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domingo, dezembro 03, 2006
Madeira noutros tempos
A Aviação na Madeira
Com a conclusão e inauguração do Aeroporto da Madeira, conclui-se uma das muitas etapas percorridas para realizar o sonho de gerações de madeirenses.
Este texto, procura descrever a história deste sonho.
A primeira tentativa para chegar a Madeira por ar, foi efectuada na clandestinidade pelo Tenente Sarmento de Beires, do Grupo de Esquadrilhas de Aviação República. O avião escolhido por este foi um Breguet XIV A2. Todos os preparativos para a viagem fazem-se quase em segredo. Como este antigo bombardeiro não tinha autonomia suficiente para percorrer s 900 Km. Para contornar esta limitação, adaptaram-lhe um depósito suplementar para que este tivesse uma autonomia de sete a oito horas, quando a duração estimada era de cinco horas e meia. Embora o aparelho ideal para esta viagem fosse um hidroavião, essa hipótese era posta de parte, pois o exército não disponha de um. Como o Breguet era um avião de rodas, havia a necessidade de escolher um local para aterrar. Depois de alguns estudos da topografia, a solução avançada foi o Paul da Serra.
Finalmente no dia 18 de Outubro de 1920, Brito Pais e Sarmento de Beires, “montados” no recém baptizado “Cavaleiro Negro”, descolam pelas dez horas com o céu limpo. Para se orientarem utilizam os navios como ponto de referência. Por volta das catorze horas, aparecem as nuvens e o rumo é corrigido. Depois de algumas horas a tentar encontrar o Arquipélago da Madeira. Passadas oito horas decidem amarar junto a um cargueiro inglês, que os socorre. Estavam a 500 km da Madeira.
Na sua chegada a Lisboa, as autoridades militares acabam por fazer dias coisas contraditórias, punido-os primeiro por acto de indisciplina e, posteriormente, louvando-os em Ordem do Exercito, por actos de bravura.
Efectivamente a primeira ligação com a Madeira foi efectuada por Gago Coutinho. Esta serviria, para testar métodos para a grande viagem transoceânica que planeava empreender, a Travessia do Atlântico Sul.
O avião escolhido foi um Felixtowe da Aviação Naval. Este avião tinha uma autonomia máxima de 510 milhas. Todavia a distancia a percorrer até a Madeira era de 530 milhas. A viagem só era possível com base de num rigoroso planeamento e contando com vento favorável de norte. Em 22 de Março de 1921, as condições eram favoráveis e o avião descola da Trafaria, com 3800 libras, chegando ao Porto Santo seis horas e vinte minutos depois. Destas formas simples, é realizada a primeira viagem aérea ao Arquipélago da Madeira.
Durante os anos seguintes, foram poucas as viagens a Madeira, mas destaca-se, a passagem de três aviões Junkers em manobras navais.
Só em 1945, quando todos os países europeus já tinham assegurado ligações aéreas entre as diferentes parcelas dos seus territórios, é que Portugal por proposta de Humberto Delgado, cria a Secção do Transporte Aéreo. Esta antecessora da TAP, que detinha o monopólio dos transportes aéreos nacionais, abriu mão do percurso Lisboa Funchal, por não dispor de um hidroavião e por não existirem na Madeira infra-estruturas adequadas para os seus aviões. Esta, estava equipada com 8 Dakotas e 4 Skymasters e outros tantos aviões de guerra, e começou a operar em 1946 entre Lisboa, Luanda e Lourenço Marques.
É somente em 1949, que se estabelecem as primeiras ligações regulares de hidroaviões entre Southampton, Lisboa e Funchal, pelas mãos da Companhia Aquila Airways.
Pelas treze horas e quinze minutos do dia 16 de Março de 1949 o hidroavião Hampshire, amara no Funchal, para o seu primeiro voo experimental. Depois de mais alguns voos experimentais, anunciam-se que as carreiras regulares seriam inauguradas a 4 de Junho desse ano. Em Outubro desse ano uma viagem de ida e volta a Lisboa custava 2 826$00 e o excesso de bagagem 18$50 Kg.
Esta empresa iria terminar os seus voos para a Madeira em 1958 por razões financeiras. Nesse mesmo ano uma nova companhia, a ARTOP – Aero-Topográfica, Lda., anuncia a sua operação de transporte entre Lisboa e Funchal, tendo a seu serviço dois hidroaviões bimotores Martin-Mariner adaptados para estas viagens. Depois de alguns voos, esta companhia encerou todas as viagens entre Lisboa e Funchal, por causa de um acidente ocorrido com um hidroavião, baptizado por Porto Santo na sua viagem inaugural a Madeira, no dia 9 de Novembro de 1952. Este desapareceu no Atlântico uma hora depois de ter descolado.
Assim, a Madeira fica novamente sem transportes aéreos directos até 1964, data em que se inauguraria o Aeroporto de Santa Catarina.
Já desde 1944, que vinha sendo estudada a construção de um aeroporto na Ilha da Madeira. Vários locais foram analisados, entre os quais destacam-se São Martinho, São Lourenço, Paul da Serra, Santa Catarina e outros. Só em 1956, depois de enormes pressões por parte da opinião pública madeirense, são seleccionados os locais de Santa Catarina, Paul da Serra e São Lourenço, tendo a escolha recaído sobre o primeiro.
Devido a existência de condições meteorológicas adversas, quanto ao regime de ventos, foram efectuados estudos, cuja a demora aliada aos atrasos com o projecto e a dificuldades nas expropriações, vieram atrasar o início das obras.
Já em relação ao Aeroporto do Porto Santo a situação era mais favorável, pois existiam poucos entraves. Assim em menos de dez messes as obras estavam concluídas.
O primeiro avião a aterrar na nova pista, foi um Skymaster da TAP, tripulado pelo Comandante Amado da Cunha. Inicio a sua aterragem por volta das onze horas e cinquenta e cinco minutos, do dia 20 de Julho de 1960, depois de duas horas e trinta minutos desde de Lisboa. O aeroporto viria a ser inaugurado no dia 28 de Agosto de 1960.
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Quando acertamos, ninguém se lembra. Quando erramos, ninguém se esquece.
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Creio que Deus nos colocou neste delicioso mundo para sermos felizes e saborearmos a vida. A felicidade não vem da riqueza, nem do sucesso profissional, nem do comodismo da vida regalada e da satisfação dos próprios apetites. Um passo para a felicidade é, quando jovem, tornar-se forte e saudável, para poder ser útil e gozar a vida quando adulto. O estudo da natureza mostrará o quão cheio de coisas belas e maravilhosas que Deus fez no mundo para o nosso deleite. Fiquem contentes com o que possuem e tirem disso o melhor proveito. Vejam o lado bom das coisas em vez do lado pior. Mas, o melhor meio para alcançar a felicidade é proporcionar aos outros a felicidade. Procurem deixar este mundo um pouco melhor do que o encontraram, e, quando chegar a hora de morrer, poderão morrer felizes sentindo que pelo menos não desperdiçaram o tempo e que procuraram fazer o melhor possível. Deste modo estejam "bem preparados" para viver felizes e para morrer felizes.
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Credo dos Optimistas
O Credo dos Optimistas foi escrito há quase 100 anos por Christian D. Larson.
Eu prometo a mim mesmo Ser tão forte que nada poderá atrapalhar minha paz de espírito.Falar apenas de saúde, felicidade, e prosperidade para cada pessoa que eu encontrar.Fazer todos os meus amigos sentirem que há algo de valor dentro deles.Ver o lado positivo de tudo e fazer meu optimismo se tornar real.Pensar apenas sobre o melhor, trabalhar apenas para o melhor e esperar apenas o melhor.Ser tão entusiasmado com o sucesso dos outros quanto eu sou para o meu próprio sucesso.Esquecer os enganos do passado e me concentrar apenas nas maiores realizações do futuro.Vestir uma expressão de alegria todo o tempo e sorrir para toda criatura viva que eu encontrar.Direccionar todo meu tempo para me melhorar de maneira a não sobrar tempo para criticar os outros.Ser grande demais para preocupar-me, nobre demais para ter raiva, forte demais para ter medo, e feliz demais para permitir a presença de problemas.Pensar o melhor de mim mesmo, e anunciar isso ao mundo, não em palavras ruidosas, mas sim em grandes acções.Viver na fé de que o mundo inteiro está do meu lado, à medida em que sou sincero e verdadeiro quanto àquilo que há de melhor em mim.
Assim seja!
O Credo dos Optimistas foi escrito há quase 100 anos por Christian D. Larson.
Eu prometo a mim mesmo Ser tão forte que nada poderá atrapalhar minha paz de espírito.Falar apenas de saúde, felicidade, e prosperidade para cada pessoa que eu encontrar.Fazer todos os meus amigos sentirem que há algo de valor dentro deles.Ver o lado positivo de tudo e fazer meu optimismo se tornar real.Pensar apenas sobre o melhor, trabalhar apenas para o melhor e esperar apenas o melhor.Ser tão entusiasmado com o sucesso dos outros quanto eu sou para o meu próprio sucesso.Esquecer os enganos do passado e me concentrar apenas nas maiores realizações do futuro.Vestir uma expressão de alegria todo o tempo e sorrir para toda criatura viva que eu encontrar.Direccionar todo meu tempo para me melhorar de maneira a não sobrar tempo para criticar os outros.Ser grande demais para preocupar-me, nobre demais para ter raiva, forte demais para ter medo, e feliz demais para permitir a presença de problemas.Pensar o melhor de mim mesmo, e anunciar isso ao mundo, não em palavras ruidosas, mas sim em grandes acções.Viver na fé de que o mundo inteiro está do meu lado, à medida em que sou sincero e verdadeiro quanto àquilo que há de melhor em mim.
Assim seja!
Acerca de mim
- PAULO FARIA
- Sou misterioso, sou muito ligado ás tradições. sonhador da ternura da imaginação e da memória com tenacidade fixa, idealizo as recordações, acontecimentos e sentimentos do passado para me proteger contra as incertezas do futuro. No amor há algo dentro de mim como nos contos de fadas, com a a minha princesa, mas também com uma maldição para combater os monstros ameaçadores. Tento ser um romântico, mergulhando num sonho ideal e inacessível. O meu humor é extremamente mutável e em ocasiões sou rabugento e agressivo, tenho necessidade de auto-defensa (às vezes antes mesmo de ser atacado) é uma das minhas características não muito agradáveis. Oscilo entre o júbilo e a depressão. Ás vezes sou muito fechado. Costumo ser intelectualmente ligado às artes e à poesia.
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