sua escolha
Profiteroles
Farinha: 200 g
Ovos: 3
Manteiga: 125 g
Açúcar: 1 colher (de chá) + 3 colheres (de sopa), para o recheio
Água: 300 ml
Natas: 1 pacote
Chocolate preto ou de leite: 1 barra
Preparação
A manteiga, o açúcar e a água vão ao lume médio num tacho. Mexe-se sempre até levantar fervura. Retira-se do lume e junta-se a farinha, continuando a mexer. O preparo vai, novamente, ao lume. Mexe-se até formar uma mistura homogénea.
Retira-se, então, do lume e mergulha-se o tacho num recipiente com água fria para a confecção arrefecer.
Bate-se os ovos e mistura-se na massa, mexendo firmemente.
Com esta mistura faz-se montinhos, dispondo-se sobre um tabuleiro e vai ao forno pré-aquecido.
Coze durante 40 minutos a 170ºC. As bolinhas arrefecem dentro do forno e, no final, devem apresentar-se secas e firmes
Entretanto, bate-se as natas com o açúcar, recheando os profiteroles com este preparo. A técnica de recheio consiste em cortar os profiteroles ao meio, sem separar completamente as duas metades.
Finalmente, pica-se o chocolate em pedacinhos e derrete-se em banho-maria ou no micro-ondas, juntamente com um pouco de leite.
Verte-se o chocolate derretido sobre os profiteroles.
OUTRA RECEITA
Novo génio da pintura tem 7 anos e chama-se Kieron
Em 14 minutos, os quadros de Kieron Williamson foram vendidos por 18 mil euros. Golpe de marketing ou talento precoce, eis a questão
A pontualidade é britânica, diz o senso comum. Mas nem sempre os fiéis de sua majestade estão à altura da tradição. Michelle Williamson que o diga. Depois de deixar o filho Kieron na escola, correu para a galeria de arte onde iam ser vendidas as primeiras aguarelas da criança de 7 anos. Em vez de chegar às nove em ponto, atrasou-se 15 minutos. Tempo mais que suficiente para que as 16 aguarelas fossem vendidas por 18 mil euros.
Os compradores eram de países tão diferentes como o Japão ou a Alemanha. "Foi incrível. A venda acabou antes de começar. Já tive vendas rápidas, mas nunca como esta", disse Adrian Hill, responsável da galeria Picturecraft, em Holt. As aguarelas, que estariam em exposição durante um mês, retratam barcos, igrejas e paisagens rurais. Na melhor da hipóteses, pensava-se que todos os quadros chegariam aos mil euros.
A rapidez da venda apanhou todos de surpresa, mas há uma razão simples: com 7 anos ninguém pinta com tanta perfeição. O talento de Kieron já foi comparado ao de Picasso. "Acredito que a última criança artista com este talento foi Picasso. Kieron está a melhorar a cada dia, e a rapidez com que aprende é impressionante. Ele domina certas técnicas que muitos artistas demoram anos a aperfeiçoar", disse Adrian ao "The Observer".
Quando Kieron Williamson começou a desenhar, fazia os mesmos rabiscos impercetíveis que os colegas da escola. No ano passado, contou a mãe aos jornalistas, ele não desenhava bem e eram os pais que faziam dinossauros para ele colorir. Tudo mudou numas férias. A família fez as malas e partiu para as regiões litorais de Devon e da Cornualha. A criança gostou tanto das paisagens e dos barcos que pediu aos pais que lhe comprassem papel e tintas. Quando regressou a Holt, Carol Ann Pennington, amiga da família, que é artista, viu o talento da criança e ofereceu-se para lhe dar aulas. Todos ficaram surpreendidos com com a selecção de cores, a noção de perspectiva e a sensibilidade para sombras, nada comum numa criança dessa idade. "Gosto de pintar porque é divertido e inspirador. Faz-me pensar em sítios que não posso ver", explicou Kieron.
Truque de marketing? Génios de palmo e meio não são notícias raras. Em 2004, Marla Olmstead com apenas 3 anos revolucionou as galerias de arte ao usar uma técnica expressionista abstracta semelhante a de Jackson Pollock. Anos mais tarde, descobriu-se que a criança pintava porque os pais a obrigavam. A australiana Aelita André, de 2 anos, tornou-se conhecida este ano por vender quadros a mil euros e expor em várias galerias de Melbourne. Mas na realidade, os autores eram os pais. Quanto ao talento de Kieron, também se levantam algumas dúvidas. Keith, pai da criança, é dealer de arte e todos se questionam como é que de um ano para o outro a criança deixou de fazer rabiscos e passou para as aguarelas. Já os clientes que lutaram pelas obras no leilão não parecem preocupados com isso
A pontualidade é britânica, diz o senso comum. Mas nem sempre os fiéis de sua majestade estão à altura da tradição. Michelle Williamson que o diga. Depois de deixar o filho Kieron na escola, correu para a galeria de arte onde iam ser vendidas as primeiras aguarelas da criança de 7 anos. Em vez de chegar às nove em ponto, atrasou-se 15 minutos. Tempo mais que suficiente para que as 16 aguarelas fossem vendidas por 18 mil euros.
Os compradores eram de países tão diferentes como o Japão ou a Alemanha. "Foi incrível. A venda acabou antes de começar. Já tive vendas rápidas, mas nunca como esta", disse Adrian Hill, responsável da galeria Picturecraft, em Holt. As aguarelas, que estariam em exposição durante um mês, retratam barcos, igrejas e paisagens rurais. Na melhor da hipóteses, pensava-se que todos os quadros chegariam aos mil euros.
A rapidez da venda apanhou todos de surpresa, mas há uma razão simples: com 7 anos ninguém pinta com tanta perfeição. O talento de Kieron já foi comparado ao de Picasso. "Acredito que a última criança artista com este talento foi Picasso. Kieron está a melhorar a cada dia, e a rapidez com que aprende é impressionante. Ele domina certas técnicas que muitos artistas demoram anos a aperfeiçoar", disse Adrian ao "The Observer".
Quando Kieron Williamson começou a desenhar, fazia os mesmos rabiscos impercetíveis que os colegas da escola. No ano passado, contou a mãe aos jornalistas, ele não desenhava bem e eram os pais que faziam dinossauros para ele colorir. Tudo mudou numas férias. A família fez as malas e partiu para as regiões litorais de Devon e da Cornualha. A criança gostou tanto das paisagens e dos barcos que pediu aos pais que lhe comprassem papel e tintas. Quando regressou a Holt, Carol Ann Pennington, amiga da família, que é artista, viu o talento da criança e ofereceu-se para lhe dar aulas. Todos ficaram surpreendidos com com a selecção de cores, a noção de perspectiva e a sensibilidade para sombras, nada comum numa criança dessa idade. "Gosto de pintar porque é divertido e inspirador. Faz-me pensar em sítios que não posso ver", explicou Kieron.
Truque de marketing? Génios de palmo e meio não são notícias raras. Em 2004, Marla Olmstead com apenas 3 anos revolucionou as galerias de arte ao usar uma técnica expressionista abstracta semelhante a de Jackson Pollock. Anos mais tarde, descobriu-se que a criança pintava porque os pais a obrigavam. A australiana Aelita André, de 2 anos, tornou-se conhecida este ano por vender quadros a mil euros e expor em várias galerias de Melbourne. Mas na realidade, os autores eram os pais. Quanto ao talento de Kieron, também se levantam algumas dúvidas. Keith, pai da criança, é dealer de arte e todos se questionam como é que de um ano para o outro a criança deixou de fazer rabiscos e passou para as aguarelas. Já os clientes que lutaram pelas obras no leilão não parecem preocupados com isso
sexta-feira, setembro 24, 2010
TABLET PC DELL
Cerca de um mês após lançar nos Estados Unidos o seu primeiro tablet, a Dell levanta o véu sobre um novo dispositivo do género, mas com um ecrã mais generoso. A revelação partiu do director executivo da companhia, Michael Dell, que aproveitou a intervenção de ontem no Oracle Open World, em São Francisco (EUA), para mostrar o protótipo de um novo tablet.
Sem fornecer detalhes sobre características, data de disponibilização ou preços prováveis, o responsável limitou-se a apresentar o novo equipamento aos presentes - enquanto falava da evolução que os dispositivos sofrem para acompanhar necessidades dos consumidores, como a de acesso aos seus dados em qualquer lado e a qualquer hora, relata o blog oficial da empresa
Embora sem confirmação oficial a respeito do tablet que se seguirá ao Streak, os meios especializados arriscam que o aparelho mostrado coincide com aquele que fugas de informação da Dell tinham revelado estar a ser desenvolvido em Abril, o Looking Glass.
De acordo com o avançado à data pelo Engadget, este conta com um ecrã táctil de 7 polegadas, o processador Tegra 2 da NVidia, sistema operativo Android 2.1 e um módulo (opcional) que vai permitir assistir televisão no tablet, para além de uma câmara de 1.3 megapixéis, como a integrada no Streak. A mesma fonte adiantava Novembro como o mês provável para o lançamento.
O primeiro tablet da Dell chegou ao mercado europeu primeiro, estreando no Reino Unido em Junho. Nos EUA começou a ser vendido em Agosto. Como o TeK escreveu, apresenta um ecrã de 5 polegadas e permite efectuar chamadas telefónicas, pelo que muitos defendem que este se aproxima mais de um smartphone em tamanho XXL do que propriamente de um tablet.
Museu de Madrid identifica obra de Bruegel 'o Velho'
O Museu do Prado de Madrid identificou um novo quadro de Pieter Bruegel "o Velho" (1525-1569), elevando assim para 41 o número de obras do pintor flamenco no mundo, anunciou nesta quinta-feira a ministra da Cultura espanhola, Angeles González Sinde.
A identificação deste quadro, intitulado "O vinho na festa de São Martinho", é "um acontecimento excepcional", declarou a ministra, lembrando que "há apenas 40 Bruegel no mundo. Há um neste museu e este vai ser o número 41".
A pinacoteca madrilena está actualmente em negociações com os proprietários espanhóis - cuja identidade não foi revelada - para comprar a tela.
O Museu do Prado ofereceu "uma opção de compra muito vantajosa", disse González Sinde, informando que os donos "preferem que esteja em uma colecção do Estado do que seja vendido a uma coleção privada".
A direcção do Prado não indicou, no entanto, qual poderá ser o preço dessa aquisição, enquanto a ministra afirmou que serão feitos "todos os esforços necessários" para que as negociações sejam finalizadas com sucesso.
O Museu do Prado trabalha na restauração deste quadro desde Fevereiro e pôde identificá-lo graças a uma radiografia que revelou fragmentos da assinatura de Bruegel "o Velho" na parte inferior da obra.
Esta identificação torna-se ainda mais importante ao se considerar que se trata de um dos maiores quadros conhecidos do pintor até o momento (148x270,5 cm) e no qual ele empregou uma técnica que utilizou pouco, a de usar uma emulsão de cola no lugar de óleo como base.
O quadro, descrito pelo Prado como "uma espécie de torre de Babel composta por bebedores", necessita de "ao menos nove meses de restauração", disse Pilar Silva, responsável pelo departamento de pintura flamenca do Prado.
Caso a compra seja confirmada, será o segundo quadro de Bruegel "o Velho" na pinacoteca madrilena, que já possui "o triunfo da morte".
O restauro de uma tela quinhentista de um coleccionador privado levou à descoberta de uma obra rara de Pieter Brughel, o Velho. A pintura foi ontem apresentada no Museu do Prado, em Madrid, pela ministra da Cultura espanhola
Um casal vai passar uma temporada ao campo, onde tanto o marido como a mulher esperam encontrar a tranquilidade necessária para acabar de escrever o livro que têm em mãos. Um dia, muito a contragosto, vêem-se na obrigação de aceitar o convite para irem jantar a casa dos seus vizinhos rústicos. Tudo corre mal no jantar, excepto uma coisa: numa saleta escura, o marido descobre um quadro que presume ser da autoria de Pieter Brueghel, o Velho. E daí em diante tenta por todos os meios - lícitos e ilícitos - apoderar-se do quadro.
A história, escrita há dez anos pelo romancista e dramaturgo britânico Michael Frayn (Golpe de Mestre, editado em 2005 pela ASA), faz lembrar um episódio recentemente passado em Madrid. Quando um coleccionador privado espanhol levou uma tela para ser restaurada nas oficinas do Museu do Prado, em Madrid, estava longe de imaginar que a sua obra pertencia a um dos mais apreciados artistas do século XVI. Mas foi isso mesmo que os técnicos apuraram durante os trabalhos de limpeza. Tratava-se de uma tela de Pieter Brueghel, o Velho (1525-1569). A descoberta é tanto mais importante quanto só se conhecem quarenta obras deste mestre flamengo.
A pintura é a maior alguma vez feita por Brueghel e parece datar do seu último período de actividade. Representa a festa da distribuição do vinho novo (a tradicional água-pé, em Portugal) no dia de S. Martinho, não faltando as habituais figuras dos bêbedos. Foi ontem apresentada pela ministra da Cultura espanhola, podendo vir a ser adquirida por sete milhões de euros, um valor muito distante dos 25 milhões que poderia facilmente atingir no mercado. A concretizar-se a compra, será a segunda obra de Brueghel do Museu do Prado, juntando-se a O Triunfo da Morte, de 1562. Brueghel, conhecido na sua época como o novo Bosch , deixou-nos testemunhos sempre vivos e bem-humorados das festas da aldeia, de paisagens de neve e da vida no campo
domingo, setembro 19, 2010
0 castelo cibernético
Conheça a planta da casa de Bill Gates, um templo da tecnologia que custará 100 milhões de dólares
O visitante que entra na mansão que o homem mais rico do planeta, o americano William Henry Gates III, construiu à beira de um lago na cidade de Medina, Estado de Washington, recebe de imediato um ponto eletrônico. Basta afivelá-lo na roupa para que a pessoa esteja conectada ao computador que é o coração eletrônico da casa de seu anfitrião. O efeito é cinematográfico. As luzes se acendem conforme o transeunte caminha de um cômodo a outro e se apagam quando ele sai. As ligações telefônicas são transferidas, automaticamente, para a sala onde está a pessoa chamada. O computador se encarrega de selecionar a música ambiente entre uma lista das preferidas de cada pessoa e projeta nas paredes as imagens dos quadros favoritos do portador do broche. Para interligar esses serviços ao computador central, há quilômetros de cabos de fibras ópticas espalhados pela casa.
A mansão de Bill Gates, dono da Microsoft e de uma fortuna de 40 bilhões de dólares, é o exemplo último de tudo o que a tecnologia pode fazer. Com dinheiro para comprar o castelo que quisesse e recheá-lo com as excentricidades de sua preferência, Gates preferiu criar, como ele mesmo definiu, "a casa do futuro". Para isso, já gastou 53 milhões de dólares de um total estimado em 100 milhões até o fim das obras. A empreitada é tão monumental que, de agora em diante, só de imposto predial, o empresário terá de desembolsar anualmente 620000 dólares.
Bill Gates fez questão de transformar sua casa numa espécie de Meca da tecnologia. Em seu livro A Estrada do Futuro, lançado em 1995, distribuiu um CD-ROM que permitia fazer um tour virtual pela mansão. Durante o último verão, barcos de até 150 turistas passavam várias vezes por dia pelo lago, diante da casa. Todos queriam ver a construção de 6.000 metros quadrados para onde a família Gates se mudaria, no final do ano passado, depois de sete intermináveis anos de obras. Dividida em duas alas, uma para a família e outra para os hóspedes, com portões e equipes de segurança diferentes, a obra foi feita com troncos de pinheiros de 500 anos, recuperados de uma velha serraria. Como a colina em que está a casa fica numa região de terremotos, a fundação foi feita de concreto com barras de aço reforçadas. O telhado de aço inoxidável é mais durável, brilhante e caro que o de outras coberturas. Há um riacho com truta e salmão saindo da casa e uma praia artificial à beira do lago.
Apenas um sexto da área construída é destinado às acomodações da família. É ali, porém, que Gates fez questão de deixar seus toques pessoais. Na academia de ginástica, que tem pé-direito de 6 metros de altura, instalou uma cama elástica gigante. Criou um parque de diversões cibernético para a família e uma piscina com sistema de áudio que permite que até quem está debaixo d'água escute música. No lado destinado aos hóspedes, montou um home theater, com máquina de fazer pipoca, uma quadra poliesportiva e um jardim com teto de vidro. Atrás de uma das passagens secretas da biblioteca, construída sob uma abóbada, está o Codex Leicester, o conjunto de manuscritos de Leonardo da Vinci que Gates arrematou por mais de 30 milhões de dólares. Por fim, na porta da biblioteca, Gates mandou pregar uma placa com um trecho do livro O Grande Gatsby, de Scott Fitzgerald: "Ele seguiu um longo caminho até aquele belo jardim, e seu sonho deve ter parecido tão próximo que ele dificilmente poderia deixar de alcançá-lo".
Iate de luxo na Pontinha
Encontra-se atracado no porto do Funchal o megaiate motorizado 'Lady Sheridan', numa escala classificada de rotina e de reabastecimento de combustíveis, entre outros. Procedente de Antibes, na Reviera Francesa, está a efectuar a travessia do Atlântico rumo às Caraíbas, com escala no porto de Port Everglades.
Depois de concluída a temporada de Verão na Europa, onde realizou charters semanais, o 'Lady Sheridan' irá manter-se nas paradisíacas ilhas das Caraíbas até ao final de Março do próximo ano.
Registado nas ilhas Caimão, este megaiate de 59 metros, entrou ao serviço a 12 de Janeiro de 2007, tendo capacidade para receber 12 hóspedes e uma tripulação constituídas por 15 elementos.
Destinado ao mercado de aluguer, custa 320.000 euros/semana, valor a que acresce os gastos com combustível, taxas portuárias, alimentação e extras.
Recorde-se que este mesmo megaiate já esteve no porto do Funchal por diversas vezes, a última das quais a 3 de Junho deste ano aquando da sua viagem para a Europa.
Mário Olim
domingo, setembro 12, 2010
Risoto basico e Risoto de Camarao e MOLHO DE AZEITONAS
MOLHO DE AZEITONAS
Ingredientes :
1 colher de sopa de cebola picada
1 xícara de maionese
3 colheres de sopa de catchup
1 colher de sopa de pimentão verde
1/4 de xícara de suco de tomate
2 colheres de sopa de salsinha picada
2 colheres de sopa de azeitona
picada sal a gosto
pimenta do reino a gosto ( eu prefiro sem)
Modo de fazer :
Numa tigela coloque a maionese o catchup e o suco de tomates e misture bem para obter um creme bem liso.Bta os outros ingredintes juntos em liquidificador .Acrescente o restante dos ingredientes batidos e peneirados juntos ao creme.A peneira com furos pequenos ,mas que deixe passar um pouquinho de leves pedacinhos dos ingredientes. Misture bem até ficar mais liquido do que creme e leve para geladeira em vidros.
sexta-feira, setembro 10, 2010
quinta-feira, setembro 09, 2010
domingo, setembro 05, 2010
Famoso golo de Roberto Carlos à França origina fórmula matemática
«Equação do brasileiro» nasce a partir de pontapé livre perfeito
É um dos mais bonitos momentos de futebol de todos os tempos. A 3 de Junho de 1997, Roberto Carlos abriu as bocas do mundo de espanto, com um pontapé livre que descreveu uma trajectória incrível e acabou no fundo da baliza da França. A imagem correu fronteiras e ficou estampada no tempo. A ponto de, nos dias que correm, um grupo de investigadores deitar mãos à obra para explicar...o inexplicável.
Os cientistas da Escola Politécnica de Palaiseau (França) encontraram dificuldades na interpretação da trajectória da bola, mas excluíram dois factores que foram logo atirados para a fogueira: a sorte e o vento.
«A bola fez uma curva como a de uma banana e, depois de contornar a barreira de forma perfeita, entrou ao primeiro poste. O vento não teve qualquer influência. Também não foi um gesto de sorte, mas um fabuloso e potente gesto de classe, que seguiu de acordo com as leis da gravidade. Um acto isolado, mas não irrepetível», explicaram os investigadores.
O estudo da trajectória da bola já deu origem a uma fórmula matemática, a que os cientistas chamaram de «equação do brasileiro».
sábado, setembro 04, 2010
Mark Zuckerberg é o mais influente da Era da Informação
Mark Zuckerberg, fundador e responsável pela empresa que dirige a rede social Facebook, foi eleito pela conceituada revista de moda Vanity Fair como o homem mais influente da Era da Informação em 2010. Conseguiu garantir o título entre um leque de 100 personalidades.
No segundo lugar da tabela dos mais influentes - editada este ano pela 16ª vez - surge Steve Jobs, o presidente da Apple, e logo em seguida os criadores da Google e o actual responsável máximo pela empresa: Sergey Brin, Larry Page e Eric Schmidt.
Quanto a Zuckerberg, multimilionário por razões óbvias, se se pensar que a rede que desenvolveu, quase como brincadeira e com o simples objectivo de promover a interacção entre colegas de faculdade, reúne hoje mais de 500 milhões de utilizadores, é caracterizado pela revista. A Vanity Fair chama-lhe o seu "novo César" e recorda que o Facebook há dois anos atrás tinha "apenas" 100 milhões de utilizadores, quintuplicados dois anos depois.
O novo "príncipe de Palo Alto", como chama a revista a Steve Jobs depois deste ter perdido a liderança da tabela para Zuckerberg, também é analisado. A Vanity Fair reconhece-lhe capacidades proféticas e uma enorme habilidade para surpreender o mundo. Sublinha que o presidente da Apple sobe sucessivamente ao palco para apresentar produtos revolucionários, que transformam media e comunicações e o facto de o fazer sempre convictamente e acertar.
domingo, agosto 22, 2010
Apartamento mais caro do mundo vendido em Londres
O duplex de seis quartos em Hyde Park foi vendido por 170 milhões de euros.
A ‘penthouse' do empreendimento One Hyde Park, actualmente o mais luxuoso empreendimento de Londres, foi vendida a um comprador não identificado por 170 milhões de euros (140 milhões de libras), tornando-se no apartamento mais caro do mundo até à data.
O duplex de seis quartos, vidro à prova de bala, sala de pânico e uma imensa vista sobre a capital inglesa não só é 11 vezes mais caro que a casa mais cara de Portugal (avaliada em 15 milhões de euros), como é também a terceira propriedade mais cara do mundo, depois de Antilla, em Mumbai, na Índia, avaliada em cerca de mil milhões de euros e da mansão Villa Leopolda, na Riviera Francesa, cujo preço chega aos 390 milhões de euros.
Localizado numa das melhores zonas da capital inglesa, num empreendimento desenhado pelo arquitecto Richard Rodgers, vencedor do Pritzker (o Nobel da arquitectura), este apartamento conta ainda com serviço de quartos a qualquer hora do dia, cortesia do hotel Mandarin Oriental, que fica mesmo ao lado do condomínio.
Este empreendimento será constituído por quatro edifícios com um total de 86 apartamentos, cujo preço mais baixo começa nos 24 milhões de euros (20 milhões de libras). A conclusão está prevista para o final deste ano.
O negócio, que segundo o jornal britânico "Daily Telegraph", citando fontes do mercado, deverá ter sido acordado com entidades do Médio Oriente ou da Nigéria, acontece depois das vendas terem parado durante um ano por causa da crise económica.
quinta-feira, agosto 19, 2010
quarta-feira, agosto 18, 2010
ALONGAMENTOS
Fazer Alongamentos
Quando alongar?
É importante alongar adequadamente a musculatura logo antes de iniciar uma atividade física. Isso prepara os músculos para as exigências que virão a seguir, protegendo e melhorando o desempenho muscular. Além disso, como não é raro que a prática de exercícios provoque dores musculares 24 horas após o seu término, alongar-se imediatamente após o exercício reduz o aparecimento da Dor Muscular Tardia. Pela sua facilidade de execução, a maioria dos alongamentos podem também ser feitos, praticamente, a qualquer hora. Ao despertar pela manhã, no trabalho, durante viagens prolongadas, no ônibus, em qualquer lugar. Sempre que for identificada alguma tensão muscular, prontamente algum tipo de alongamento pode ser empregado para trazer bem estar.
Como alongar?
Antes de mais nada, é importante aprender a forma correta de executar os alongamentos, para aumentar os resultados e evitar lesões desnecessárias. Inicie o alongamento até sentir uma certa tensão no músculo e então relaxe um pouco, sustentando por 30 segundos, voltando novamente à posição inicial de relaxamento. Os movimentos devem ser sempre lentos e suaves. O mesmo alongamento pode ser repetido, buscando alongar um pouco mais o músculo, evitando sentir dor. Para aumentar o resultado, após cada alongamento, o músculo pode ser contraído por alguns segundos, voltando a ser alongado novamente. É a técnica chamada de alonga – contrai - alonga. De uma forma geral, sempre devem ser preferidos os alongamentos estáticos, em detrimento dos dinâmicos, que são o resultado de movimentos amplos e bruscos dos músculos. Ao contrário dos alongamentos estáticos, os dinâmicos, ou também chamados de alongamentos balísticos, propiciam o desenvolvimento de lesões musculares.
Alongamento
O alongamento deve ser feito antes de iniciar qualquer atividade física e, no final delas. Ele ajuda a prevenir lesões nos músculos e tendões, evita dores musculares e aumenta a flexibilidade do atleta.
Aquecimento
Ele tem papel fundamental na malhação. O aquecimento faz com que a temperatura corporal aumente, o que por conseqüência aumenta a força muscular. Ele também otimiza a coordenação neuromuscular. Para se ter uma idéia, em cada grau corporal aumentado, o metabolismo celular aumenta e isso resulta em uma liberação mais rápida de oxigênio do sangue para os músculos.
As roupas
É fundamental que sejam leves, flexíveis e confortáveis para facilitar o exercício. Use roupas de acordo com a temperatura. Não esqueça de usar meias apropriadas a cada tipo de exercício, para prevenir a formação de bolhas. Um tênis com amortecedor é muito importante para que não ocorram lesões nas articulações. Em caso de esportes aquáticos, não fique com maiô molhado por muito tempo e use touca.
O banho após os exercícios
Ele deve ser iniciado 10 ou 15 minutos após o término dos exercícios, não antes disso, para que o processo de sudorese termine. Tome uma ducha morna, para relaxamento dos músculos.
A hidratação
Melhor do que só hidratar o corpo, é também repor os sais minerais perdidos durante a malhação. A água é a bebida que mais agrada na reposição líquida, mas sucos, água de coco e isotônicos também podem servir como ótimos aliados na reidratação. Não importa qual dessas bebidas, o importante é bebê-las durante e após os exercícios.
Como fazer alongamento de modo seguro
Usar sempre roupas confortáveis.
Antes de iniciar o alongamento, um rápido aquecimento com exercícios simples de relaxamento.
Não saltar nem virar o corpo durante o exercício para evitar torções musculares.
Nunca forçar o alongamento.
Alongar os músculos por igual de ambos os lados do corpo.
O alongamento dos músculos deve ser feito antes de se iniciar qualquer exercício de fortalecimento. Isso os aquecerá, reduzindo o risco de distensões ou rupturas.
Tais exercícios poderão causar uma sensação de ardor nos músculos que estão sendo trabalhados. Nesse caso deve se interromper.
Pesos não são recomendados para crianças até 14 anos. Até os 20 o esqueleto está crescendo, sendo mais vulnerável ás contusões.
A importância dos alongamentos
Por Patrícia Bressan Gennari.
O que é o alongamento?
Alongamentos são exercícios voltados para o aumento da flexibilidade muscular, que promovem o estiramento das fibras musculares, fazendo com que elas aumentem o seu comprimento. O principal efeito dos alongamentos é o aumento da flexibilidade, que é a maior amplitude de movimento possível de uma determinada articulação. Quanto mais alongado um músculo, maior será a movimentação da articulação comandada por aquele músculo e, portanto, maior sua flexibilidade.
Segundo Bruna Joaquim Carneiro, professora de educação física e nutricionista, o alongamento é uma prática fundamental para o bom funcionamento do corpo, proporcionando maior agilidade e elasticidade, além de prevenir lesões.
Essencial para o aquecimento e relaxamento dos músculos, deve ser uma atividade incorporada ao exercício físico, mas também pode ser praticado sozinho.
Qualquer pessoa pode aprender a fazer alongamentos, independentemente da idade e da flexibilidade, segundo Bruna Caneiro mesmo quem apresenta algum problema específico, como LER ou hérnia de disco também pode fazer alongamentos, mas com menos intensidade. Não é preciso grande condição física ou habilidades atléticas.
Os alongamentos podem ser feitos sempre que se sentir vontade, uma vez que relaxam o corpo e a mente.
Quando feitos de maneira adequada os alongamentos trazem os seguintes benefícios:
-reduzem as tensões musculares;
-relaxam o corpo;
-proporcionam maior consciência corporal;
-deixam os movimentos mais soltos e leves;
-previnem lesões;
-preparam o corpo para atividades físicas;
- Ativam a circulação.
No caso de estudantes eles podem ser feitos até no intervalo das aulas, o alongamento ajuda na respiração, facilitando a circulação sanguínea o que aumenta o raciocínio.
Como deve ser feito?
A respiração é fundamental: quando se respira fundo aumenta-se o relaxamento muscular. É a respiração que dá o ritmo ao exercício e por isso deve ser lenta e profunda.
Deve-se respeitar os seus limites. Forçar o alongamento pode causar lesões nos músculos e tendões. Não se preocupe em alongar até ao limite. Aos poucos você vai ganhar flexibilidade.
Regularidade e relaxamento são ingredientes obrigatórios para um bom alongamento. Aprenda a introduzi-lo em sua rotina. É possível alongar enquanto se faz outras coisas como ler ou ver TV.
Os alongamentos conseguem esse resultado por aumentarem a temperatura da musculatura e por produzirem pequenas distensões na camada de tecido conjuntivo que revestem os músculos.
Por que fazer alongamentos?
Tanto uma vida sedentária, como a prática de atividade física regular intensa, em maior ou menor grau, promovem o encurtamento das fibras musculares, com diminuição da flexibilidade. Quanto à atividade física, esportes de longa duração como corrida, ciclismo, natação, entre outros, fortalecem os músculos, mas diminuem a sua flexibilidade.
Nos dois casos, a conseqüência direta desse encurtamento de fibras é a maior propensão para o desenvolvimento de problemas em ossos e músculos. Provavelmente, a queixa mais freqüente encontrada tanto entre sedentários, como entre atletas, é a perda da flexibilidade provocando dores lombares, por encurtamento da musculatura das costas e posterior das coxas, associado a uma musculatura abdominal fraca.
Com a prática regular de alongamentos os músculos passam a suportar melhor as tensões diárias e dos esportes, prevenindo o desenvolvimento de lesões musculares.
Quando alongar?
É importante alongar adequadamente a musculatura antes e também depois de uma atividade física. Isso prepara os músculos para as exigências que virão a seguir, protegendo e melhorando o desempenho muscular. Pela sua facilidade de execução, a maioria dos alongamentos pode também ser feitos, praticamente, a qualquer hora. Ao despertar pela manhã, no trabalho, durante viagens prolongadas, no ônibus, em qualquer lugar. Sempre que for identificada alguma tensão muscular, prontamente algum tipo de alongamento pode ser empregado para trazer bem estar.
Como alongar?
Antes de tudo, é importante aprender a forma correta de executar os alongamentos, para aumentar os resultados e evitar lesões. Inicie o alongamento até sentir uma certa tensão no músculo e então relaxe um pouco, sustentando de 30 á 40 segundos, voltando novamente à posição inicial de relaxamento. Os movimentos devem ser sempre lentos e suaves.
O mesmo alongamento pode ser repetido, buscando alongar mais o músculo evitando sentir dor. Para aumentar o resultado, após cada alongamento, o músculo pode ser contraído por alguns segundos, voltando a ser alongado novamente. Bruna Carneiro ressalta que o ideal é combinar a prática do alongamento a uma atividade aeróbica, como, por exemplo, a caminhada.
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Quando acertamos, ninguém se lembra. Quando erramos, ninguém se esquece.
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PAULOFARIA & C.ª®
Creio que Deus nos colocou neste delicioso mundo para sermos felizes e saborearmos a vida. A felicidade não vem da riqueza, nem do sucesso profissional, nem do comodismo da vida regalada e da satisfação dos próprios apetites. Um passo para a felicidade é, quando jovem, tornar-se forte e saudável, para poder ser útil e gozar a vida quando adulto. O estudo da natureza mostrará o quão cheio de coisas belas e maravilhosas que Deus fez no mundo para o nosso deleite. Fiquem contentes com o que possuem e tirem disso o melhor proveito. Vejam o lado bom das coisas em vez do lado pior. Mas, o melhor meio para alcançar a felicidade é proporcionar aos outros a felicidade. Procurem deixar este mundo um pouco melhor do que o encontraram, e, quando chegar a hora de morrer, poderão morrer felizes sentindo que pelo menos não desperdiçaram o tempo e que procuraram fazer o melhor possível. Deste modo estejam "bem preparados" para viver felizes e para morrer felizes.
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Credo dos Optimistas
O Credo dos Optimistas foi escrito há quase 100 anos por Christian D. Larson.
Eu prometo a mim mesmo Ser tão forte que nada poderá atrapalhar minha paz de espírito.Falar apenas de saúde, felicidade, e prosperidade para cada pessoa que eu encontrar.Fazer todos os meus amigos sentirem que há algo de valor dentro deles.Ver o lado positivo de tudo e fazer meu optimismo se tornar real.Pensar apenas sobre o melhor, trabalhar apenas para o melhor e esperar apenas o melhor.Ser tão entusiasmado com o sucesso dos outros quanto eu sou para o meu próprio sucesso.Esquecer os enganos do passado e me concentrar apenas nas maiores realizações do futuro.Vestir uma expressão de alegria todo o tempo e sorrir para toda criatura viva que eu encontrar.Direccionar todo meu tempo para me melhorar de maneira a não sobrar tempo para criticar os outros.Ser grande demais para preocupar-me, nobre demais para ter raiva, forte demais para ter medo, e feliz demais para permitir a presença de problemas.Pensar o melhor de mim mesmo, e anunciar isso ao mundo, não em palavras ruidosas, mas sim em grandes acções.Viver na fé de que o mundo inteiro está do meu lado, à medida em que sou sincero e verdadeiro quanto àquilo que há de melhor em mim.
Assim seja!
O Credo dos Optimistas foi escrito há quase 100 anos por Christian D. Larson.
Eu prometo a mim mesmo Ser tão forte que nada poderá atrapalhar minha paz de espírito.Falar apenas de saúde, felicidade, e prosperidade para cada pessoa que eu encontrar.Fazer todos os meus amigos sentirem que há algo de valor dentro deles.Ver o lado positivo de tudo e fazer meu optimismo se tornar real.Pensar apenas sobre o melhor, trabalhar apenas para o melhor e esperar apenas o melhor.Ser tão entusiasmado com o sucesso dos outros quanto eu sou para o meu próprio sucesso.Esquecer os enganos do passado e me concentrar apenas nas maiores realizações do futuro.Vestir uma expressão de alegria todo o tempo e sorrir para toda criatura viva que eu encontrar.Direccionar todo meu tempo para me melhorar de maneira a não sobrar tempo para criticar os outros.Ser grande demais para preocupar-me, nobre demais para ter raiva, forte demais para ter medo, e feliz demais para permitir a presença de problemas.Pensar o melhor de mim mesmo, e anunciar isso ao mundo, não em palavras ruidosas, mas sim em grandes acções.Viver na fé de que o mundo inteiro está do meu lado, à medida em que sou sincero e verdadeiro quanto àquilo que há de melhor em mim.
Assim seja!
Acerca de mim
- PAULO FARIA
- Sou misterioso, sou muito ligado ás tradições. sonhador da ternura da imaginação e da memória com tenacidade fixa, idealizo as recordações, acontecimentos e sentimentos do passado para me proteger contra as incertezas do futuro. No amor há algo dentro de mim como nos contos de fadas, com a a minha princesa, mas também com uma maldição para combater os monstros ameaçadores. Tento ser um romântico, mergulhando num sonho ideal e inacessível. O meu humor é extremamente mutável e em ocasiões sou rabugento e agressivo, tenho necessidade de auto-defensa (às vezes antes mesmo de ser atacado) é uma das minhas características não muito agradáveis. Oscilo entre o júbilo e a depressão. Ás vezes sou muito fechado. Costumo ser intelectualmente ligado às artes e à poesia.
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