
Arquitecto francês garante ter descoberto o enigma da pirâmide de Quéops
Os segredos da Grande Pirâmide egípcia foram desvendados. Quem o garante é o arquitecto francês Jean-Pierre Houdin, que diz ter descoberto a chave para o enigma que há séculos intriga a Humanidade: a construção da pirâmide de Quéops, explica, foi possível através de uma rampa em espiral, construída no interior do edifício.
Como levantar cinco milhões e meio de toneladas de pedra a 146 metros de altura, em 20 anos, com as técnicas rudimentares da Antiguidade?
Depois de oito anos a estudar o enigma que há séculos intriga a Humanidade, o arquitecto Jean-Pierre Houdin acredita ter desmontado o mistério e mostrou a sua teoria com uma simulação a três dimensões, feita em computador.
"Esta é melhor que as outras teorias, porque é a única que funciona", garante Houdin, que baseia a tese na convicção de que foi usada uma rampa externa para construir os primeiros 43 metros de pirâmide, e depois uma interna para carregar as pedras até ao topo do edifício, que acabaria por ter 146 metros de altura.
O arquitecto descreve a rampa em forma de espiral, com mais de 1600 metros de comprimento, com uma inclinação de sete por cento e dividida em segmentos rectilíneos ao longo das paredes. Através destes, explica, os blocos de pedra eram mais facilmente transportados.
Um método no qual seriam necessários, diz Houdin, quatro mil trabalhadores - e não cem mil, como fundamentam outras teorias.
Houdin partiu para a investigação apoiando-se numa intuição do pai, engenheiro de profissão. O arquitecto trabalhou com uma equipa de construção de modelos a três dimensões e com 14 engenheiros.
Para o ex-director do Instituto de Arqueologia do Cairo, a teoria "não é só interessante, mas coerente e revolucionária".
Uma equipa de egiptólgos e especialistas internacionais vai agora analisar a própria pirâmide com radares e câmara de detecção de calor, a fim de avaliar a tese do arquitecto.
Construída há 4500 anos para albergar o túmulo do Faraó Khufus - ou Quéops -, a pirâmide situada em Gizé, a oito quilómetros do Cairo, é a derradeira sobrevivente das Sete Maravilhas do Mundo Antigo.
