
Um pequeno equipamento de desfibrilação automática (DEA) da linha CMS da Philips Medical Systems permite que pessoas comuns salvem vítimas de doenças cardiovasculares; importância deste tipo de aparelho já gerou lei específica em Londrina (PR).
A nova linha CMS da Philips Medical Systems tem uma versão diferenciada dos desfibriladores usados por socorristas: o desfibrilador semi-automático (DEA) HeartStart FR2+, que dá a uma pessoa comum - após a participação em um rápido treino denominado BLS (Suporte Básico à Vida) - a oportunidade de salvar vidas que no passado seriam perdidas.
Para se ter uma ideia, doenças cardiovasculares são responsáveis pelo maior índice de causa morte no mundo. No Brasil, morrem 160 mil pessoas por ano vitimadas por paragem cardio respiratória,. De acordo com estas mesmas estatísticas, cerca de 50 mil brasileiros poderiam ser salvos por ano caso um DEA estivesse disponível em todos os locais de grande circulação. Nos Estados Unidos, o número de mortes sobe para 350 mil por ano (dados da AHA – American Heart Association); na Europa, a cada ano são registradas 500 mil vítimas, segundo o Conselho Europeu de Reanimação.
O HeartStart FR2+ tem grande potencial de diminuir estas estatísticas. Uma de suas vantagens é que o tratamento da vítima de paragem cardíaca pode ser feito sem demora, o que é muito importante, já que as oportunidades de sobrevivência nesses casos diminuem cerca de 10% a cada minuto desperdiçado. Um diferencial inestimável é que praticamente qualquer pessoa pode operar o aparelho, já que ele instrui o usuário como agir passo a passo através de comandos de voz, na língua portuguesa.
A importância dos desfibriladores é reconhecida pela Lei de Suporte Básico de Vida, A lei tornou obrigatório a estabelecimentos de grande circulação de pessoas – shopping centers, rodoviárias, estádios e hipermercados – o treino de seu pessoal e a aquisição de, no mínimo, um desfibrilador semi-automático.
Ao ser colocado em contacto com a vítima, o desfibrilador semi-automático da Philips analisa o ritmo cardíaco, decide se é necessário ou não a aplicação de choque, e instrui os operadores quais acções são necessárias para a reversão do quadro da vítima. O aparelho mantém a monitorização da frequência cardíaca e pode aplicar choques adicionais, se necessário. Operadores são instruídos sobre quando aplicar a ventilação boca a boca e a compressão toráxica.
O equipamento também grava o ritmo cardíaco digitalmente em um cartão de dados externo que, mais tarde, pode ser usado para auxiliar médicos no diagnóstico. Por todos seus benefícios e por ser portátil - pesa menos de 2,2 kg –, o desfibrilador semi-automático HeartStart FR2+ vem sendo cada vez mais usado em locais com grande fluxo de pessoas, como aeroportos e clubes esportivos nos Estados Unidos e Europa, onde já salvou um grande número de vítimas de parada cardio respiratória.
Desfibrilação
A desfibrilação é a aplicação de uma corrente elétrica em um paciente, através de um desfibrilador, um equipamento eletrônico cuja função é reverter um quadro de fibrilação auricular, ou ventricular. A reversão ou cardioversão se dá mediante a aplicação de descargas elétricas no paciente que são graduadas de acordo com a necessidade. Os choques elétricos em geral, são aplicados diretamente ou por meio de eletrodos (Placas metálicas, ou apliques condutivos que variam de tamanho e área conforme a necessidade) colocados na parede torácica.
Em 1959 Bernard Lown iniciou as pesquisas em um desfibrilador com um banco de capacitores que descarregava através de um indutor gerando uma onda senoidal na descarga do circuito RLC chamada onda de Lown. O trabalho iniciado por Lown foi colocado em prática pelo engenheiro Barouh Berkovits.
O DEA: Desfibrilador Automático Externo. Equipamento capaz de transformar energia elétrica choque monofásico ( máximo de 360 Joules )ou bifásico ( máximo de 200 Joules ). Efetua leitura automática do ECG, orientando a necessidade da desfibrilação, bem como procedimentos para reanimação na PCR ( parada cardiorrespiratória ).
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60 desfibrilhadores para 385 centros de saúde
A esmagadora maioria dos centros de saúde do País não tem meios para socorrer uma pessoa com paragem cardíaca. Em 385 destas unidades de saúde, só 60 dispõem de desfibrilhadores, um equipamento essencial para reanimar o coração.
Os dados são disponibilizados Carta de Equipamentos de Saúde (CEP). A situação que obriga, por vezes, as equipas do INEM a actuar nos próprios centros de saúde.
Foi o que aconteceu ainda esta quarta-feira, em Viana do Castelo. Uma mulher sofreu uma paragem cardíaca enquanto aguarda por um consulta no centro de saúde e teve de ser assistida por uma equipa do INEM na parte de fora daquela unidade.
Segundo os dados da CEP, é a Sub-região de Saúde de Faro que apresenta uma maior percentagem de centros de saúde dotados de desfibrilhadores: seis distribuídos por 16 centros de saúde.
Já na região de Lisboa e Vale do Tejo, apenas sete dos 89 centros de saúde possuem este tipo de aparelhos. E, nos 44 centros de saúde da Sub-Região de Lisboa, apenas o da Azambuja tem um desfibrilhador.
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