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quinta-feira, abril 09, 2009

Current TV: a televisão feita por todos está na berra

Ganhar um Emmy é o sonho de muitas pessoas. Mas ganhar um Emmy no mesmo ano em que se ganha um Óscar e um Prémio Nobel quase que remete a primeira estatueta para o esquecimento. Foi isto que aconteceu a Al Gore, que no dia 16 de Setembro subiu ao palco do Shrine Auditorium, em Los Angeles, para receber o galardão em nome da Current TV, da qual é fundador. Criada em 2005, a Current venceu o Emmy na categoria de “televisão interactiva”.

“Estamos a tentar abrir o meio televisivo de forma a que os telespectadores possam ajudar a fazer televisão... e possam reclamar a democracia”, disse Al Gore, secundado em palco pelo co-fundador da Current TV, Joel Hyatt.

O prémio foi apresentado em directo pela primeira vez desde que a categoria foi instituída, há cinco anos, e foi anunciado pelo actor Masi Oka, da série “Heróis”, e pelo fundador do MySpace, Tom Anderson, ligado em teleconferência para o Shrine Auditorium. Nessa altura o mundo ficou a perceber que a televisão, tal como a conhecemos, está a mudar rapidamente.

A Current TV é uma televisão distribuída por cabo e satélite, com presença online, cuja mais-valia é ter conteúdos elaborados pelos próprios espectadores. É a tal democracia hasteada por Al Gore quando reclamou a estatueta. Em termos técnicos, é o aclamado VC² (Viewer Created Content). Os espectadores enviam os seus vídeos e, mediante um sistema de votação, podem ver as suas criações incluídas na programação do canal.

Cerca de 30 por cento da programação feita actualmente pela Current provém directamente dos seus consumidores, mas essa percentagem está a crescer a cada dia que passa. Os utilizadores têm liberdade para conceber os seus próprios “pods”, pequenos vídeos de poucos minutos. Os trabalhos têm, geralmente, um cariz documental, mas estão online coisas tão diversas como o dia-a-dia de uma sósia norte-americana da actriz Angelina Jolie ou capítulos sangrentos da guerra no Darfur.

A beleza deste projecto reside na sua simplicidade: qualquer pessoa munida de uma câmara, uma boa história e vontade de a contar pode mostrá-la ao mundo e vê-la incluída na programação de uma televisão premiada com um Emmy, mesmo que não tenha grandes competências a nível de edição videográfica. A Current TV dá uma mãozinha a quem precisar. No fundo, o que a Current TV faz é dar ao “videoblogging” de substrato jornalístico e/ou documental uma casa-segura e, simultaneamente, uma montra à escala global.

Tiago é português e faz “pods” para a Current TV

Tiago Higgs é português, tem 23 anos e já produziu alguns vídeos para a Current TV. Trabalha como ilustrador e tem vários anos de formação em grafismo animado. Soube da Current TV através da mãe e no início da carreira de "freelancer" decidiu fazer uns vídeos e mandá-los, para “ganhar nome lá fora”. “Felizmente o primeiro vídeo que mandei foi escolhido e está a passar no canal”, explicou Higgs ao PUBLICO.PT.

A popularidade dos vídeos enviados pela comunidade obedece ao sistema do chamado "greenlighting" (dar luz verde), que para Higgs “é muito relativo”. “As pessoas votam no nosso vídeo dando-lhe luz verde e se isto acontecer muitas vezes o nosso vídeo poderá ser seleccionado [para fazer parte da programação do canal], mas depende também do sentido de estética do visualizador comum. Se os administradores da Current TV não acharem que o vídeo está ‘bonito’, mesmo tendo muitas 'greenlights', o vídeo não passará... Mas o canal e os 'uploaders' estão a evoluir... Já vão aparecendo trabalhos mais bem produzidos”, acrescenta Tiago Higgs.

Tiago acha que este modelo de televisão digital não condena à morte o visionamento clássico de televisão. “As vertentes adicionam-se e não se substituem. O que quero dizer é que é preciso variedade... Quando sai uma vertente ‘nova’ não se deve pensar que isso vai acabar com a antiga”, defendeu.

Em Portugal parece não ser ainda possível assistir à versão cabo/satélite da Current TV. “Infelizmente, só [se consegue assistir] através da Internet. Quando o meu vídeo foi seleccionado pensei em várias maneiras de o tentar ver na tv mas não consegui”, indica Tiago.

O mesmo problema terá tido a família de Mariana Van Zeller, a única repórter portuguesa que faz parte dos quadros da televisão, nos Estados Unidos, cujos trabalhos já a levaram a países como a Síria, Nigéria e Brasil. (A jornalista não enviou ao PUBLICO.PT informações em tempo útil, pelo que não foi possível incluí-las neste artigo).

Uns e outros – colaboradores em regime VC² ou repórteres do canal – produzem aquilo a que se convencionou chamar de “jornalismo participativo”, feito pelos cidadãos.

Os utilizadores podem ainda criar pequenos vídeos publicitários, os VCAMs ("viewer-created ad messages"), com os quais podem, inclusivamente, ganhar algum dinheiro.

Current TV: o início

A Current TV foi para o ar no dia 1 de Agosto de 2005 e teve um investimento de cerca de 70 milhões de dólares, posicionando-se desde início como um canal para um público teoricamente espartilhado entre os 18 e os 34 anos. “Os jovens adultos têm uma voz poderosa, mas essa voz não se consegue ouvir na televisão. Nós queremos transformar a TV, dando uma plataforma nacional àqueles que estão desejosos de criar a TV que de facto querem ver", afirmou Al Gore à MTV por altura do arranque do canal, que surgiu dos escombros do NewsWorld International, da Vivendi Universal. Ao mesmo canal de música, o co-fundador, Joel Hyatt, afirmava: “Não lhes dêem o que vocês pensam que eles querem. Dêem-lhes o que eles nunca pensaram ser possível”, - num piscar de olhos a uma frase mítica de Orson Wells.

Logo no dia de arranque, o site associado ao novo canal foi vítima do próprio sucesso devido a um tráfego de acessos muito elevado e, aparentemente, inesperado. Paralelamente, a Current associou-se ao Google, com o objectivo de realizar vídeos sobre os temas mais procurados naquele motor de busca.

De lá para cá, a Current TV, sedeada em São Francisco, tem somado fãs e utilizadores, que se multiplicam todos os dias. Estima-se que a Current esteja actualmente disponível em 40 milhões de casas norte-americanas. Graças à sua crescente popularidade, em Outubro de 2006 foi anunciado um acordo com a British Sky Broadcasting para a criação de uma versão britânica da Current TV para o seu sistema de satélites do Reino Unido e da Irlanda. As emissões europeias arrancaram no dia 12 de Março deste ano.

A Current TV tinha, porém, um problema: a pouca interactividade. A televisão estava em primeiro plano e só depois o site, que acabava por alimentar a programação do ecrã. Por isso, a Current relançou esta semana o seu site, com o objectivo de obter mais "feedback" e participação por parte da comunidade online.

Os utilizadores têm agora (em current.com) mais espaço de opinião e de edição, numa manobra que se aproxima do “santo graal” dos media: a junção entre os mundos da Internet e da difusão televisiva convencional. Uma das novidades é o facto de os utilizadores poderem aceitar os desafios temáticos apresentados pela estação e fazer os seus vídeos com base nos temas propostos. A máxima de Al Gore para o canal parece, pois, cada vez mais actual: “vamos tratar a audiência não como simples espectadores, mas sim como colaboradores”.

Susana Almeida Ribeiro

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Sou misterioso, sou muito ligado ás tradições. sonhador da ternura da imaginação e da memória com tenacidade fixa, idealizo as recordações, acontecimentos e sentimentos do passado para me proteger contra as incertezas do futuro. No amor há algo dentro de mim como nos contos de fadas, com a a minha princesa, mas também com uma maldição para combater os monstros ameaçadores. Tento ser um romântico, mergulhando num sonho ideal e inacessível. O meu humor é extremamente mutável e em ocasiões sou rabugento e agressivo, tenho necessidade de auto-defensa (às vezes antes mesmo de ser atacado) é uma das minhas características não muito agradáveis. Oscilo entre o júbilo e a depressão. Ás vezes sou muito fechado. Costumo ser intelectualmente ligado às artes e à poesia.

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