
O abandono Escolar em Portugal
O abandono escolar aumentou em Portugal, em 2005, ao contrário do que se verificou na União Europeia (UE). Em Portugal, há cada vez menos jovens a concluir o ensino Secundário e os mais afectados são os rapazes. A análise é do economista Eugénio Rosa, que analisou ao pormenor os números revelados pelo Eurostat, o Gabinete de Estatísticas da União Europeia.
Os números, retirados do Eurostat, e referidos esta segunda-feira pelo «Jornal de Notícias (JN), mostram que, em dez anos, o abandono escolar em Portugal diminuiu 0,1%. Ou seja, de 40,1% em 1996, os números passaram para 40%, dez anos depois. Nos restantes países da União Europeia, e nos mesmos dez anos, a média de redução foi de 4,6%.
Feitas as contas aos dois últimos anos lectivos, verifica-se que o abandono escolar aumentou. Em 2005, a percentagem era de 38,6% e, em 2006, subiu para os 40%. Mais uma vez a média comunitária é diferente. O mesmo é dizer que também em 2005 e 2006 a percentagem de abandono escolar na UE continuou a descer, reduzindo-se em 0,1%.
Entre os jovens mais afectados, com idades que variam entre os 18 e 24 anos, estão os homens. Entre 1996 e 2006, o abandono escolar masculino aumentou 1,6%, de 45,6% para 47,2%, enquanto na UE diminuiu de 23,7% para 19,5%. O número de estudantes entre os 20 e os 24 anos que concluíram o Ensino Secundário diminuiu, em Portugal de 49,6% em 2004 para 49% em 2005. Já na UE, os números subiram de 77,1% para 77,5%.
Os adultos envolvidos em acções de formação e educação diminuiu 0,7%, em Portugal, entre 2000 e 2005. O estudo elaborado por Eugénio Rosa aponta para uma subida de 3,2%, na UE a 15, e de 2,7% na UE a 25, para o mesmo período de tempo.
Em declarações ao JN, o economista refere que tudo isto se explica «por um forte desinvestimento por parte do Governo na Educação e no Ensino Superior». Eugénio Rosa analisou os relatórios dos orçamentos de Estado e salienta que, entre 2006 e 2007, as verbas escritas no Orçamento para o ensino Básico e Secundário diminuem em 5,5% e para o ensino Superior em 11,5%.
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Para que serve o musgo?
Centenas de actividades vão estar disponíveis a partir de segunda-feira em várias cidades portuguesas para assinalar a semana da Ciência e da Tecnologia, uma mostra à escala nacional a propósito do conhecimento e da investigação científica, escreve a Lusa.
Recordar Rómulo de Carvalho, inaugurar mais um centro Ciência Viva, saber a importância dos musgos para além de comporem presépios no Natal, conhecer melhor o planeta Terra ou o funcionamento do corpo humano são algumas das actividades abertas ao público até sábado.
Estas iniciativas vão ser coordenadas pela Ciência Viva, Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, assinalando pelo nono ano consecutivo a semana da ciência.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior salienta que este ano se comemora, no Dia Nacional da Cultura Científica, 24 de Novembro, o centenário do nascimento de Rómulo de Carvalho (António Gedeão), o professor, poeta e divulgador de Ciência.
Muitas instituições por todo o país vão homenageá-lo e em Lisboa, no Pavilhão do Conhecimento, estará patente uma mostra com 73 experiências propostas pelo educador no seu livro «Física para Todos».
A Ciência Viva destaca também, de entre a programação que tem para oferecer este ano, a abertura de um novo Centro Ciência Viva em Sintra, a visita de uma professora do MIT a uma escola, no âmbito do programa MIT-Portugal e uma exposição de projectos europeus em que professores de ciências apresentam as suas experiências no Pavilhão do Conhecimento.
No Museu Botânico de Coimbra, uma oficina dirigida a crianças e jovens propõe-se a investigar os musgos e saber a importância que têm, já que estes densos tapetes de pequenas plantas passam normalmente despercebidos, excepto quando se aproxima o Natal e se quer fazer o presépio.
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