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sábado, setembro 08, 2007

PRÉMIO NOBEL DA PAZ

O Nobel da Paz é um dos cinco Prémios Nobel, legado pelo inventor da dinamite, o sueco Alfred Nobel. Enquanto que os prémios para a Física, Química, Medicina e Literatura são entregues anualmente em Estocolmo, o Nobel da Paz é atribuído em Oslo, capital da Noruega. O Comité Nobel norueguês, cujos membros são nomeados pelo Parlamento norueguês, tem a função de escolher o laureado pelo prémio, que é entregue pelo seu presidente (actualmente, o Dr. Ole Danbolt Mjøs). Na altura da morte de Alfred Nobel, a Suécia e a Noruega estavam em união pessoal, pela qual o parlamento sueco ficava responsável pela política internacional, estando o Stortinget (Parlamento norueguês) apenas encarregado da política interna norueguesa. Alfred Nobel decidiu, assim, que fosse a Noruega a decidir o laureado pelo Nobel da Paz, de forma a prevenir a influência de poderes políticos internacionais no processo de atribuição do Nobel.
De acordo com a vontade de Alfred Nobel, o prémio deveria distinguir "a pessoa que tivesse feito a maior ou melhor acção pela fraternidade entre as nações, pela abolição e redução dos esforços de guerra e pela manutenção e promoção de tratados de paz".
Ao contrário dos outros prémios Nobel, o Nobel da Paz pode ser atribuído a pessoas ou organizações que estejam envolvidas num processo de resolução de problemas, em vez de apenas distinguir aqueles que já atingiram os seus objectivos nalguma área específica. É, portanto, um prémio Nobel com caracterísiticas próprias.
Os laureados
Segue-se a lista dos laureados pelo Prémio Nobel da Paz:
1901
Jean Henri Dunant (Suíça), fundador da Cruz Vermelha Internacional e promotor da Convenção de Genebra.
Frédéric Passy (França), fundador e presidente da Sociedade francesa para a paz.
1902
Élie Ducommun (Suíça) e Charles Albert Gobat, secretários honorários do Secretariado Internacional da Paz em Berna
1903
Sir William Randal Cremer (Reino Unido), secretário da International Arbitration League.
1904
Instituto de Direito Internacional (Gante, Bélgica).
1905
Bertha Sophie Felicitas Baronin von Suttner, ou Bertha Gräfin Kinsky von Wchinitz und Tettau (Áustria), escritora e presidente honorária do Gabinete Internacional Permanente para a Paz.
1906
Theodore Roosevelt (Estados Unidos da América), presidente dos Estados Unidos, por promover o tratado de paz na Guerra russo-japonesa.
1907
Ernesto Teodoro Moneta (Itália), presidente da Liga Lombarda para a Paz.
Louis Renault (França), professor catedrático de Direito Internacional.
1908
Klas Pontus Arnoldson (Suécia), fundador da Sociedade Sueca para a Paz e a Arbitragem.
Fredrik Bajer (Dinamarca), presidente honorário do Secretariado Internacional da Paz.
1909
Auguste Marie Francois Beernaert (Bélgica), membro do Tribunal Permanente de Arbitragem.
Estournelles de Constant, Barão de Constant de Rebecque (França), fundador e presidente da delegação parlamentar francesa para a arbitragem internacional, e fundador do Comité de defesa dos interesses nacionais e conciliação internacional
1910
Gabinete Internacional Permanente para a Paz, Berna.
1911
Tobias Michael Carel Asser (Países Baixos), iniciador das Conferências Internacionais de Haia.
Alfred Hermann Fried (Áustria), fundador do Die Waffen Nieder.
1912
Elihu Root (Estados Unidos da América), por negociar vários tratados de paz.
1913
Henri la Fontaine (Bélgica), presidente do Gabinete Internacional Permanente para a Paz.
1914
Não atribuído.
1915
1916
1917
Cruz Vermelha, Genebra.
1918
Não atribuído.
1919
Woodrow Wilson (Estados Unidos da América), por fundar a Liga das Nações.
1920
Léon Victor Auguste Bourgeois, presidente do Conselho da Liga das Nações.
1921
Hjalmar Branting (Suécia), primeiro ministro, delegado sueco para o Conselho da Liga das Nações.
Christian Louis Lange (Noruega), secretário-geral da União Interparlamentar
1922
Fridtjof Nansen (Noruega), delegado norueguês para a Liga das Nações, criador do passaporte Nansen para os refugiados.
1923
Não atribuído.
1924
1925
Sir
Austen Chamberlain (Reino Unido), pelos Tratados de Locarno.
Charles Gates Dawes (Estados Unidos da América), presidente da Comissão Internacional de Reparações, redactor do Plano Dawes.
1926
Aristide Briand (França), pelos Tratados de Locarno.
Gustav Stresemann (Alemanha), pelos Tratados de Locarno.
1927
Ferdinand Buisson (França), fundador e presidente da Liga dos Direitos do Homem.
Ludwig Quidde (Alemanha), delegado em várias conferências de paz.
1928
Não atribuído.
1929
Frank B. Kellogg (Estados Unidos da América) pelo Pacto Briand-Kellogg.
1930
Arcebispo
Lars Olof Nathan (Jonathan) Söderblom (Suécia), líder do movimento ecuménico.
1931
Jane Addams (Estados Unidos da América), presidente internacional da Liga Feminina Internacional para a Paz e Liberdade
Nicholas Murray Butler (Estados Unidos da América), por promover o Pacto Briand-Kellogg.
1932
Não atribuído
1933
Sir Norman Angell (Ralph Lane) (Reino Unido), escritor, membro do comité executivo da Liga das Nações e do Conselho Nacional da Paz.
1934
Arthur Henderson (Reino Unido), presidente da Conferência de Desarmamento da Liga das Nações
1935
Carl von Ossietzky (Alemanha), jornalista pacifista.
1936
Carlos Saavedra Lamas (Argentina), presidente da Liga das Nações e medidador no conflito entre Bolívia e Paraguai.
1937
Viscount Cecil of Chelwood (Lord Edgar Algernon Robert Gascoyne Cecil), fundador e presidente da Campanha Internacional pela Paz.
1938
Comité Internacional Nansen para os Refugiados, Genebra.
1939
Não atribuído.
1940
1941
1942
1943
1944
Comité Internacional da
Cruz Vermelha (premiada retroactivamente, em 1945).
1945
Cordell Hull (EUA), por ser um dos fundadores das Nações Unidas.
1946
Emily Greene Balch (EUA), presidente honorária internacional da Liga Feminina Internacional para a Paz e Liberdade
John R. Mott (EU), presidente do Conselho Missionário Internacional e da Aliança mundial das associações cristãs de moços
1947
The Friends Service Council - ou Conselho da Sociedade dos Amigos (
Quacres, Reino Unido) e a Comité Americano da Sociedade dos Amigos (Quacres, Estados Unidos da América), em prol da Sociedade Religiosa dos Amigos.
1948
Não atribuído
1949
Lord John Boyd Orr of Brechin (Reino Unido), director da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, presidente do Conselho Nacional de Paz e presidente da União Mundial de Organizações para a Paz.
1950
Ralph Bunche, pela sua mediação na Palestina (1948).
1951
Léon Jouhaux (França), presidente do Comité Internacional do Conselho Europeu, vice-presidente da Confederação Internacional de Sindicatos Livres, vice-presidente da Federação Mundial de Sindicatos, membro do conselho da Organização Internacional do Trabalho, delegado junto das Nações Unidas.
1952
Albert Schweitzer (França), por fundar o Hospital de Lambaréne no Gabão.
1953
Secretário de Estado Americano
George Catlett Marshall, pelo Plano Marshall.
1954
O Gabinete do
Alto Comissariado das Nações Unidas para os refugiados.
1955
Não atribuído.
1956
1957
Lester Bowles Pearson, então Primeiro Ministro do Canadá e presidente da 7ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, por iniciar os esforços pela pacificação da Crise do Suez.
1958
Dominique Georges Pire (Bélgica), líder da Europa do Coração, uma organização de relevo de ajuda a refugiados.
1959
Philip Noel-Baker (Reino Unido), pelo empenho de toda uma vida na paz e cooperação internacional.
1960
Albert Lutuli (África do Sul), presidente do ANC (Congresso Nacional Africano).
1961
Dag Hammarskjöld (Suécia), secretário-geral das Nações Unidas (Hammarskjöld já era candidato ao Nobel da Paz quando morreu e foi premiado a título póstumo. Após a atribuição deste prémio houve alteração das regras de atribuição no sentido de posteriormente não permitir atribuições do Nobel a título póstumo).
1962
Linus Carl Pauling (Estados Unidos da América), pela sua campanha contra os testes de armamento nuclear.
1963
Comité Internacional da
Cruz Vermelha, Genebra.
Liga das Sociedades da
Cruz Vermelha, Genebra.
1964
Martin Luther King Jr (Estados Unidos da América), activista dos direitos humanos.
1965
Fundo Internacional das Nações Unidas para o auxílio à infância (UNICEF)
1966
Não atribuído.
1967
1968
René Cassin (França), presidente do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.
1969
Organização Internacional do Trabalho (OIT), Genebra.
1970
Norman Borlaug (Estados Unidos da América), pela suas pesquisas no Centro Internacional de Melhoramento de Milho e Trigo.
1971
Chanceler
Willy Brandt (Alemanha), por colocar em prática a Ostpolitik, na República Federal da Alemanha, que estabeleceu uma nova atitude em relação aos países de leste e, em especial, à República Democrática Alemã.
1972
Não atribuído.
1973
Secretário de Estado Henry A. Kissinger (Estados Unidos da América) e o chanceler norte-vietnamita Le Duc Tho (Vietname, que recusou o prémio), pelo acordo de paz no Vietname.
1974
Seán MacBride (Irlanda), presidente do Comité Executivo Internacional da Amnistia Internacional e da Comissão das Nações Unidas para a Namíbia.
Eisaku Sato, primeiro ministro do Japão.
1975
Andrei Dmitrievich Sakharov (URSS), pela sua campanha em favor dos Direitos Humanos.
1976
Betty Williams e Mairead Corrigan, fundadoras do Movimento das Mulheres para a Paz na Irlanda do Norte, mais tarde chamado de Peace People (Gente de Paz).
1977
Amnistia Internacional, Londres, pela sua campanha contra a tortura.
1978
Presidente
Mohamed Anwar Al-Sadat (Egipto) e o primeiro ministro Menachem Begin (Israel), por negociarem a paz entre o Egipto e Israel.
1979
Madre Teresa de Calcutá, pela luta contra a pobreza na Índia.
1980
Adolfo Pérez Esquivel (Argentina), activista dos direitos humanos.
1981
O Gabinete do
Alto Comissariado das Nações Unidas para os refugiados.
1982
Alva Myrdal (Suécia) e Alfonso García Robles (México), delegados na Assembleia Geral de Desarmamento, das Nações Unidas.
1983
Lech Wałęsa (Polónia), fundador do Solidarność, activista dos Direitos humanos e primeiro presidente da Polónia, após a queda do Comunismo.
1984
Bispo Anglicano
Desmond Mpilo Tutu (África do Sul), pelo seu trabalho contra o apartheid.
1985
Médicos Internacionais para a Prevenção da Guerra, Boston.
1986
Elie Wiesel (Estados Unidos da América), escritor, sobrevivente do Holocausto.
1987
Óscar Arias Sánchez (Costa Rica), por iniciar processos de paz na América Central.
1988
Forças de Manutenção da Paz das Nações Unidas, Nova Iorque.
1989
Tenzin Gyatso, o 14º Dalai Lama.
1990
Presidente Mikhail Sergeyevich Gorbachev (URSS), pela sua contribuição para o fim da Guerra Fria.
1991
Aung San Suu Kyi (Burma), líder da oposição, activista dos direitos humanos.
1992
Escritora
Rigoberta Menchú (Guatemala), pela sua campanha pelos direitos humanos, especialmente a favor dos povos indígenas.
1993
Presidente
Nelson Mandela (África do Sul) e o anterior presidente Frederik Willem de Klerk (África do Sul).
1994
O líder da
OLP, Yasser Arafat (Palestina), Ministro dos Negócios Estrangeiros Shimon Peres (Israel) e o Primeiro Ministro Yitzhak Rabin (Israel), por concluírem os Acordos de Paz de Oslo.
1995
Joseph Rotblat (Polónia/Reino Unido) e Conferências Pugwash sobre Ciência e Negócios Mundiais, pelos seus esforços contra o armamento nuclear.
1996
Dom Carlos Filipe Ximenes Belo, bispo católico-romano (Timor-Leste) e José Ramos-Horta (Timor-Leste), pelo seu trabalho conducente a uma solução justa e pacífica para o conflito em Timor-Leste.
1997
Campanha internacional para a eliminação de minas e Jody Williams, pelo seu trabalho pela proibição do uso de minas anti-pessoais e sua remoção.
1998
John Hume (Reino Unido) e David Trimble (Reino Unido), pelos seus esforços no sentido de uma solução pacífica para o Conflito na Irlanda do Norte.
1999
Médicos Sem Fronteiras, Bruxelas.
2000
Presidente
Kim Dae Jung (Coreia do Sul), pelo seu trabalho pela democracia e direitos humanos, em especial pela paz e reconciliação com a Coreia do Norte.
2001
As
Nações Unidas e o seu secretário-geral Kofi Annan (ganês)
2002
Jimmy Carter, ex-Presidente dos Estados Unidos da América, "por décadas de esforços incansáveis no sentido de encontrar soluções pacíficas para conflitos internacionais, em prol da democracia e direitos humanos, promovendo o desenvolvimento económico e social."
2003
Shirin Ebadi, activista dos direitos humanos iraniana, defensora da implantação da democracia no seu país.
2004
Wangari Maathai, ambientalista e activista dos direitos humanos queniana.
2005
Agência Internacional de Energia Atómica e seu director-geral Mohamed ElBaradei (egípcio).
2006
Muhammad Yunus (Bangladesh) e ao seu banco de microcrédito Banco Grameen.


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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