
A nave espacial russa Soiuz, com um turista norte-americano Richard
Garriot a bordo, acoplou hoje com a Estação Espacial Internacional,
ISS, anunciaram os serviços de imprensa do centro russo de controlo
dos voos espaciais. A chegada ocorreu quando eram 9h26 de Lisboa.
A tripulação, constituída pelo cosmonauta Iuri Lontchakov e pelo
astronauta americano Michael Fincke, para al´me de Richard Garriot,
filho do antigo astronauta Owen Garriot, que passou dois meses, em
1973, a bordo do Skylab, encontrou-se já com Serguei Volkov, o
cosmonauta que estava encarregue da manutenção da ISS. Também
este cosmonauta é filho de um antigo cosmonauta russo, Alexandre
Volkov.
Garriot, que fez fortuna a produzir jogos para computador, gastou 30
milhões de dólares para conseguir fazer o mesmo que o seu pai um dia
conseguiu, realizando um sonho de criança. Richard vai permanecer
duas semanas no espaço.
Richard Garriot é o sexto turista a viajar para o espaço, depois do

norte-americano Dennis Tito, em 2001
do sul-africano Mark Shuttleworth, em 2002, de Greg Olsen(EUA), em 2005, de Anousheh
Ansari(1ª Mulher americana pais iranianos) em 2006 e de Charles
Simonyi(EUA), em 2007.
O turista espacial Richard Garriott voou com o astronauta
americano Mike Fincke e o cosmonauta russo Yuri
Lonchakov.
Garriott, que pagou cerca de 20 milhões por uma
"temporada" de dez dias na estação espacial, segue os
passos do pai, um astronauta da Nasa na década de 1970.
Assista à reportagem
A Soyuz se acoplou à EEI sobre o território do
Cazaquistão, um pouco antes do esperado, às 5h26
(horário de Brasília).
Veteranos
O programador de jogos de computador Richard Garriott,
de 47 anos, é membro do conselho e investidor na
companhia Space Adventures, empresa que negociou vôos
anteriores de turistas milionários ao espaço.
Seu pai, Owen Garriott, passou 60 dias na estação Skylab
em 1973.
Coincidentemente, Garriott chega à estação quando ela
está sob o comando do filho de outro viajante espacial
famoso.
O pai de Sergei Volkov, Alexander, fez vôos de longa
duração para as estações espaciais russas Salyut 7 e Mir.
Fincke e Lonchakov são veteranos da EEI. O americano
passa sua segunda temporada na estação espacial e o
russo, sua terceira.
Missão
A tripulação da Expedição 18 vai supervisionar a entrada
em funcionamento de um novo equipamento de suporte
vital na EEI. Ele deve permitir que seis pessoas possam
ocupar a estação em horário integral a partir de maio -
atualmente, a capacidade é de três pessoas.
Garriott vai passar parte do seu tempo tirando fotos para
registrar como a superfície da Terra mudou nos últimos 35
anos, desde a viagem de seu pai.
Turismo espacial pode estar com os dias contados
O turismo espacial como é feito até agora, com o
pagamento de cerca de 20 milhões em troca de um
lugar em uma das naves Soyuz russas com destino à
Estação Espacial Internacional (ISS), pode estar com
os dias contados.
"O turismo espacial é uma atividade obrigada. Sinto
muito, mas temos que construir a Estação Espacial
Internacional não para os turistas, mas para atender às
necessidades dos habitantes da Terra", disse o
presidente da corporação espacial Energia, Vitali
Lopota.
O diretor da agência espacial russa Roscosmos,
Anatoli Perminov, já definiu o ano de 2010 como
prazo para acabar com as passagens à plataforma
orbital.
"Acho que a partir de 2010 deveremos interromper o
turismo espacial como é praticado atualmente", disse.
Perminov disse que, "segundo os acordos
internacionais, quando são lançados os módulos
científicos japoneses e europeus, a tripulação (da ISS)
deverá ser de seis pessoas. Nesse caso, não haverá
lugar para turistas espaciais", acrescentou.
Mas resslatou que "todas as pessoas com as quais já
assinamos um contrato voarão à estação", segundo a
agência "Interfax".
O chefe da Energia, consórcio responsável pela
construção dos foguetes Soyuz, disse que, se o
programa espacial russo receber o financiamento
necessário, não teria mais que recorrer ao turismo
como fonte de receita, segundo a agência oficial "Itar-
Tass".
Caso contrário, acrescentou, em um futuro, "teríamos
que continuar reservando espaço nas Soyuz para os
turistas".
No entanto, nem tudo está perdido para os
multimilionários que querem gastar parte da fortuna
para realizar o sonho de ir ao espaço, já que a
Roscosmos oferece outra alternativa: a compra de uma
das naves.
"Se um multimilionário russo ou estrangeiro continuar
com o desejo de voar ao espaço e ficar durante uma
semana na ISS, pode adquirir uma Soyuz", disse o
subdiretor da Roscosmos, Vitali Davidov.
Davidov reconheceu que uma Soyuz custaria "muito
dinheiro", por isso, além dos turistas, companhias e
Governos também poderiam adquirir as naves com o
objetivo de desenvolver seus respectivos programas
espaciais.
A Rússia recorreu ao turismo espacial no início desta
década devido à grave crise de financiamento que
atingiu seu programa especial após a queda da União
Soviética, a primeira potência a enviar um homem ao
espaço exterior, em 1961.
A princípio, a decisão russa de enviar turistas ao
espaço foi muito mal recebida pela agência espacial
americana Nasa, que considerava que a presença de
"novatos" na plataforma distrairia os astronautas que
ficam na ISS.
Desde 2000, cinco turistas viajaram à ISS a bordo de
uma Soyuz acompanhados de outros dois astronautas
profissionais.
O primeiro de todos foi o americano Dennis Tito,
empresário do setor financeiro e ex-cientista da Nasa,
que viajou à plataforma em maio de 2001, e confessou
que não era preciso ser um "super-homem" para voar
ao espaço.
Seu exemplo foi seguido em 2002 pelo sul-africano
Marc Shuttleworth, que realizou alguns testes
científicos relacionados à aids a bordo da ISS.
Em seguida, foi a vez do milionário americano
Gregory Olsen, um cientista de 60 anos, ir ao espaço,
em outubro de 2005. No entanto, ele sempre rejeitou o
apelativo de "turista espacial".
A primeira mulher a colocar os pés na ISS como
turista foi Anousheh Ansari, uma empresária da área
das telecomunicações americana de origem iraniana,
que ficou na plataforma orbital durante nove dias, um
novo recorde.
O último turista a ter esse privilégio foi, em 2007, o
milionário americano de origem húngara Charles
Simonyi, de 58 anos e um dos fundadores da
Microsoft, criador dos softwares Word e Excel.
O sexto turista espacial será o também americano
Richard Garriott, de 46 anos, criador de jogos para
computador e filho do ex-astronauta americano Owen
Garriott.
Garriott filho teve que desembolsar US$ 30 milhões
para realizar a empreitada de ir ao espaço.
Bill Gates, um dos homens mais ricos do mundo,
também sonharia em viajar à ISS, mas não é certo que
consiga realizar seu desejo, já que a passagens para a
aventura parecer ter se esgotado.
O multimilionário russo Roman Abramovich também
se disse disposto a pagar 300 milhões para ir à Lua,
mas esse projeto não deve tornar-se realidade tão
cedo.
Segundo uma pesquisa, 29% dos russos gostariam de
ir ao espaço como turista, mas reconhecem que não
têm dinheiro para pagar a passagem.
Fonte: Yahoo!
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