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domingo, maio 18, 2008

O novo acordo ortográfico


Falar sobre o novo acordo ortográfico implica saber que em termos históricos já se fizeram várias tentativas de unificação da ortografia da língua portuguesa, sendo que a primeira data de 1911, que culminou em Portugal na primeira grande reforma. Depois existiram várias tentativas, sendo a mais importante a de 1990 que é a que está por trás de todo o celeuma levantado actualmente sobre esta questão.
Quando vai entrar em vigor este acordo?
Seguindo o disposto numa reunião da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), realizada em Julho de 2004 em São Tomé e Príncipe, ficou decidido que para o novo acordo entrar em vigor, bastaria que três países o ratificassem. O Brasil em Outubro de 2004, Cabo Verde em Abril de 2005 e São Tomé em Novembro de 2006 ratificaram o acordo, estando assim cumprido o disposto nessa reunião da CPLP. Em Portugal, este acordo foi ratificado pelo Governo a 6 de Março de 2008, faltando a aprovação no Parlamento ou pelo Presidente da República. Caso seja aprovado, entrará imediatamente em vigor, no entanto está permitida uma fase de adaptação de 6 anos onde são permitidas as duas grafias.
O que muda, afinal?
O alfabeto português passará de 23 para 26 letras, com a inclusão em definitivo do k (capa ou cá), do w (dáblio, dâblio ou duplo vê), y (ípsilon ou i grego).
O uso de maiúsculas e minúsculas obdece a novas regras:
1. os meses do ano e os pontos cardeais deverão ser escritos em minúsculas (janeiro, fevereiro e norte, sul, etc.).
2. poder-se-á usar maiúsculas ou minúsculas em títulos de livros, no entanto a primeira palavra será sempre maiúscula (Insustentável Leveza do Ser ou Insustentável leveza do ser)
3. também é permitida dupla grafia em expressões de tratamento (Exmo. Sr. ou exmo. sr.) em sítios públicos e edifícios (Praça da República ou praça da república) e em nomes de disciplinas ou campos do saber (História ou história, Português ou português)
A supressão de consoantes mudas tal como o nome indica, vai levar ao desaparecimento de consoantes, em que o critério para tal é a sua pronúncia.
1. cc - ex.: transacionado, lecionar. Mantém-se em friccionar, perfeccionismo, por se articular a consoante.
2. cç - ação, ereção, reação. Mantém-se em fricção, sucção.
3. ct - ato, atual, teto, projeto. Mantém-se em facto, bactéria, octogonal.
4. pc - percecionar, anticoncecional. Mantém-se em núpcias, opcional.
5. pç - adoção, conceção. Mantém-se em corrupção, opção.
6. pt - Egito, batismo. Mantém-se em inapto, eucalipto.
Passam a ser suprimidos alguns acentos gráfico em palavras graves: crêem, vêem, lêem passam a creem, veem e leem; pára, pêra, pêlo, pólo passam a para, pera, pelo e polo. As palavras acentuadas no ditongo oi e ei passam a ser escritas sem acento: estoico, paleozoico, asteroide e boleia, plateia, ideia. Existe também a supressão completa do trema(¨): aguentar (e não agüentar), frequente (e não freqüente), linguiça (e não lingüiça). Supressão do acento circunflexo em abençoo, voo, enjoo.
O uso do hífen vai ser suprimido em:
1. palavras compostas em que o prefixo termina em vogal e o sufixo começa em r ou s, dobrando essa consoante: cosseno, ultrassons, ultrarrápido.
2. o prefixo termina em vogal diferente da incial do sufixo: extraescolar, autoestrada, intraósseo.
3. formas monossilábicas do presente do indicativo do verbo haver: hei de, hás de.
O hífen emprega-se em:
1. palavras compostas onde a última vogal do prefixo coincide com a inicial do sufixo, excepto o prefixo co- que se algutina ao sufixo iniciado por o: contra-almirante, micro-organismo, coobrigação.
2. palavras que designam espécies da Biologia ou Zoologia: águia-real, couve-flor, cobra-capelo.
Pode existir dupla grafia em algumas palavras?
Sim. Isso está previsto no novo acordo por existirem diferenças na pronúncia de país para país assim temos:

característica - caraterística
intersecção - interseção
infeccioso - infecioso
facto - fato
olfacto - olfato
conceção - concepção
súbdito - súdito
amnistia - anistia
amígdala - amídala
súbtil - sútil
académico - acadêmico
ingénuo - ingênuo
sénior - sênior
cómico - cômico
vómito - vômito
fémur ~ fêmur
abdómen - abdômen
bónus - bônus
bebé - bebê
puré - purê
judo ~ judô
metro ~ metrô
andámos ~ andamos

Argumentos a favor

- aproximação da oralidade à escrita

- actualmente a Língua Portuguesa é a única que tem duas grafias oficiais

- simplicidade de ensino e aprendizagem

- unificação de todos os países de língua oficial portuguesa

- fortalecimento da cooperação educacional dos países da CPLP

- evolução da língua portuguesa

- pequena quantidade de vocábulos alterados (1,6% em Portugal e 0,45% no Brasil)

- o português é o 5º idioma mais falado no mundo e o 3º no mundo Ocidental. A unificação das grafias permite aumentar, ou pelo menos manter a força da Língua Portuguesa no panorama mundial

Argumentos contra

- evolução não natural da língua
- tentar resolver um “não-problema”, uma vez que as variantes escritas da língua são perfeitamente compreensíveis por todos os leitores de todos os países da CPLP
- desrespeito pela etimologia das palavras
- a não correspondência da escrita à oralidade. Por exemplo, existem consoantes cuja função é abrir vogais, mas que o novo acordo considera mudas nomeadamente em tecto, passando a escrever-se teto, dever-se-ia ler como teto (de seio)?
- processo dispendioso (revisão e nova publicação de todas as obras escritas, os materiais didáticos e dicionários tornar-se-ão obsoletos, reaprendizagem por parte de um grande número de pessoas, inclusivé crianças que estão agora a dar os primeiros passos na escrita)
- o facto de não haver acordo, facilita o dinamismo da língua, permitindo cada país divergir e evoluir naturalmente, pelas próprias pressões evolutivas dos diferentes contextos geo-sócio-culturais como no caso do Inglês ou do Castelhano
- afecto com a grafia actual
- falta de consulta de linguistas e estudo do impacto das alterações
Em termos legais e jurídicos também parece haver falta de consenso:
«Vasco Graça Moura, escritor e tradutor premiado e deputado no Parlamento Europeu (e ex-advogado), o mais conhecido dos detractores portugueses do Acordo, defende que o Segundo Protocolo Modificativo, como qualquer outra convenção internacional, só obriga à sua aplicação em cada país se for ratificado por todos os países signatários, o que ainda não aconteceu. Ou seja, só depois de todos os países ratificarem este Protocolo é que estes ficam obrigados a implementar o Acordo internamente caso este seja ratificado por três países. A racionalidade jurídica dum tratado que obriga um país a aprovar outro tratado caso este seja aprovado por países terceiros é disputada. No entanto, o argumento da ilegalidade da ratificação do Protocolo modificativo de 2004 é contestado pelo jurista Vital Moreira[8].»
in Acordo Ortográfico de 1990 - Wikipédia, a enciclopédia livre
Por tudo o que foi dito, parece-me que ainda vai correr muita tinta, e muita discussão sobre este acordo. Como diz o ceguinho: “A ver vamos!”
A resistência era grande em Portugal, especialmente por parte de escritores e personalidades que consideravam o acordo uma “rendição desnecessária à influência brasileira”.
Fontes:• “atual - O novo acordo ortográfico” de João Malaca Casteleiro e Pedro Dinis Correia
• Wikipedia
• Acordo Ortográfico: a perspectiva do desastre de Vasco Graça Moura
• Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
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Porto Editora vai lançar Dicionário duplo com grafia actual e segundo o acordo
Novo dicionário para Acordo Ortográfico

Um dicionário duplo, com as palavras escritas com a grafia actual e segundo o novo Acordo Ortográfico - foi esta a solução encontrada pela Porto Editora para o seu Dicionário Editora da Língua Portuguesa 2009 - Acordo Ortográfico, que deverá chegar às livrarias nos próximos dias.

“É uma opção editorial coerente com o que tem sido a nossa posição" em relação ao Acordo Ortográfico, explica Paulo Gonçalves, porta-voz da editora. No debate sobre o acordo, a Porto Editora tem manifestado uma posição crítica, considerando que este representa uma má estratégia para a língua portuguesa.

Mas, sublinha Paulo Gonçalves, “já tínhamos este material mais do que pronto, e estávamos a ser contactados pelos nossos utilizadores" que queriam saber se iria sair um dicionário com a nova grafia. Como a editora já tinha previsto o lançamento de um novo dicionário este ano - até porque "há um sem-número de palavras novas”, de audiolivro a carjacking - era preciso tomar uma decisão. Este é um dicionário que “vai manter-se actualizado, seja qual for a decisão que vier a ser tomada sobre o Acordo Ortográfico”, explica. Poderá também ser exportado para os mercados africanos.

Assim, quem procurar, por exemplo, a palavra Egipto, vai encontrá-la escrita desta forma, numa entrada que remete também para a forma prevista pelo Acordo Ortográfico, ou seja, Egito. Ao mesmo tempo, a Porto Editora lança o Guia Prático do Acordo Ortográfico (vendido separadamente) para esclarecer as mudanças ligadas à nova grafia - à semelhança, aliás, do que já tinha sido feito pela Texto Editores, que lançou recentemente o seu novo dicionário conforme ao Acordo Ortográfico (em duas versões, uma maior outra menor), acompanhado por um guia prático.

Entretanto, o poeta, tradutor e eurodeputado Vasco Graça Moura, um dos mais activos opositores desta reforma da grafia, lança o livro Acordo Ortográfico - A Perspectiva do Desastre, que reúne as suas principais intervenções sobre o tema

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Parlamento português aprova novo acordo ortográfico

Mudanças enfrentavam resistência no país porque centenas de palavras seriam escritas como no Brasil

LISBOA - O Parlamento português aprovou nesta sexta-feira, 16, o polêmico acordo ortográfico para sua língua-mãe que prevê a padronização do idioma nos sete países lusófonos. A implementação deve ocorrer ao longo dos próximos seis anos. As mudanças enfrentavam grande resistência em Portugal porque centenas de palavras teriam de passar a ser escritas como no Brasil. "A língua portuguesa é o maior patrimônio que Portugal tem no mundo", afirmou o deputado Mota Soares.


Parlamentares tanto do governista Partido Socialista quanto da oposição social-democrata votaram em peso em favor de uma proposta do governo. Apesar do movimento gerado nas últimas semanas contra o acordo, apenas três deputados votaram contra.

O português é a língua oficial de 230 milhões de pessoas em todo mundo, 190 milhões delas no Brasil. O acordo de padronização da língua inclui os sete países lusófonos existentes no mundo: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe já haviam ratificado o acordo antes de Portugal.

A proposta prevê, entre outras coisas, que a grafia das palavras seja mais próxima da pronúncia por meio da remoção de consoantes mudas, como no Brasil. Já o alfabeto aumenta de 23 para 26 letras, com a inclusão oficial do "k", do "w" e do "y". O acordo também determina novas regras para o uso de hifens e acentos.

A resistência era grande em Portugal, especialmente por parte de escritores e personalidades que consideravam o acordo uma "rendição desnecessária à influência brasileira".

Uma das iniciativas que gerou maior mobilização foi um abaixo-assinado através da Internet, iniciado no dia 2 de maio, que em apenas 14 dias recolheu mais de 35.000 assinaturas.

Ironicamente, dois deputados que encabeçaram a petição na Internet contra o acordo - Zita Seabra e Vasco Graça Moura - não estavam o plenário na hora da votação. Zita Seabra alegou que como é editora, havia conflito de interesses para votar o texto.

Os defensores das mudanças alegam que a padronização facilitará buscas na internet e uniformizará termos jurídicos para a elaboração de contratos internacionais. Além disso, o governo português tem a esperança de que, com a padronização, o idioma finalmente se torne uma das línguas oficiais da Organização das Nações Unidas (ONU). Atualmente, a ONU tem seis idiomas oficiais: o árabe, o espanhol, o francês, o inglês, o mandarim e o russo.

Modificações

Segundo o acordo, a norma escrita em Portugal terá 1,42% das suas palavras modificadas, enquanto no Brasil apenas 0,43% das palavras serão alteradas. Para os portugueses, caem as letras não pronunciadas, como o "c" em acto e director, o "p" em Egipto e óptimo, o acento que distingue o pretérito perfeito do presente (em Portugal escreve-se "levámos", no passado, e "levamos", no presente). A utilização do hífen também será uniformizada.

Apesar do acordo, continuará a haver diferenças no português dos dois lados do Atlântico. Os portugueses vão continuar a escrever António e género com acento agudo, enquanto no Brasil fica o circunflexo. Também vão manter o "c" em facto - fato em Portugal é roupa - e tiram o "p" que não pronunciam na palavra "recepção".

O que muda com a unificação ortográfica entre países lusófonos
Os portugueses eram os principais opositores das alterações; para eles, as mudanças serão mais significativas

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SÃO PAULO - Representantes dos oito países que falam português (Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Timor Leste) decidiram, em 1990, que unificariam as regras do idioma, com o intuito de simplificar a comunicação entre os lusófonos. No ano passado, o Ministério da Educação iniciou as mudanças nos livros didáticos e pretende que elas sejam plenamente implementadas em 2009.


Para que as regras fossem realmente unificadas, era preciso que os países ratificassem as mudanças. O Congresso Nacional brasileiro, por exemplo, fez isso em 2007. A maior resistências à reforma vinha exatamente de Portugal - país onde as mudanças deverão ser mais profundas e de maior impacto para a população. As tentativas de unificação ortográfica dos países lusófonos são antigas. No Brasil, já houve duas reformas ortográficas (uma em 1943 e outra em 1971). Em Portugal, a última reforma aconteceu em 1945. Mesmo assim, há várias diferenças entre Brasil e Portugal.

As principais mudanças nas regras

O fim do trema: o acento seria totalmente eliminado. A palavra 'freqüente' passa a ser escrita 'frequente'.

Eliminação de acentos em ditongos: acaba o acento nos ditongos 'ei' paroxítonos. Dessa maneira, 'idéia' vira 'ideia'.

Acento circunflexo: quando dois 'os' ficam juntos também some. Logo, 'vôo' vira 'voo'.

Cai o acento diferencial: o acento que diferenciava palavras homônimas de significados diferentes acaba. Conseqüentemente, 'pára' do verbo parar vai ficar apenas 'para'.

Hífens: sai a maioria dos hífens em palavras compostas. Assim, pára-quedas vira paraquedas. Será mantido o hífen em palavras compostas cuja segunda palavra começa com h, como pré-história. Em substantivos compostos cuja última letra da primeira palavra e a primeira letra da palavra são as mesmas, será feita a introdução do hífen. Assim microondas vira micro-ondas.

Inclusão de letras: as letras antes suprimidas do alfabeto português (k, y e w) voltam, mas só valem para manter as grafias de palavras estrangeiras.

Fim das letras mudas: Em Portugal, é comum a grafia de letras que não são pronunciadas como 'facto' para falar 'fato'. Elas sumirão.

Dupla acentuação: foi mantida a diferença de acentuação entre o português brasileiros e o lusitano. É comum quando se fala do acento circunflexo e agudo: assim, nós escrevemos 'econômico' e eles, 'económico'.

A unificação da grafia e regras de ortografia nos países lusófonos pode ser um equívoco se a idéia é melhorar a comunicação. Afinal, o que fazer quando se avaria o autoclismo da retreta? Ora, chama-se um empreiteiro para arranjá-lo depois de comprar um novo à loja de costumes. Mas cuidado para não molhar as peúgas...
As palavras autoclismo (descarga), retreta (banheiro), arranjar (consertar), loja de costumes (loja de materiais de construção) e peúgas (meias) estão grafadas como nas novas regras, mas continuam incompreensíveis para boa parte dos brasileiros. No entanto, jacto, facto, contacto e outras do gênero todos sabemos o que é.
A reforma é inócua. Por isso havia resistência em Portugal, já que eles (e nós também) seriam obrigados a reaprender regras ortográficas à toa. É lume no fato. Ou, em bom português do Brasil, é fogo na roupa.

Acordo ortográfico divide opiniões de especialistas
De um lado, os que acreditam que a reforma dará peso à língua; de outro, o respeito às diferenças culturais

SÃO PAULO - O Parlamento português aprovou nesta sexta-feira, 16, depois de 18 anos da assinatura, o acordo ortográfico que vai unificar a gramática de todos os países lusófonos do mundo (além de Portugal, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste). Com Portugal, já são quatro os países ratificaram o acordo - Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe -; um grande avanço, uma vez que o país era o mais reticente a respeito das novas normas.

"Alguns países entenderam que as novas normas seriam más para suas identidades nacionais, por isso a demora na ratificação", disse a professora Stella Maris Bortoni-Ricardo, linguista e membro da Comissão de Língua Portuguesa (COLIP) no ministério da Educação (MEC), que, juntamente com o ministério das Relações Exteriores e da Cultura, lidou com a questão da reforma ortográfica no Brasil.

"Mas é importante lembrar que a questão não é a liderança de qualquer um dos países na imposição de regras, mas uma postura de colaboração", disse a Stella, lembrando o fato de muitos portugueses acreditarem que o acordo foi uma imposição de regras brasileiras, devido fato de o País ter a maioria dos falantes da língua (segundo a professor, de cada três pessoas que falam português, uma é brasileira).

Essa colaboração é de extrema importância se os países lusófonos quiserem que a Língua Portuguesa ganhe destaque mundial, acrescentou a professora. Atualmente, a sétima língua mais falada do mundo ainda não conseguiu entrar para o rol das línguas oficiais de órgãos internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU). Isso por que, todos os documentos publicados em português têm que ser disponibilizados em duas vias: português brasileiro e português de Portugal.

"Essa é uma medida de política de idioma que, além de dar importância para a Língua Portuguesa, facilitaria a difusão e troca de publicações entre países lusófonos, favorecendo, inclusive, os países mais pobres, no recebimento de reforço de material didático", disse Stella. "Essa reforma é de extrema importância porque é a primeira feita pela Comunidade dos países de Língua Portuguesa (COLP) em conjunto, e não individualmente", acrescentou.

Quanto à adaptação às mudanças, a professora acredita que será feita de maneira fácil, pois o acordo muda menos de 1% do percentual falado da língua. Ela ressaltou, ainda, o papel das comunicações na difusão das novas normas de ortografia.

Vale lembrar que Portugal estabeleceu um prazo de seis anos para esse processo, enquanto o Brasil optou pela metade. Isso quer dizer que, se entrar em vigor a partir de janeiro de 2009, as escolas brasileiras terão até 2011 para cobrarem as mudanças.

"Com os professores brasileiros nas condições em que estão - mal pagos, mal formados -, essa mudança pode gerar alguma dificuldade de adaptação." É o que acredita a professora Eleonora Cavalcante Albano da Unicamp. "Essa mudança vai fazer muito pouca diferença na facilidade de comunicação entre países", acrescentou.

Diferenças

Como fica claro, não foi só em Portugal que o novo acordo dividiu opiniões. Segundo Sírio Possenti, professor do Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp, do ponto de vista linguístico e da educação, a preocupação com a unificação de regras gramaticais e o valor dessa mudança é muito mais simbólico que prático. Na prática, não são necessárias leis que normatizem a gramática e a ortografia", disse.

Segundo o professor, é mais importante garantir que alguém entenda textos e saiba relacioná-los do que tenha uma ortografia perfeita. "Variações de ortografia mudam muito pouco a compreensão de um texto, escrever diferente não é um problema linguístico em nenhum país", acrescentou o professor.

É o que pensa também a professora de linguística da Unicamp Maria Irma Hadler Coudry que, embora ache interessante que os países lusófonos comunguem de uma familiaridade, acredita que cada um tem sua especificidade cultural. "Não é preciso que se escreva exatamente igual para que haja entendimento mútuo e não é porque se estabeleceu uma regra comum que se falará perfeitamente igual em todos os países."

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