
SABE AMAR?
Acreditamos e dedicamos nossa vida a um relacionamento e construímos um belo castelo e sonhamos com aquele final feliz...
O que aconteceu e porque depois de uns anos nos sentimos frustrados, insatisfeitos achando que o parceiro(a) mudou ou fizemos a escolha errada?
Na verdade usamos várias desculpas para não assumir nossas falhas e nossa falta de atenção para com o parceiro(a) (afinal é mais fácil ignorar o que o outro necessita).
Podemos alegar que “era muito novo(a) quando casei” ou “não tive tempo para romantismos tinha que trabalhar para dar de tudo para a família” ou “os filhos me tomavam muito tempo” ou “para que me arrumar se não vamos sair?”, etc...
Essas atitudes todas vão com o tempo deixando o relacionamento fraco, carente, instável, sem encanto, sem beleza; afinal quem não gosta de um simples recadinho ou telefonema dizendo eu te amo ou ser elogiado(a) ou sentir o parceiro(a) se produzindo, se perfumando para ficar consigo... mesmo sem sair de casa.
Essas pequenas faltas de demonstração de carinho é que levam as pessoas a procurarem novas buscas ou fugas ou novos parceiros(as) fora do lar.
Será que é esse o caminho para se resolver essa situação? Quando se opta por um relacionamento tem que estar ciente que está abrindo mão de uma individualidade, que se passa à pensar a dois, que deve se respeitar a personalidade do outro para que a sua também seja respeitada; pois ninguém muda ninguém.
Até que ponto somos responsáveis por essa chama que existia e hoje está se apagando ou está apagada? (a culpa é de ambos os lados não temos como jogar a responsabilidade somente em um dos parceiros).
“Devemos pensar nesses princípios... Primeiro - “Toda acção vai desencadear uma reacção.” Segundo - “Qualquer situação mal resolvida sempre retornará nos cobrando uma resolução.
” As pessoas idealizam certo tipo de pessoa, sendo que na verdade buscamos o tipo de parceiro(a) que mesmo inconscientemente preencheria nossa real necessidade.
Cada um de nós em determinado momento da vida quer o amor, o(a) amante, o(a) eterno(a) namorado(a); mas também necessita do colo, do companheirismo, da cumplicidade, da compreensão e apoio principalmente nos momentos difíceis, do respeito e incentivo aos projectos e sonhos .
Todos temos o direito de errar; mas errando é que crescemos e amadurecemos.
Se houver realmente amor e compreensão quando um dos parceiros estiver fraco ou que tenha que tomar alguma decisão delicada e difícil; o outro estará por perto dando o apoio necessário.
Relacionamento é parceria, troca, compartilhar, decidir a dois, é se doar incessantemente... mas será que isso ocorre na realidade?
Até que ponto vai o nosso egoísmo?
Sem a dedicação de ambos o relacionamento está fadado a ser frustrante e com o tempo pode ser rompido.
Enquanto não descobrirmos o que realmente necessitamos e resolvermos essas situações de frente e com responsabilidade não adianta sairmos em busca de soluções que serão somente paliativas; pois só estaremos nos enganando e magoando quem convive connosco.
As frustrações se não resolvidas podem com o tempo reflectir em doenças em nosso corpo físico.
Nesse período a pessoa fica muito fragilizada e vulnerável e acaba atraindo pessoas que vão suprir parte dessa carência; e a mesma acaba confundindo com “alma gémea” ou esse é “ meu verdadeiro amor”...
Passando uns meses vão começar os mesmos antigos sintomas... Começa então a ver que essa pessoa também não é o que imaginava, que também tem manias e defeitos como o anterior.
Começa então nova busca e tudo se repetirá de novo, pois ela mesma não sabe o que busca. Todos já ouvimos alguém dizer essa frase... “eu só arrumo parceiro(a) desse jeito, com essas características...porque?”
O porque dessa resposta está na própria pessoa, e ela não se apercebe disso, pois é ela quem projecta e atrai esse tipo de parceiro(a), ou seja algo que ela mesma necessita e precisa aprender a lidar.
Faça uma retrospectiva e veja desde o começo da sua própria escolha o que você fez e o que não fez para que essa chama do amor do coração que antes existia não se apagasse.
O convívio a dois é difícil sim, ambos tem que ter afinidades e querer que o relacionamento se concretize e que seja satisfatório para ambos; pois ninguém na verdade pensou em brincar de casinha ou construir um castelo de areia.
Acreditamos sim, numa relação forte e estruturada e que o objectivo maior fosse o amor...mas amor de coração e não uma paixão, pois a mesma acaba depressa como começou...
Então o amor não acaba? O amor bem estruturado, bem cuidado por ambos não acaba.
A paixão será somente momentos de muito carinho que com o tempo sobrará só recordação e o sentimento de amizade, de estima ou a sensação de que se foi usado(a) por uns instantes.
Muitos confundem amor com posse...mas “NINGUÉM É DONO DE NINGUÉM...”
Antes de cada atitude a ser tomada perante o outro pense se gostaria que fosse feita a si.
Pense sempre no que vai falar ao seu amor... pois quem fala as esquece....
Mas quem as ouve não...
Se sabe amar e ainda ama vale a pena tentar reacender a chama do amor que foi descuidada por ambos... É uma nova reconquista...
O amor só sobrevive se caminharem os dois lado a lado. O homem e a mulher foram feitos para caminharem juntos...
Reflicta sobre isso...e responda...
Sabe amar?