Euromilhoes

sábado, outubro 14, 2006

MADEIRA











Bolo de Mel da Madeira

Ingredientes:
• 2,5 kg de farinha ;
• 1 kg de açúcar ;
• 750 g de banha ;
• 500 g de manteiga ;
• 25 g de erva doce ;
• 50 g de canela ;
• 12 g de cravinho-da-índia ;
• 12 g de cravo-de-acha ;
• 1 colher de chá de mistura de especiarias ;
• 2 kg de nozes (com a casca) ;
• 250 g de miolo de amêndoa ;
• 50 g de cidrão ;
• 5 colheres de sopa de bicarbonato de sódio ;
• 250 g de pão de massa ;
• 1,8 litro de mel de cana (cerca de 2 garrafas e meia de melaço) ;
• 1 cálice de vinho da Madeira ;
• 4 laranjas
Confecção:
Na véspera do dia em que se vai preparar o bolo, compra-se o pão em massa no padeiro ou prepara-se o fermento com 250 g de farinha, 1 dl de água tépida e 10 g de fermento de padeiro. Envolve-se o pão (ou o fermento) num guardanapo depois de passado por farinha e deixa-se ficar em sítio quente de um dia para o outro.
No dia seguinte, peneiram-se as especiarias previamente pisadas; cortam-se as amêndoas, as nozes e o cidrão em bocados; dissolve-se o bicarbonato no vinho da Madeira; derretem-se as gorduras no mel quente; raspa-se a casca das laranjas e espreme-se o sumo.
Peneira-se a farinha e o açúcar para dentro de um alguidar grande, faz-se uma cova ao meio e deita-se aí a massa de fermento; depois vai-se «apagando» o fermento com a farinha, amassando. Quando a farinha e o fermento estiverem bem misturados, começa-se a juntar o mel apenas morno (juntamente com as gorduras) e vai-se amassando.
Depois de se ter adicionado todo o mel, juntam-se os frutos preparados, o vinho da Madeira com o bicarbonato, o sumo e a raspa das laranjas e as especiarias. Amassa-se até a massa se desprender do alguidar. Abafa-se com um pano e um cobertor e deixa-se levedar em sítio morno, a uma temperatura sempre igual, durante 3 a 4 dias. Depois divide-se a massa em porções de 250, 500 ou 750 g conforme o tamanho dos bolos. Deitam-se estas porções de massa em formas redondas, direitas e baixas e muito bem untadas e leva-se a cozer em forno bem quente, depois de se ter enfeitado a superfície com meias nozes, ou amêndoas ou bocados de cidrão.
Querendo, pode-se reduzir a quantidade de nozes ou de outros ingredientes caros; nesse caso aumentam-se as especiarias dando lugar a outro tipo de bolo, o bolo podre. Os primeiros são mais saborosos e os segundos mais apimentados. Depois de cozidos e frios, embrulham-se em papel vegetal ou celofane e guardam-se em caixas. Estes bolos podem conservar-se durante um ano inteiro.
Mandava a tradição, que ainda hoje vigora nalguns casos, que o bolo de mel fosse preparado no dia 8 de Dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição, para estar bom no Natal, festa de que este bolo faz parte integrante. É neste dia, 8 de Dezembro, que começam os preparativos para a festa (Natal), e se partem os últimos bolos que restaram da fornada do ano anterior. Por estes motivos é dia de grande azáfama e alegria.

fonte: Editorial Verbo




Bifes de Atum


Ingredientes:
Para 4 a 5 pessoas
• 750 g de atum ;
• 2,5 dl de vinagre ;
• 2,5 dl de vinho branco ;
• 4 dentes de alho ;
• 1 molho de salsa ;
• sal ;
• pimenta ;
• alcepás ;
• mostarda ;
• azeite ou óleo para fritar
Confecção:
Corta-se o atum em fatias não muito finas que se colocam num recipiente fundo. Regam-se com o vinagre e o vinho branco e temperam-se com os restantes ingredientes, sendo os alhos esmagados. Deixam-se os bifes ficar nesta marinada durante 3 horas pelo menos, virando-os de vez em quando.
Na altura de servir, escorrem-se e enxugam-se os bifes e fritam-se em azeite ou óleo. A quantidade de gordura deverá ser a suficiente para fritar os bifes sem os deixar queimar. Retiram-se da frigideira e à gordura que ficou junta-se a marinada. Deixa-se ferver até apurar e deita-se sobre os bifes, que se servem quentes.
Acompanha-se com batatas cozidas ou com milho cozido ou frito ou arroz branco.
Quando se servem com batatas, estas são cozidas juntamente com cebolas médias (2 cebolas por pessoa).

fonte: Editorial Verbo

DULCE PONTES



Estranha Forma de Vida

Dulce Pontes

Foi por vontade de Deus
Que eu vivo nesta ansiedade
Que todos os ais são meus
Que é toda minha a vontade
Foi for vontade de Deus

Que estranha forma de vida
Tem este meu coração
Vive de vida perdida
Quem lhe daria o condão
Que estranha forma de vida

Coração independente
Coração que não comando
Vives perdido entre a gente
Teimosamente sangrando
Coração independente

Eu não te acompanho mais
Pàra deixa de bater
Se não sabes onde vais
Porque teimas en correr
Eu não te acompanho mais
Se não sabes onde vais
Pára deixa de bater
Eu não te acompanho mais

Canção Do Mar

Dulce Pontes

Fui bailar no meu batel
Além do mar cruel
E o mar bramindo
Diz que eu fui roubar
A luz sem par
Do teu olhar tão lindo

Vem saber se o mar terá razão
Vem cá ver bailar meu coração

Se eu bailar no meu batel
Não vou ao mar cruel
E nem lhe digo aonde eu fui cantar
Sorrir, bailar, viver, sonhar contigo

Povo Que Lavas No Rio
Dulce Pontes
Composição: Pedro Homem De Mello / Joaquim Campos
Povo que lavas no rio
Que talhas com teu machado
As tábuas do meu caixão
Há-de haver quem te defenda
Quem compre o teu chão sagrado
Mas a tu vida não

Fui terá mesa redonda
Beber em malga que esconda
Um beijo de mão em mão
Era o vinho que me deste
Água pura, fruto agreste
Mas a tua vida não

Aromas de urze e de lama
Dormi com eles na cama
Tive a mesma condição
Povo, povo eu te pertenço
Deste-me alturas de incenso
Mas a tua vida não

Lusitana Paixão

Dulce Pontes

Composição: José Da Ponte-fred Micaelo/

Fado
Chorar a tristeza bem
Fado adormecer com a dor
Fado só quando a saudade vem
Arrancar do meu passado
Um grande amor

Mas
Não condeno essa paixão
Essa mágoa das palavras
Que a guitarra vai gemendo também
Eu não, eu não pedirei perdão
Quando gozar o pecado
E voltar a dar a mim
Porque eu quero ser feliz
E a desdita não se diz
Não quero o que o fado quer dizer

Fado
Soluçar recordações
Fado
Reviver uma tal dor
Fado
Só quando a saudade vem
Arrancar do meu passado um grande amor

Mas não conceno essa paixão
Essa mágoa das palavras
Que a guitarra vai gemendo também
Eu não, eu não pedirei perdão
Quando gozar o pecado
E voltar a dar a mim
Eu sei desse lado que há em nós
Cheio de alma lusitana
Como a lenda da Severa
Porque eu quero ser feliz
E a desdita não se diz
O fado
Não me faz arrepender

RUI VELOSO



Anel de rubi

Rui Veloso

Composição: Rui Veloso

tu eras aquela
que eu mais queria
pra me dar algum conforto e companhia
era so contigo que eu sonhava andar pra todo o lado e ate quem sabe talvez casar
ai o que eu passei so por te amar
a saliva que eu gastei para te mudar
mas ese teu mundo era mais forte do que eu e nem com a forca da musica ele se moveu.

mesmo sabendo que nao gostavas
empenhei o meu anel de rubi
para te levar ao concerto que havia do rivoli

e era so a ti que eu mais queria
ao meu lado no concerto nesse dia
juntos no escuro de mao dada a ouvir
aquela musica maluca sempre a subir
mas tu nao ficaste nem meia hora
nao fizeste um esforco pra gostar e foste embora
contigo aprendi uma grande licao
nao se ama alguem que nao ouve a mesma cancao

mesmo sabendo que nao gostavas
empenhei o meu anel de rubi
para te levar ao concerto que havia do rivoli

foi nesse dia que percebi
nada mais por nos havia a fazer
a minha paixao por ti era um lume
que nao tinha mais lenha
por onde arder

mesmo sabendo que nao gostavas
empenhei o meu anel de rubi
para te levar ao concerto que havia do rivoli


NãO Há Estrelas No CéU

Rui Veloso

Composição: Carlos Tê / Rui Veloso

Não há estrelas no céu a dourar o meu caminho,
Por mais amigos que tenha sinto-me sempre sozinho.
De que vale ter a chave de casa para entrar,
Ter uma nota no bolso pr'a cigarros e bilhar?

[Refrão]
A primavera da vida é bonita de viver,
Tão depressa o sol brilha como a seguir está a chover.
Para mim hoje é Janeiro, está um frio de rachar,
Parece que o mundo inteiro se uniu pr'a me tramar!

Passo horas no café, sem saber para onde ir,
Tudo à volta é tão feio, só me apetece fugir.
Vejo-me à noite ao espelho, o corpo sempre a mudar,
De manhã ouço o conselho que o velho tem pr'a me dar.

[Refrão]

Hu-hu-hu-hu-hu, hu-hu-hu-hu-hu.

Vou por aí às escondidas, a espreitar às janelas,
Perdido nas avenidas e achado nas vielas.
Mãe, o meu primeiro amor foi um trapézio sem rede,
Sai da frente por favor, estou entre a espada e a parede.

Não vês como isto é duro, ser jovem não é um posto,
Ter de encarar o futuro com borbulhas no rosto.
Porque é que tudo é incerto, não pode ser sempre assim,
Se não fosse o Rock and Roll, o que seria de mim?

[Refrão]

Não há-á-á estrelas no céu...

NAT KING COLE...when..(video)A abelha não pode ser feliz, só o homem pode.


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A FELICIDADE COMO POSSIBILIDADE EXISTENCIAL
PARA SÓCRATES O CONHECIMENTO É VIRTUDE E IGNORÂNCIA É VÍCIO
PARA ARISTÓTELES A RAZÃO DE SER DO ACTO VIRTUOSO É A FELICIDADE
MAS O QUE É A FELICIDADE E COMO PODEMOS EXPERIMENTÁ-LA?
A abelha não pode ser feliz. Ela não pode criar nem recriar a si mesma, ou seja, ela não pode individualizar-se. Ela não é feliz nem infeliz. Ela simplemente é!
Ela não é livre e não tem vontade própria.
Tem uma vida padronizada, igual a das outras abelhas.
Dá sempre uma resposta programada. Durante o tempo ela repete um comportamento pré-determinado geneticamente.
Não tem a possibilidade de fazer escolhas e de correr riscos. Não tem dúvidas.
Não tem consciência da própria existência. Não sente solidão, nem angústia.
Não se preocupa com o passado, nem com o futuro. Não fica deprimida, nem ansiosa.
Não sabe que tudo na vida é relativo e passageiro.
Nem ao menos sabe que vai morrer.
O ser humano pode ser feliz quando escolhe ser autêntico e torna-se um indivíduo. O indivíduo não existe naturalmente. Ele tem que ser construído. Somente o indivíduo pode ser feliz. A felicidade não é produto da sorte, do destino, da herança genética ou social, nem de qualquer outra forma de determinação. A felicidade tem que ser conquistada. O homem conquista a felicidade aprendendo a aceitar e a expressar os seus desejos e sentimentos, transformando-os em vontade própria, com ela construindo seus próprios projetos de vida e empenhando-se para realizá-los.
O que é preciso para um ser humano tornar-se indivíduo? Não alienar-se! Descobrir que é livre e libertar-se. Apropriar-se do direito de realizar-se enquanto indivíduo.
Aceitar que tudo na vida é relativo e passageiro, que está só no mundo e que só conta consigo mesmo para realizar seus desejos, vontades e projectos.
Buscar se auto-conhecer e se auto-determinar, transformando seus desejos em vontade e sua vontade em projectos de vida.
Tornar-se responsável pelas próprias escolhas. Desenvolver a habilidade de dar respostas criativas e corajosas no sentido de expressar os seus sentimentos e de realizar a sua vontade própria.
Conquistar segurança interna através do exercício da afirmação dos próprios desejos, vontades e projectos.
Tornar-se autónomo: fazer pessoalmente as suas próprias escolhas e correr seus próprios riscos, assumindo o sofrimento dos erros e fracassos e o sabor dos acertos e vitórias.
Criar-se, recriar-se e construir-se enquanto indivíduo, realizar-se e ser feliz!
O homem que não escolhe tornar-se indivíduo vive fingindo que é uma abelha, repetindo-se metódica e sistematicamente. Sua vida é previsível, rotineira e monótona. Este é o homem deprimido e apático.
Ele é alienado! Não acredita que é livre ou que possa libertar-se.
É dependente! Não conta consigo mesmo. Não sabe que tudo na vida é relativo e passageiro. Tem pouca auto-estima e frágil auto-confiança.
É escravizado! Não tem vontade própria. Realiza o desejo e a vontade dos outros e não os seus. Seu projecto de vida é projectado pelos outros.
É robotizado! Dá sempre uma resposta programada pelo outro. Reproduz um rígido modelo determinado socialmente. Segue padrões pré-estabelecidos.
É carente e inseguro! Quer que o outro lhe dê garantias, segurança e estabilidade; no casamento, no emprego e nas relações sociais. Não sabe que a garantia que lhe dão é falsa e que a segurança externa e a estabilidade constituem o pior risco, porque têm o preço da própria vida.
É acomodado! Escolhe o pouco garantido pelo outro ao muito que dependa de suas próprias conquistas ou que envolva algum risco. Prefere a indiferença da rotina ao dinamismo do amor.
É derrotista e derrotado! Não aceita correr riscos. Quer que o outro decida por ele e se arrisque em seu lugar. Quando o outro aceita fica com o lucro.
É irresponsável! Não se conhece e não se determina.
É ingénuo! Acredita que pode agir como uma abelha e ainda assim ser feliz.
É inexistente! Sua vida é uma simulação! Para ele a vida é um teatro!
A abelha não pode ser feliz, só o homem pode.

RECORDAR É VIVER e SOLEADO







Recordar é viver

Vitor Espadinha

Foi em setembro que te conheci
Trazias nos olhos a luz de Maio,
Nas mãos o calor de Agosto e um sorriso
Um sorriso tão grande que nunca tinha encontrado
Ouve, vamos ver o mar...
Foste o 30 de fevereiro de um ano que inventaram
Falamos, falamos coisas boas e acabamos, em silêncio,
Por unir as nossas bocas e eu aprendi a amar

Foi em setembro que te conheci
Trazias nos olhos a luz de Maio,
Nas mãos o calor de Agosto e um sorriso
Um sorriso tão grande que não cabia no tempo
Ouve, vamos ver o mar...
Foste o 30 de fevereiro de um ano que inventaram
Falamos, falamos coisas tão loucas e acabamos, em silêncio,
Por unir as nossas bocas e eu aprendi a amar


Sim eu sei que tudo são recordações
Sim eu sei é triste viver de ilusões
Mas tu foste a mais linda história de amor
Que um dia me aconteceu e recordar é viver
Só tu e eu

Foi em Novembro que partiste
Levavas nos olhos as chuvas de Março
E nas mãos um mês frio de Janeiro
Lembro-me que me disseste que o meu corpo tremia
E eu que queria ser forte, respondi que tinha frio
Falei-te do vento norte
Não me digas adeus, quem sabe talvez um dia...
Como eu tremia de inverno, amei como nunca amei
Fui louco? Não sei, talvez! Mas por pouco, muito pouco,
Eu voltaria a ser louco com o amor de ti e o tremer

Foi em Novembro que partiste
Levavas nos olhos as chuvas de Março
E nas mãos um mês frio de Janeiro
Lembro-me que me disseste que o meu corpo tremia
E eu que queria ser forte, disse-te que tinha frio
Falei-te do vento norte
Não, não me digas adeus, quem sabe talvez um dia...
Como eu tremia meu Deus, amei como nunca amei
Fui louco? Não sei, talvez! Mas por pouco, muito pouco,
Eu voltaria a ser louco amar-te-ia outra vez


Sim eu sei que tudo são recordações
Sim eu sei é triste viver de ilusões
Mas tu foste a mais linda historia de amor
Que um dia me aconteceu e recordar é viver
Só tu e eu

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Soleado

Francisco Cuoco

Hoje tenho tempo
Tenho todo o tempo do mundo
Para pensar em nós
Para pensar em ti em mim
Em todas as pequenas coisas que fizemos
Que até agora não entendo
Por que te amo
Te amo e como te quero
Me deito nas nossas manhãs
E sinto o calor de nossos corpos juntos
Formando um acorde maravilhoso
Que nunca mais pude esquecer
Recordas as imagens cheias de carícias
E sussurros
Quanto sinto, quanto te quero

Tudo se acabou
Tudo se acabou como tudo acaba quase sem querer
Igual ao rio que se perde no mar
Não, não
Não foi culpa tua nem minha
Por causa desse bobo orgulho
Perdemos mil coisas boas
Mil coisas boas

Hoje tenho tempo
Tenho todo o tempo do mundo
E quanto mais penso
Mais te adoro te desejo
Tudo porque te amo
Eu te quero
Como te quero
Como te quero

O Tempo e o Relógio.....e o Disco Celeste de Nebra


O Tempo e o Relógio


Certa vez, o tempo e o relógio travavam uma pequena discussão. O tempo, revoltado há muito tempo, disse ao relógio tudo aquilo que, há tempos, vinha guardando.

Que ele, tempo, tinha saudades daqueles tempos em que não existiam relógios e todo mundo tinha tempo, mas, quando o homem, ingrato, fabricou o relógio que começou a marcar tempo, ninguém mais conseguiu ter tempo. O homem ficou reduzido a horas, minutos e segundos.

- Antes, naqueles bons tempos - disse o tempo - todo homem tinha tempo de curtir a natureza, viviam com o sol de dia, dormiam com a lua à noite. Quando a lua caprichosa não queria aparecer, era um bando de estrelas que piscavam brincalhonas, dando tempo para o sol nascer.

- Mas agora, nestes tempos, ninguém mais tem tempo de ver se a lua vem sorrindo para a direita ou para a esquerda, se está de cara cheia ou de mau humor, sem querer aparecer.

O tempo prosseguiu com um sorriso de tristeza.
- Antigamente - que tempos! os homens nasciam no tempo certo em que tinham de nascer. Não havia incubadoras para os fora de tempo nem cesariana para os que passam do tempo, a natureza sabia, em tempo, quando era tempo. Hoje, o homem já o obedece , mesmo antes de nascer. Os médicos estão apressados e sem tempo para perder.

O relógio só ouvia e, apressado, prosseguia no seu tic-tac sem tempo de retrucar, com medo de se atrasar.

- Noutros tempos" - disse o tempo - o homem crescia sem pressa, com tempo de amadurecer.
Comia sem ter horário, dormia quando tinha sono.
Fazia amor ao relento, como flores que se beijam, como aves que se aninham, envelhecia aos pouquinhos, como um calmo entardecer. Depois, dormia o sono profundo e, no outro despertar, abraçava-me com carinho, no infinito...no infinito.

O tempo enxugou uma lágrima, talvez de orvalho. A voz que estava entorpecida, tomou uma conotação de revolta:
- Hoje, vai logo para a escola e traz para casa um horário. Quando aprende a ler as horas ganha do pai um relógio e, assim, ensinam-lhe bem cedo a maneira mais correcta de nunca ter tempo na vida.

O tempo não se preocupava mais com o tic-tac do relógio que nada retrucava para não se atrasar, continuou a sofismar com voz mais branda.
- Come apressado, sem tempo.
Dorme ainda sem sono, pois, de manhã bem cedinho, você começa a gritar arrancando-o da cama, quando ainda queria dormir.

Amor? Nem sei se ainda faz... há gente que nem tem tempo. Quando faz é no zás-trás. Quando vê, já envelheceu, sem ver o tempo passar. Na hora do sono profundo, enterram-no apressados, para a vida continuar. E no outro despertar, chega tão zonzo que não consegue me achar.

Ao relógio, sem poder nunca parar, só restava se calar, além do sentimento de culpa que passou a carregar e a partir desse tempo, quando bate as doze badaladas no silêncio da meia-noite, o canto é tão melancólico que até parece chorar.
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Disco celeste da Idade do Bronze é decifrado


O disco celeste de Nebra

Um grupo de cientistas alemães decifrou o significado de uma das mais espectaculares descobertas arqueológicas recentes: o disco celeste de Nebra era usado como um avançado relógio astronómico.
A descoberta do disco de Nebra teve repercussão mundial quando anunciada ao público em 2002. Agora a utilidade do instrumento de 3600 anos de idade não é mais alvo de especulações.

Um grupo de académicos alemães estudou o achado arqueológico, e as evidências sugerem que o disco era usado como um complexo relógio astronómico para a sincronização dos calendários solar e lunar.

"É um evidente acréscimo ao que sabíamos sobre o significado e função do disco celeste", diz o arqueólogo Harald Meller.

Um décimo-terceiro mês?

Diferentemente do calendário solar, que indica a posição da Terra em sua trajectória ao redor do Sol, o calendário lunar é baseado nas fases da lua.

Um ano lunar é 11 dias mais curto do que um ano solar, porque 12 meses sinódicos – ou 12 retornos da lua à fase nova – levam somente 354 dias, enquanto a Terra termina seu movimento de translação em 365.

O disco celeste de Nebra era usado para determinar se e quando um décimo-terceiro mês – denominado mês intercalar – deveria ser adicionado ao ano lunar, a fim de mantê-lo sincronizado com as estações do ano.

"A funcionalidade desse relógio era conhecida provavelmente por um grupo mínimo de pessoas", disse Meller.

Ciência da Idade do Bronze

Apresentação pública do disco, em Janeiro de 2003O disco de 32 centímetros de largura e ornamentos dourados que simulam o sol, a lua, e as estrelas é a mais antiga representação visual do cosmos conhecida até hoje. Um agrupamento de sete pontos foi interpretado previamente como a constelação Plêiades, como aparecia há 3600 anos.

A divulgação da funcionalidade do disco traz à luz os conhecimentos astronómicos e as habilidades da Idade do Bronze, quando as pessoas usavam uma combinação dos calendários solar e lunar como um importante indicador para as estações para a agricultura e para a passagem do tempo.

"O fato mais interessante é que as pessoas da Idade do Bronze tenham conseguido harmonizar os anos solares e os anos lunares. Nunca imaginamos que eles fossem capazes disso", diz Meller.

De acordo com o astrónomo Wolfhard Schlosser da Universidade Rurh, em Bochum, os "observadores do céu" na Idade do Bronze já conheciam o que os babilónios viriam a descrever somente mil anos mais tarde.

"Ainda não está claro se essa foi uma descoberta local, ou um conhecimento vindo de longe", diz Schlosser.

Da Saxônia à Babilônia

O observatório de Goseck tem mais de sete mil anos. Desde que o disco foi descoberto, próximo ao mais antigo observatório da Europa, em Goseck, Saxônia-Anhalt, a forma como a lua está representada nele intriga arqueólogos e astrónomos.

"Eu queria explicar a espessura do crescente no disco celeste de Nebra, porque não é a fase da lua nova", diz o astrónomo Ralph Hansen, de Hamburgo.

Em seu esforço para explicar por que os astrónomos de Nebra criaram um mapa celeste com uma lua quatro ou cinco dias atrasada, Hansen consultou a colecção "Mul-Apin" de documentos babilônios dos séculos 6 e 7 a.C..

Esses documentos em escrita cuneiforme representam, segundo Hansen, um compêndio do "conhecimento astronómico de tempos remotos". Eles também contêm uma regra para calcular a fase crescente, bastante similar à do disco de Nebra.

De acordo com a equação babilônia, um décimo-terceiro mês deveria ser adicionado ao calendário lunar somente quando a posição da lua e da constelação de Plêiades correspondessem exactamente às imagem no disco de Nebra.

Conhecimento que vem e vai

Os astrónomos da Idade do Bronze teriam segurado o relógio de Nebra contra o céu e observado a posição dos objectos celestiais.

O mês intercalar era inserido quando eles percebiam, no céu, posições correspondentes às do mapa que tinham em mãos, o que ocorria a cada dois ou três anos.

As perfurações na ponta do objecto assim como um navio que foi adicionado posteriormente ao mapa sugerem que o conhecimento sobre o menor número de dias do calendário lunar perdeu-se ao longo do caminho. "Isso significa que, no fim, o disco virou um mero objecto de culto", diz Meller.

O disco celeste foi encontrado em 1999 por dois caçadores ilegais de tesouros. As autoridades o apreenderam na Suíça em 2002, durante um batida policial, juntamente com outros objectos da Idade do Bronze.

MADEIRA a Pérola do Atlântico

MADEIRA LIVRE
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Creio que Deus nos colocou neste delicioso mundo para sermos felizes e saborearmos a vida. A felicidade não vem da riqueza, nem do sucesso profissional, nem do comodismo da vida regalada e da satisfação dos próprios apetites. Um passo para a felicidade é, quando jovem, tornar-se forte e saudável, para poder ser útil e gozar a vida quando adulto. O estudo da natureza mostrará o quão cheio de coisas belas e maravilhosas que Deus fez no mundo para o nosso deleite. Fiquem contentes com o que possuem e tirem disso o melhor proveito. Vejam o lado bom das coisas em vez do lado pior. Mas, o melhor meio para alcançar a felicidade é proporcionar aos outros a felicidade. Procurem deixar este mundo um pouco melhor do que o encontraram, e, quando chegar a hora de morrer, poderão morrer felizes sentindo que pelo menos não desperdiçaram o tempo e que procuraram fazer o melhor possível. Deste modo estejam "bem preparados" para viver felizes e para morrer felizes.
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Credo dos Optimistas
O Credo dos Optimistas foi escrito há quase 100 anos por Christian D. Larson.
Eu prometo a mim mesmo Ser tão forte que nada poderá atrapalhar minha paz de espírito.Falar apenas de saúde, felicidade, e prosperidade para cada pessoa que eu encontrar.Fazer todos os meus amigos sentirem que há algo de valor dentro deles.Ver o lado positivo de tudo e fazer meu optimismo se tornar real.Pensar apenas sobre o melhor, trabalhar apenas para o melhor e esperar apenas o melhor.Ser tão entusiasmado com o sucesso dos outros quanto eu sou para o meu próprio sucesso.Esquecer os enganos do passado e me concentrar apenas nas maiores realizações do futuro.Vestir uma expressão de alegria todo o tempo e sorrir para toda criatura viva que eu encontrar.Direccionar todo meu tempo para me melhorar de maneira a não sobrar tempo para criticar os outros.Ser grande demais para preocupar-me, nobre demais para ter raiva, forte demais para ter medo, e feliz demais para permitir a presença de problemas.Pensar o melhor de mim mesmo, e anunciar isso ao mundo, não em palavras ruidosas, mas sim em grandes acções.Viver na fé de que o mundo inteiro está do meu lado, à medida em que sou sincero e verdadeiro quanto àquilo que há de melhor em mim.
Assim seja!


Acerca de mim

A minha foto
Sou misterioso, sou muito ligado ás tradições. sonhador da ternura da imaginação e da memória com tenacidade fixa, idealizo as recordações, acontecimentos e sentimentos do passado para me proteger contra as incertezas do futuro. No amor há algo dentro de mim como nos contos de fadas, com a a minha princesa, mas também com uma maldição para combater os monstros ameaçadores. Tento ser um romântico, mergulhando num sonho ideal e inacessível. O meu humor é extremamente mutável e em ocasiões sou rabugento e agressivo, tenho necessidade de auto-defensa (às vezes antes mesmo de ser atacado) é uma das minhas características não muito agradáveis. Oscilo entre o júbilo e a depressão. Ás vezes sou muito fechado. Costumo ser intelectualmente ligado às artes e à poesia.

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