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quinta-feira, dezembro 28, 2006
LENDAS E MITOS
TRISTÃO E ISOLDA
o pequeno porto irlandês de Wexford, onde Tristão e seus companheiros ancoraram, um cruel dragão aterrorizava os habitantes. Para não serem reconhecidos, disfarçaram-se de comerciantes.
O rei Gormond prometera dar a mão de sua filha Isolda em casamento ao valente cavaleiro que matasse o monstro. Tristão enfrentou a perigosa criatura e, após uma vitória difícil, cortou a língua do dragão e escondeu-a dentro de seu sapato: a prova decisiva. No caminho de volta, porém, caiu desfalecido, pois a língua do dragão continha um poderoso veneno.
Ao passar por ali, o senescal do rei Gormond deparou com o cadáver do monstro e aproveitou-se da situação. Cortou-lhe a cabeça e, após apresentá-la ao rei, pediu a mão da princesa Isolda, a qual cortejava havia muito tempo. Mas Isolda não o desejava como marido e desconfiou da trama. Assim, foi com a mãe até o local do combate, e ali encontraram Tristão desfalecido. Levaram-no para o palácio e, durante vários dias, cuidaram de seus ferimentos. Mas Isolda só o reconheceria quando, ao limpar sua espada, notou que faltava um pedaço. Desconfiada, comparou a lâmina com um pedaço de metal que, retirado do crânio de Morholt, fora guardado por ela como relíquia: as partes encaixavam-se perfeitamente. Tristão era o assassino de seu tio, mas, como só ele poderia provar a impostura do senescal, Isolda seguiu os conselhos da mãe e resolveu poupá-lo.
Ao saber que Tristão a pedia em casamento em nome do rei Marcos, Isolda mergulhou em profunda melancolia, mas decidiu acompanhá-lo. A rainha, que desejava a felicidade da filha ao lado do rei Marcos, confiou a uma criada uma poção mágica que os noivos deveriam beber juntos na noite de núpcias. Essa bebida, preparada à base de ervas, uniria o casal por um sentimento tão profundo que eles não poderiam sobreviver sequer a uma semana de separação.
No decorrer da viagem, porém, a criada serviu por engano a poção mágica a Tristão e Isolda. Daí em diante, nada mais poderia separá-los!
Tristão não ousou revelar a verdade ao tio, e o casamento de Isolda com o rei Marcos foi celebrado com pompa. Mas todos os dias Tristão encontrava-se secretamente com Isolda, num jardim, junto ao palácio ou mesmo nos aposentos da rainha. Apesar de todas as precauções, entretanto, os barões descobriram os encontros e alertaram o rei Marcos. Surpreendidos pelo marido traído, os dois amantes foram condenados sem julgamento: seriam queimados juntos.
Ao longo do caminho que levava à fogueira, comprimia-se uma multidão entristecida. Ao passar diante de uma capela construída na beirada de uma falésia, Tristão desejou rezar. Como seus guardiães haviam desamarrado suas mãos, conseguiu escapar e precipitou-se no vazio - mas salvou-se ao agarrar-se a uma pedra que sobressaía no paredão. Em seguida, pulou para a praia e fugiu. Mais adiante, seu escudeiro Gorneval esperava-o com cavalo e armas. Só então pôde libertar Isolda.
Durante três anos, viveram escondidos na floresta. Tristão fez um arco, com o qual nunca perdia a presa, e Gorneval construiu uma cabana de galhos e troncos. Certo dia, um cachorro juntou-se a eles - era Husdent, que reencontrava seu dono, Tristão. Husdent aprendeu a caçar sem latir, para não denunciar sua presença.
Um dia, o rei Marcos descobriu o esconderijo e encontrou Tristão e Isolda adormecidos, abrigados no simplório casebre. Sentiu pena daqueles corpos tão magros, que os andrajos mal escondiam. Anunciou então que estava disposto a receber Isolda de volta na corte. Mas Tristão deveria partir para bem longe.
A poção mágica já perdera o efeito fazia muito tempo, mas Tristão e Isolda continuavam amando-se. Assim, após a partida de Isolda, o cavaleiro tentou permanecer a seu lado, mas os espiões do rei estavam sempre em seu encalço. Por isso, ele teve de embarcar para a Armórica.
Na pequena Bretanha, Tristão colocou-se a serviço do rei Hoel, tornando-se amigo de seu filho, o cavaleiro Kaherdin. Com o passar do tempo, Tristão pensou que poderia esquecer Isolda casando-se com outra mulher. Desposou a irmã de Kaherdin, que também se chamava Isolda e era conhecida como Isolda das Brancas Mãos. Mas a lembrança da loura Isolda jamais abandonou Tristão, o que não escapou aos olhos da esposa e do cunhado.
Um dia, Tristão foi gravemente ferido pelo anão Beladis, cuja mulher Kaherdin cortejava secretamente. Pediu então ao cunhado que fosse à Cornualha buscar Isolda, a loura, pois só ela poderia salvá-lo.
Ansioso pela chegada do navio, todos os dias Tristão pedia que o levassem até a praia. Ficara combinado que Kaherdin içaria uma vela branca se Isolda estivesse a bordo e uma vela preta em caso contrário.
Mas Isolda das Brancas Mãos surpreendera a conversa e, louca de ciúmes, enganou Tristão. Quando o navio surgiu no horizonte, Tristão já estava enfraquecido demais para enxergar, e a esposa disse-lhe que uma vela negra fora içada. Tristão pensou que sua amada o abandonara e morreu de infelicidade. Ao chegar, Isolda, a loura, viu o corpo de Tristão estendido na praia, não resistiu e caiu morta junto ao amado.
Os dois foram enterrados lado a lado. O rei Marcos ordenou que se plantasse uma roseira selvagem no túmulo de Isolda e uma videira no de Tristão. Ao crescer, as duas plantas enrolaram-se uma na outra, como se quisessem ensinar aos homens que o amor: é mais poderoso que a morte.
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O PEIXE DO CHIFRE DE OURO
Índia
o nascer do Sol, o sábio Manu estava à beira do rio sagrado, entregue a suas abluções rituais. Recolhendo água fresca nas mãos juntas, jogava-a sobre o corpo, pronunciando orações. Nisto, o sábio trouxe à superfície um peixinho minúsculo, todo agitado, cujas escamas brilhavam como ouro. Na cabeça, ele tinha um chifre meio estranho. Manu ficou intrigado.
- A que espécie pertence este peixe esquisito? - perguntou de si para consigo.
Esquecendo as orações, revirava o peixe na palma da mão. Então, uma vozinha lhe implorou:
- Sábio Manu, por favor, não me jogue de novo no rio! Não posso defender-me dos peixes grandes, que me comeriam de uma só vez...
- Este peixe deve ser um mensageiro dos deuses, pois sabe meu nome... - pensou Manu. Segurando cuidadosamente o animalzinho minúsculo, voltou o mais depressa possível para casa. Chegando lá, encheu uma jarra com água fresca para o peixe.
Várias vezes durante o dia, Manu foi olhar a jarra. Tudo corria bem: o peixe nadava à vontade, decerto feliz por estar em segurança. Mas Manu tinha a impressão de que ele crescia. A cada olhada, achava-o maior.
- Não, não é possível! - disse a si mesmo. - Devo estar ficando maluco com esta história!
Cansado de tantas emoções, Manu deitou-se mais cedo que nos outros dias e dormiu como uma pedra.
Na manhã seguinte, foi despertado por uns barulhos que vinham de dentro da jarra. Levantou-se correndo e chegou bem a tempo. O peixe dourado, cem vezes maior, ocupava todo o espaço disponível. Já não sobrava nem uma gotinha de água. Manu pegou a jarra, correu até o charco mais próximo e jogou o peixe lá dentro.
Voltou para casa preocupado com o que iria acontecer. Na manhã seguinte, o charco ficara pequeno demais para seu novo habitante. Então, Manu estava desesperado. Em primeiro lugar, estava ficando difícil transportar o peixe, cada vez mais pesado. Depois, não sabia como aquela história iria acabar. De qualquer modo, conseguiu levar o estranho animal até o mar, fazendo-o descer por um grande rio.
O animal atingira um tamanho gigantesco. Suas escamas douradas fulguravam ao Sol. Para olhar o peixe, Manu (que ficara na praia) precisava apertar os olhos. Antes que o bicho se afastasse, o homem gritou:
- Não posso fazer mais nada por você... Posso saber quem é?
- Pode, sábio Manu. Chegou o momento de satisfazer sua legítima curiosidade. Sou Vishnu, o deus que cuida da ordem do mundo. Deixei minha morada celeste porque o mundo corre perigo. Em breve, a Terra será submersa por um dilúvio, e todas as criaturas que nela vivem se afogarão. Se você não seguir minhas instruções, a vida desaparecerá. Pois, sábio Manu, eu o escolhi para salvar todas as espécies.
Consciente da importância da missão que Vishnu lhe confiava, Manu aceitou sem hesitar.
- Tomei a forma de um peixe para atraí-lo ao oceano - explicou o deus. - Agora, vou mandar-lhe um barco bem grande, em que caiba um casal de cada espécie animal que vive na Terra. Reúna-os depressa. Traga também sacos com sementes das sete variedades de arroz. Para cuidar da segurança do navio, manterei minha forma de peixe.
Foi assim que Manu, ajudado por Vishnu, preservou a vida na Terra. No auge do dilúvio, quando a tempestade varria o oceano, Vishnu pediu socorro à grande serpente divina Ananka, que vive escondida no eixo do mundo. Ananka desenrolou-se, e Manu utilizou-a como corda para amarrar o barco ao chifre de Vishnu. Guiado pelo deus até as montanhas, o sábio pôde esperar em segurança que as águas baixassem.
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O GRANDE COMBATE
o alto do monte Olimpo, protegidos da curiosidade dos homens por nuvens espessas, os imortais - deuses e deusas - conversavam alegres e despreocupados em volta da mesa de um grande banquete. Reinam a harmonia e o contentamento. De repente, uma pedra imensa cai bem no meio da festa, provocando um começo de pânico.
- Quem teve a ousadia? - grita Zeus, o rei dos deuses, no meio da confusão geral que se estabelece.
As divindades mal têm tempo de se recuperar do espanto, e já uma série de blocos de pedra, acompanhada de tochas em chamas, começa a cair sobre o Olimpo.
Os imortais se reúnem assim que podem e examinam a situação, que, pelo jeito, é muito preocupante. Sobre todas as montanhas da vizinhança, destacam-se as silhuetas de vinte e quatro titãs, gigantes de longas cabeleiras, com barbas cerradas e pés em forma de serpente. São eles os autores desse bombardeio que devasta o Olimpo. Filhos da Terra, esses horríveis seres resolveram destronar Zeus, expulsar as outras divindades e tomar seus lugares.
No momento, beneficiam-se do efeito-surpresa e, se não houver uma reação rápida, talvez atinjam seus objetivos.
Hera, a mulher de Zeus, está com um ar especialmente sombrio. Sabe que nenhum desses titãs pode ser morto por um deus. Só um mortal, vestido com uma pele de leão, poderia deixá-los num estado em que não conseguiriam mais fazer mal a ninguém. A deusa também revela ao marido que a guerra estará perdida se não se colher uma planta misteriosa, escondida num lugar secreto, a qual tem o poder de tornar invencível quem a encontrar.
Preocupado, Zeus chama Atena, a deusa da sabedoria, e conversa longamente com ela. Depois, manda-a em busca de Héracles, o herói da pele de leão, e ordena que o Sol, a Aurora e a Lua apaguem suas luzes. Quando tudo fica escuro, Zeus desce do Olimpo e, tateando, procura e encontra a tal planta mágica. Em seguida, leva-a de volta à morada dos deuses, aonde Heracles acaba de chegar.
Agora, os deuses estão prontos a enfrentar os inimigos.
Fazendo pontaria no chefe dos titãs, Héracles lança uma flecha e atinge o gigante. O monstro cai no chão, mas, para surpresa geral, levanta-se imediatamente, mais vigoroso e alerta do que antes.
Atena compreende tudo e grita:
- Depressa, Héracles! Essa criatura recupera as forças quando está em contato com sua terra natal. Carregue-a para bem longe!
Enchendo-se de coragem, o herói salta sobre o gigante, agarra-o com seus braços fortes e leva-o a um país longínquo, onde o mata com um golpe de maça.
Enquanto isso, a batalha continua, cruel. Todos os deuses lançam-se ao combate. Hefesto, o ferreiro manco, deixa em brasa os ferros e funde metal. Apolo, deus do Sol, lança flechas assustadoras. Posídon, senhor dos mares, empunha o seu tridente. Apenas as deusas pacíficas, como Deméter e Héstia, ficam à margem da luta. Assustadas, trêmulas, contemplam o terrível espetáculo. Atena, por sua vez, descobre uma nova arma: erguendo rochas pesadíssimas, lança-as sobre os atacantes.
No entanto, mesmo se as pancadas dos deuses e das deusas conseguissem abater os titãs, não seriam suficientes para eliminá-los, pois, mesmo feridos, esses seres imundos voltavam à luta. Por isso, é necessário que Héracles lhes dê um golpe de misericórdia: desfere golpes fortíssimos com sua maça e atira flechas com grande destreza.
Daí a algum tempo, a maioria dos gigantes jaz no chão. Os que ainda se agüentam em pé compreendem que sobram poucos, e a derrota agora lhes parece inevitável. Fogem desesperadamente e se dispersam sobre a Terra, perseguidos pelos deuses, que querem completar sua vitória.
Um dos titãs, Encélado, que corre mais depressa que os outros, acha que está seguro longe da Grécia, mas Atena o descobre. Agarrando um rochedo gigantesco, ela o lança com violência sobre Encélado. Achatado pelo projétil em pleno mar, desde esse dia o titã passa a ser a ilha da Sicília.
Com um só golpe de tridente, Posídon racha em duas a ilha de Cós e joga uma das partes sobre o outro titã, o qual fica esmagado sob uma nova ilha: Nisiro.
Assim, um por um, os titãs são todos derrotados.
Entretanto, não pense que eles morreram. Seus corpos estão debaixo da terra, é verdade. Mas as numerosas erupções vulcânicas provam que continuam vivos, tão perigosos e malvados quanto antes.
Héracles parte para outras aventuras, e os deuses voltam ao Olimpo. Logo está tudo arrumado de novo, e o banquete interrompido pode prosseguir. Em volta do trono de Zeus, deuses e deusas reencontram sua alegria, tomando sua bebida natural, o néctar, e deliciando-se com seu petisco favorito: a ambrosia. A conversa continua descontraída, como se nada houvesse acontecido. Afinal, são imortais. Têm todo o tempo do mundo.
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O Egito
Ô ESTRATAGEMA DE ISIS
uem é esse velho miserável que se aproxima, andando com dificuldade, entrevado, quase enfermo? É o deus Rá, poderoso senhor dos Céus, pai e mestre do Universo. Com efeito, o passar do tempo é inexorável. Tudo está condenado à velhice e à decrepitude, e nem mesmo o deus Rá escapa a essa lei. Os deuses, inquietos, percebem que a cada dia seu pai está mais senil. Até mesmo os homens reparam que o brilho do disco solar vai enfraquecendo sem cessar. O estado de Rá piora com o passar do tempo: seus membros vão ficando rígidos, seus ossos se convertem em prata. Pouco a pouco, seu corpo vai transformando-se em ouro. Seus cabelos ficam lápis-lazúli. Em breve, o Sol não passará de uma massa condensada de minerais e metais preciosos. Além disso, precisa apoiar-se num bastão para conseguir caminhar. Que tristeza tal decadência atingir a maior de todas as divindades!
Esse deus poderoso (e velho acabado) teve numerosos filhos e netos. Entre estes, Ísis, grande maga, que tem quase tanta sabedoria quanto o avô. Não ignora nada a respeito do Céu, da Terra ou dos mundos subterrâneos. O único conhecimento que lhe falta é justamente aquele que lhe daria os imensos poderes de uma deusa de primeira grandeza: o verdadeiro nome de Rá. O deus solar é designado por tantos e tão diversos nomes que não se sabe qual o verdadeiro. Ptá, Amom, Aton... Os homens e os deuses conhecem esses nomes e muitos outros. Mas, nas profundezas de seu ser, Rá esconde com cuidado seu único nome autêntico, aquele que ninguém jamais ouviu, e esse nome tem poderes mágicos que Ísis cobiça. Ao ver Rá curvado sobre a bengala, ela resolve desvendar o mistério. Como, no entanto, convenceria Rá a revelar seu segredo mais precioso? Sábia e astuta, a deusa acaba imaginando um estratagema.
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A SERPENTE MÁGICA
Todo dia, Rá caminha, com dificuldade, ao longo da mesma estrada. Escondida atrás de espessos arbustos, Ísis o vigia. De repente, o velho tosse e cospe. Assim que ele se afasta, a maga corre até o local onde caiu a saliva divina e a transforma em pedra, misturando-a com a terra. Daí a pouco, entre seus dedos, essa lama amassada toma a forma de uma serpente, que ganha vida por meio de palavras mágicas pronunciadas por Ísis. Em seguida, ela esconde o réptil na estrada pela qual Rá costuma passar. No dia seguinte, ao fazer seu passeio diário, Rá sente no pé uma dor aguda, que imediatamente se espalha pelo corpo todo, sem que ele tivesse ao menos vislumbrado a serpente que o mordeu. Rá sente o corpo queimar e, ao mesmo tempo, um frio glacial percorre suas veias. Um violento tremor sacode-o e o faz gritar:
- Que é isso? Que me aconteceu?
Ao ouvir seus gritos, todos os deuses acorrem. Rá explica que sente uma dor imensa, mas não sabe a origem. O grande deus Sol consegue apenas lamentar sua impotência diante do mal que lhe aflige. É então que, destacando-se do círculo formado em torno de Rá pelas divindades aterrorizadas, Ísis avança:
- Foi uma serpente, divino pai, que com seu poderoso veneno causou o mal que atormenta teu corpo.
Espera um instante e acrescenta:
- Revela-me teu verdadeiro nome e, com meus encantamentos, te livrarei da dor.
O velho deus está a ponto de desmaiar e se retorce no chão. Sofre, mas hesita. Embora não queira revelar o segredo, precisa dar uma resposta a Ísis. Desesperado, limita-se a enumerar os diversos nomes que todos conhecem.
- Sou Quéfri de manhã, Rá ao meio-dia e Aton ao entardecer.
Ísis, no entanto, não se deixa enganar e responde:
- Nenhum desses é teu verdadeiro nome! Dize a verdade, e minha magia pode livrar-te para sempre dessa dor.
Rá ainda hesita e resiste o quanto pode, mas a dor torna-se insuportável, e ele acaba cedendo. Contrariado, chama Ísis para junto de si:
- Vem cá! Vou derramar em teu coração o poder que está no meu.
Ísis aproxima-se de Rá, que a leva para longe dos outros deuses. A contragosto, sussurra em seu ouvido o nome misterioso. Fortalecida pelo segredo, Ísis pronuncia as únicas palavras mágicas capazes de quebrar o encantamento. Imediatamente, Rá recupera a saúde. O grande deus fica muito aborrecido por ter sido obrigado a entregar a essência de seu poder, mas Ísis está feliz: acaba de transformar-se numa das maiores divindades, senão, a mais poderosa de todas.
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MADEIRA a Pérola do Atlântico
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Quando acertamos, ninguém se lembra. Quando erramos, ninguém se esquece.
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Creio que Deus nos colocou neste delicioso mundo para sermos felizes e saborearmos a vida. A felicidade não vem da riqueza, nem do sucesso profissional, nem do comodismo da vida regalada e da satisfação dos próprios apetites. Um passo para a felicidade é, quando jovem, tornar-se forte e saudável, para poder ser útil e gozar a vida quando adulto. O estudo da natureza mostrará o quão cheio de coisas belas e maravilhosas que Deus fez no mundo para o nosso deleite. Fiquem contentes com o que possuem e tirem disso o melhor proveito. Vejam o lado bom das coisas em vez do lado pior. Mas, o melhor meio para alcançar a felicidade é proporcionar aos outros a felicidade. Procurem deixar este mundo um pouco melhor do que o encontraram, e, quando chegar a hora de morrer, poderão morrer felizes sentindo que pelo menos não desperdiçaram o tempo e que procuraram fazer o melhor possível. Deste modo estejam "bem preparados" para viver felizes e para morrer felizes.
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Credo dos Optimistas
O Credo dos Optimistas foi escrito há quase 100 anos por Christian D. Larson.
Eu prometo a mim mesmo Ser tão forte que nada poderá atrapalhar minha paz de espírito.Falar apenas de saúde, felicidade, e prosperidade para cada pessoa que eu encontrar.Fazer todos os meus amigos sentirem que há algo de valor dentro deles.Ver o lado positivo de tudo e fazer meu optimismo se tornar real.Pensar apenas sobre o melhor, trabalhar apenas para o melhor e esperar apenas o melhor.Ser tão entusiasmado com o sucesso dos outros quanto eu sou para o meu próprio sucesso.Esquecer os enganos do passado e me concentrar apenas nas maiores realizações do futuro.Vestir uma expressão de alegria todo o tempo e sorrir para toda criatura viva que eu encontrar.Direccionar todo meu tempo para me melhorar de maneira a não sobrar tempo para criticar os outros.Ser grande demais para preocupar-me, nobre demais para ter raiva, forte demais para ter medo, e feliz demais para permitir a presença de problemas.Pensar o melhor de mim mesmo, e anunciar isso ao mundo, não em palavras ruidosas, mas sim em grandes acções.Viver na fé de que o mundo inteiro está do meu lado, à medida em que sou sincero e verdadeiro quanto àquilo que há de melhor em mim.
Assim seja!
O Credo dos Optimistas foi escrito há quase 100 anos por Christian D. Larson.
Eu prometo a mim mesmo Ser tão forte que nada poderá atrapalhar minha paz de espírito.Falar apenas de saúde, felicidade, e prosperidade para cada pessoa que eu encontrar.Fazer todos os meus amigos sentirem que há algo de valor dentro deles.Ver o lado positivo de tudo e fazer meu optimismo se tornar real.Pensar apenas sobre o melhor, trabalhar apenas para o melhor e esperar apenas o melhor.Ser tão entusiasmado com o sucesso dos outros quanto eu sou para o meu próprio sucesso.Esquecer os enganos do passado e me concentrar apenas nas maiores realizações do futuro.Vestir uma expressão de alegria todo o tempo e sorrir para toda criatura viva que eu encontrar.Direccionar todo meu tempo para me melhorar de maneira a não sobrar tempo para criticar os outros.Ser grande demais para preocupar-me, nobre demais para ter raiva, forte demais para ter medo, e feliz demais para permitir a presença de problemas.Pensar o melhor de mim mesmo, e anunciar isso ao mundo, não em palavras ruidosas, mas sim em grandes acções.Viver na fé de que o mundo inteiro está do meu lado, à medida em que sou sincero e verdadeiro quanto àquilo que há de melhor em mim.
Assim seja!
Acerca de mim
- PAULO FARIA
- Sou misterioso, sou muito ligado ás tradições. sonhador da ternura da imaginação e da memória com tenacidade fixa, idealizo as recordações, acontecimentos e sentimentos do passado para me proteger contra as incertezas do futuro. No amor há algo dentro de mim como nos contos de fadas, com a a minha princesa, mas também com uma maldição para combater os monstros ameaçadores. Tento ser um romântico, mergulhando num sonho ideal e inacessível. O meu humor é extremamente mutável e em ocasiões sou rabugento e agressivo, tenho necessidade de auto-defensa (às vezes antes mesmo de ser atacado) é uma das minhas características não muito agradáveis. Oscilo entre o júbilo e a depressão. Ás vezes sou muito fechado. Costumo ser intelectualmente ligado às artes e à poesia.
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