A meditação nos conduz a uma forma de ser que está em perfeita harmonia e alinhamento com a natureza, e também com tudo e todos ao nosso redor - e com a nossa verdadeira natureza. Nesta meditação do céu, nós nos dissolvemos no infinito, tornando-nos unos com o céu.
Feche os olhos. Aquiete as mãos. Sente-se. Inspire profundamente, e expire. Mais uma vez. Relaxe. Solte. Largue tudo. Repouse naturalmente, fique à vontade. Por um instante, deixe tudo passar como ondas no mar, como nuvens no céu infinito.
Simplesmente observe. Fique quieto.
E saiba. Tudo está certo, aqui.
Solte tudo.
Solte, deixe ir embora.
À vontade. Nada mais a fazer. Nada a entender, nada a realizar.
Presente, simplesmente.
Natural. Em casa, confortavelmente.
Conheça a si mesmo.
Veja as coisas como são neste momento.
Inspire e expire. Profundamente, lentamente.
Deixe o ar entrar, deixe o ar sair.
Vá soltando tudo a cada respiração, cada vez mais.
Permita que tudo se acalme naturalmente, por si mesmo.
Deixe o corpo se acomodar naturalmente em seu próprio lugar, em seu próprio ritmo.
Deixe a mente se acomodar naturalmente em seu próprio lugar,
em seu próprio ritmo.
Deixe tudo fluir naturalmente por alguns momentos.
Momento a momento, um de cada vez.
Respire, sorria, esteja consciente.
Respire, sorria, esteja consciente.
Respire, sorria, esteja consciente.
Agora.
Abra os olhos.
Eleve o olhar.
Aumente o alcance do círculo de trezentos e sessenta graus, que é a consciência total.
Olhe para o céu.
Olhe para o espaço, suavemente, frouxamente, sem fixar a vista.
(Não é necessário forçar a visão.)
O espaço, como a mente, não tem começo nem fim.
Não há um lado de dentro nem de fora. Nenhuma forma, cor, tamanho ou aparência.
Misture seu olhar ao espaço; funda a mente com o infinito, o espaço vazio.
Dissolva-se no espaço - a consciência do espaço.
Projete a respiração no espaço, seguindo a expiração - para fora,
para fora, para longe.
Permita que todos os pensamentos, sentimentos,
sensações e emoções venham e vão livremente,
todos lançados na vastidão do espaço.
Olhe livremente para o espaço, para o céu aberto,
para a esfera cristalina da consciência primordial.
E solte, solte, solte.
Expire.
Inspire e expire o céu, e respirando dissolva-se no céu,
seguindo a expiração. Para fora, para longe...
Expire.
Abra-se.
Desfralde a mente búdica infinita.
Deixe tudo ir embora.
Permita. Solte.
Largue tudo, passado e futuro,
inclusive o corpo e a mente.
Misture-se a este céu, lentamente,
dissolva-se completamente
na luminosa
e espaçosa
alegria da meditação.
Depois de se dissolver no céu, pode apenas ficar sentado, usufruindo o vazio infinito e luminoso. Talvez apareça um pensamento, mas agora já sabe como observá-lo e deixar que ele venha e vá. Um sentimento pode se apresentar, mas ele também passará. Talvez sua concentração comece a diminuir. Mas já sabe como retornar à atenção, renovando-se, observando de novo o movimento natural da respiração que entra e que sai, com atenção especial à expiração, onde tudo vai embora.
Sem comentários:
Enviar um comentário