“Uma empreiteira holandesa chamada Ooms decidiu fazer o óbvio, utilizar o calor absorvido pela rua para climatizar o seu prédio. Para fazer o esquema funcionar foi necessário contar com o princípio da termodinâmica (água quente sobe, água fria desce) e algumas bombas.
Eles instalaram uma rede de canos sob o asfalto interligado com dois aquíferos próximos. Um é usado como reservatório de água quente, outro de água fria.
Durante o verão, a água é aquecida sob o asfalto e armazenada no subterrâneo. Com o aquecimento o asfalto fica mais frio, o que lhe garante maior resistência ao peso do tráfego dos carros.
Durante o inverno a mesma água é utilizada para aquecer o prédio da construtora e, depois de sair do prédio vai para a rede sob o asfalto para ser esfriada pela chuva ou neve e evitar o congelamento da água . A água esfriada, próximo à temperatura de congelamento, é enviada para o aquífero 2 e utilizada para esfriar o prédio durante o verão

Essa tecnologia, chamada ATES (Aquifer Thermal Energy Storage ou Armazenamento de Energia Termal em Aquíferos) já é desenvolvida desde a década de 80 na Europa e hoje em dia boa parte dos prédios novos construídos na Holanda usam o sistema. Segundo este estudo (PDF) o retorno financeiro vêm até 5 anos na maior parte dos casos e o único requisito técnico é possuir um aquífero próximo da superfície.
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