Jerusalém, 31 Out (Lusa) - Investigadores israelitas anunciaram hoje a descoberta do que crêem ser a inscrição hebraica mais antiga, que figura num pedaço de cerâmica ou "ostracon" de há 3000 anos encontrado numa zona fronteiriça do bíblico reino da Judeia.
Numa escrita proto-cananeia, a inscrição remonta ao período da mítica batalha entre David e Golias, no século X a.C., segundo testes com carbono 14 realizados a outros restos biológicos encontrados no mesmo estrato.
A sua importância prende-se com o facto de poder trazer luz sobre o período de juventude do lendário rei israelita e sobre as estruturas sociais e de governo daquela época.
O "ostracon" foi encontrado no interior da fortaleza de Elah, na zona conhecida como Khirbet Qeiyafa, a cerca de 40 quilómetros a sudoeste de Jerusalém.
"A cronologia e geografia da fortaleza são um exclusivo ponto de encontro entre a história, a historiografia e as origens mais remotas do Reino de David", disse o professor que a descobriu, Yossi Garfinkel, da Universidade Hebraica de Jerusalém, em comunicado.
"Trata-se - explicou o especialista - da mais antiga das cidades (fortificadas) da Judeia até agora descobertas. E a sua própria construção tem implicações sem precedentes para compreender esse período".
O "ostracon" é um fragmento de cerâmica sobre o qual se escrevia na Antiguidade, neste caso com tinta, e o encontrado em Khirbet Qeiyafa tem uma superfície de 15 centímetros de comprimento por 15 de largura.
Na sua face superior, apresenta cinco linhas de texto desgastado pelo tempo, separadas por linhas de cor negra.
O texto ainda não foi decifrado mas parece incluir entre as suas palavras as raízes de termos hoje interpretados como "rei", juiz" e "escravo".
O epigrafista Hagai Misgav, especialista em escritas hebraicas antigas, sustenta que "a inscrição foi claramente escrita como mensagem por um escriba profissional".
A jazida arqueológica de Khirbet Qeiyafa situa-se nos arredores do que hoje é a cidade de Bet Shemesh, nas colinas que conduzem a Jerusalém, e também da antiga cidade de Gath, capital do reino filisteu a que Golias pertencia.
© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
2008-10-31 19:15:01
Numa escrita proto-cananeia, a inscrição remonta ao período da mítica batalha entre David e Golias, no século X a.C., segundo testes com carbono 14 realizados a outros restos biológicos encontrados no mesmo estrato.
A sua importância prende-se com o facto de poder trazer luz sobre o período de juventude do lendário rei israelita e sobre as estruturas sociais e de governo daquela época.
O "ostracon" foi encontrado no interior da fortaleza de Elah, na zona conhecida como Khirbet Qeiyafa, a cerca de 40 quilómetros a sudoeste de Jerusalém.
"A cronologia e geografia da fortaleza são um exclusivo ponto de encontro entre a história, a historiografia e as origens mais remotas do Reino de David", disse o professor que a descobriu, Yossi Garfinkel, da Universidade Hebraica de Jerusalém, em comunicado.
"Trata-se - explicou o especialista - da mais antiga das cidades (fortificadas) da Judeia até agora descobertas. E a sua própria construção tem implicações sem precedentes para compreender esse período".
O "ostracon" é um fragmento de cerâmica sobre o qual se escrevia na Antiguidade, neste caso com tinta, e o encontrado em Khirbet Qeiyafa tem uma superfície de 15 centímetros de comprimento por 15 de largura.
Na sua face superior, apresenta cinco linhas de texto desgastado pelo tempo, separadas por linhas de cor negra.
O texto ainda não foi decifrado mas parece incluir entre as suas palavras as raízes de termos hoje interpretados como "rei", juiz" e "escravo".
O epigrafista Hagai Misgav, especialista em escritas hebraicas antigas, sustenta que "a inscrição foi claramente escrita como mensagem por um escriba profissional".
A jazida arqueológica de Khirbet Qeiyafa situa-se nos arredores do que hoje é a cidade de Bet Shemesh, nas colinas que conduzem a Jerusalém, e também da antiga cidade de Gath, capital do reino filisteu a que Golias pertencia.
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